O microcrédito como instrumento de inclusão financeira e desenvolvimento humano: análise de risco das operações de microcrédito por bancos governamentais brasileiros à luz das técnicas de duração e convexidade

• Autor(a) principal: Eliana Marcia Martins Fittipaldi Torga
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-96FJZE
• topic: Análise de risco; Microcrédito; Crédito; Convexidade; Duração; Inclusão financeira; Microfinanças; Desenvolvimento humano; Administração; Microfinanças; Desenvolvimento humano

O microcrédito, além de ser um instrumento de inclusão financeira e desenvolvimento humano, é uma operação de crédito que constitui um dos temas relevantes estudados pela área da administração financeira. Neste estudo, será abordado em relação à gestão de risco de crédito. Esta pesquisa apresenta as operações de microcrédito por bancos governamentais brasileiros e realiza uma análise de risco por meio das técnicas de duração e convexidade. Optou-se por utilizar técnicas de pesquisa para análise quantitativa e qualitativa objetivando apurar resultados que pudessem corroborar ou se contrapor aos conhecimentos consolidados sobre o tema. Os resultados obtidos confirmam que as operações de microcrédito apresentam risco. As medidas de risco utilizadas evidenciaram que, em uma situação de instabilidade econômica, em que venha a ser verificada uma variação significativa da taxa referencial, tais operações representam elevado risco de perda para as instituições, conforme apontam os autores estudados. Os resultados obtidos confirmaram as tendências esperadas: que quanto maior for a duração modificada, maior será a volatilidade do preço do bônus; uma obrigação ou uma carteira de obrigações com determinada duração será tanto mais convexa quanto maior for a dispersão dos seus fluxos de caixa; as medidas de duração e convexidade mostram que as operações de microcrédito com taxas de juros mais baixas e maturidade mais elevada apresentam maior risco para a instituição; quanto menor for a maturidade de uma opção, menor será sua duração, o que representa menor risco para a instituição. Os resultados apurados na análise qualitativa realizada apontaram riscos nas operações de microcrédito, decorrentes de entraves burocráticos para a concessão dos valores solicitados; insuficiência de recursos humanos capacitados para prestar, nas instituições de microfinanças, assessoria financeira a cada tomador de empréstimo; despreparo do empreendedor quanto à gestão global do próprio negócio; carência de operacionalidade da rede de colaboração sugerida pelo Programa Crescer, iniciativa do Governo Federal para dar suporte à gestão de negócios, mediante o acesso ao crédito orientado. Sugerem-se novos estudos em outros países com maior tradição do microcrédito para a análise das regulamentações do setor, os métodos de concessão e a avaliação de risco das operações.