Avaliação clínico-laboratorial e do xenodiagnóstico de cães com anticorpos anti-leishmania e de cães vacinados com Leishmune, provenientes de área endêmica para leishmaniose visceral canina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Carolina Junqueira Moura
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9D7HRG
Resumo: A leishmaniose visceral é uma doença grave, ainda negligenciada nos países em desenvolvimento. O cão é o principal reservatório doméstico do parasito e alvo estratégico no controle da doença. O desenvolvimento de vacinas bem como suas propriedades têm sido exaustivamente pesquisados. Nesse estudo, 33 cães com anticorpos anti-Leishmania e 46 vacinados com Leishmune® foram avaliados clinicamente e categorizados quanto à presença de sinais clínicos. Os achados clínico-laboratoriais foram comparados entre os grupos e subgrupos. Animais vacinados com Leishmune® não apresentaram alterações hematológicas e bioquímicas, ao passo que 81,8% dos infectados apresentaram anemia normocítica normocrômica, além de disproteinemias, caracterizadas principalmente pela redução da relação A/G. Apenas 33,3% e 36,9% dos vacinados apresentaram resultados positivos ao xenodiagnóstico e a qPCR, respectivamente, contra 68,7% e 93,9% dos cães com anticorpos anti-Leishmania. Cães vacinados tiveram em média 916,2 cópias de DNA de Leishmania/mL de medula óssea e os com anticorpos, 78.752.966,92 cópias. Cães vacinados apresentaram teores mais elevados de anticorpos IgG quando comparados, mas não ao ELISA-FML. Constatou-se que a vacina Leishmune® foi capaz de reduzir a infecção de flebotomíneos alimentados em cães imunizados, além de diminuir a carga parasitária medular, constituindo importante ferramenta na redução da morbidade e propagação da doença.
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