Missionários do inferno: representações anticomunistas dos Batistas no Brasil (1917-1970)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciane Silva de Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASBEMC
Resumo: Apresentamos através desta tese um estudo das manifestações anticomunistas construídas e difundidas pela Igreja Batista do Brasil. Para auxiliar no entendimento destas construções ideológicas, analisaremos também as representações e aproximações no sentido prático deste grupo com cada governo ao longo do período estudado, enfatizando a contradição que tal postura representava para um grupo que reivindicava como um de seus princípios fundamentais o afastamento dos assuntos relacionado ao cotidiano político do País, as ditas coisas deste mundo. No entanto, como pretendemos mostrar na tese, o seu temor aos revolucionários e a sua militância anticomunista levou-os a aproximarem-se da política, contradizendo seu discurso. O objetivo é analisar os batistas como um novo sujeito produtor e difusor do imaginário anticomunista, e também avaliar a sua importância e impacto na sociedade brasileira. Delimitamos cronologicamente a tese no período que vai de 1917, ano que marca a eclosão da Revolução Russa até 1970, quando percebemos a redução, e quase desaparecimento, dos discursos anticomunistas por parte dos batistas. Nossa tese insere-se nos estudos que têm como foco as culturas políticas, neste sentido consideramos essencial a este trabalho o conceito de ideologia de Pierre Ansart e a reflexão sobre os conceitos de imaginário, social e político, à luz de Baczko e Girardet, em especial a mitologia do complô. Na tentativa de responder as questões referentes às práticas e representações dos batistas sobre o comunismo levamos em consideração a discussão conceitual elaborada por Roger Chartier; e pensando a interface entre política e religião também foram extremamente úteis as formulações teóricas de Pierre Bourdieu acerca do campo religioso.
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