A prostituta como namoradinha: o advento do comércio sexual como forma de intimidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vitor Lopes Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B33LUM
Resumo: Durante muitas décadas, tanto para o senso comum como para a literatura sociológica, a interação entre homens e mulheres dentro do mercado sexual da prostituição feminina, foi vista como uma relação com poucas chances de evoluir para além de uma relação comercial. Entretanto, alguns autores (BERNSTEIN, 2007; BIGOT, 2009; WEITZER, 2010, et alli) destacam a experiência de namoradinha (girlfriend experience) como um fenômeno em ascensão dentro do mercado da prostituição feminina, tornando a relação do cliente e da prostituta como algo mais próximo de um relacionamento afetivo, com programas mais longos e uma dedicação mais íntima entre ambos. Essa ascensão se deve a muitas mudanças ocorridas desde o início do século XXI, como a evolução da internet, o aguçamento das demandas entre os clientes ou as limitações impostas pelo estado sobre o trabalho sexual. A expansão da experiência namoradinha também aparece como uma oportunidade da prostituta diferenciar o seu serviço dentre outras formas de prostituição. Este trabalho consiste, portanto, numa comparação das formas de serviço sexual e afetivo entre dois espaços diametralmente opostos dentro do mercado sexual, observando como a experiência de namoradinha se materializa na prostituição popular e entre as prostitutas ditas de luxo, namoradinhas e acompanhantes
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