A NADPH oxidase 2 promove maior susceptibilidade à infecção por Toxoplasma gondii em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peter Silva Rocha
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/45749
Resumo: O Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose, é um parasito intracelular obrigatório com grande capacidade de invadir as células hospedeiras e de evadir suas defesas. Dentro do hospedeiro, o parasito pode estimular a ativação de mecanismos antimicrobianos, como a produção de óxido nítrico (NO) e de espécies reativas de oxigênio (ROS). Muitos trabalhos vêm tentando elucidar o papel das ROS durante à infecção pelo T. gondii, porém os dados mostram-se inconclusivos. A fim de entender a importância das ROS na infecção in vivo pelo T. gondii, acompanhamos durante 15 dias, camundongos nocautes na produção de superóxido via NOX2 (PHOX KO) e camundongos selvagens (C57BL/6 WT) infectados com 10 cistos da cepa Me49 (tipo II) por via intragástrica. Nossos resultados mostraram que os camundongos WT e PHOX KO infectados com 10 cistos da cepa Me49 de T. gondii não apresentaram mortalidade durante o período de infecção avaliado. Apesar disso, os camundongos WT apresentaram notáveis características de caquexia a partir do nono dia de infecção, que foram confirmadas através dos elevados níveis de citocinas pró-inflamatórias (TNF e IFN-γ), NO e da elevada perda de peso em comparação aos camundongos PHOX KO. Mostramos também que a presença da NOX2 ativa em camundongos WT infectados pelo T. gondii promoveu maior dano tecidual e maiores níveis de inflamação no fígado, que foram comprovados através dos níveis elevados de peroxidação lipídica (dano oxidativo) e de enzimas hepáticas (dano hepático) nesses camundongos. Esses dados foram reforçados através da análise histopatológica do fígado, que mostrou dano tecidual nos camundongos WT em todos os tempos de infecção avaliados com a presença de infiltrado de células inflamatórias e focos de necrose. No intestino, principal porta de entrada do parasito a outros órgãos, não observamos diferenças nos níveis de peroxidação lipídica entre os grupos de camundongos infectados devido à ausência do parasito no período de infecção avaliado. Ao associar o dano tecidual (presente em maior intensidade nos camundongos WT) à provável produção de ROS em resposta a infecção, não observamos diferenças entre os grupos de camundongos infectados. Também não observamos diferenças nos níveis de enzimas antioxidantes (SOD e catalase) no fígado e no intestino dos grupos de camundongos infectados que poderiam explicar os baixos níveis de ROS encontrados nesses camundongos. Nossos resultados indicam que as ROS não estão envolvidas na eliminação do parasito durante a infecção pelo T. gondii. De maneira surpreendente, o estresse oxidativo contribui no desenvolvimento de diversas consequências negativas para o hospedeiro infectado, já que esse estresse oxidativo não é capaz de eliminar o parasito, conforme mostramos em nossos resultados.
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spelling Leda Quercia Vieirahttp://lattes.cnpq.br/6809125371733700Grazielle Ribeiro Goeshttp://lattes.cnpq.br/9130665383519803Peter Silva Rocha2022-09-29T17:36:39Z2022-09-29T17:36:39Z2019-10-22http://hdl.handle.net/1843/45749O Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose, é um parasito intracelular obrigatório com grande capacidade de invadir as células hospedeiras e de evadir suas defesas. Dentro do hospedeiro, o parasito pode estimular a ativação de mecanismos antimicrobianos, como a produção de óxido nítrico (NO) e de espécies reativas de oxigênio (ROS). Muitos trabalhos vêm tentando elucidar o papel das ROS durante à infecção pelo T. gondii, porém os dados mostram-se inconclusivos. A fim de entender a importância das ROS na infecção in vivo pelo T. gondii, acompanhamos durante 15 dias, camundongos nocautes na produção de superóxido via NOX2 (PHOX KO) e camundongos selvagens (C57BL/6 WT) infectados com 10 cistos da cepa Me49 (tipo II) por via intragástrica. Nossos resultados mostraram que os camundongos WT e PHOX KO infectados com 10 cistos da cepa Me49 de T. gondii não apresentaram mortalidade durante o período de infecção avaliado. Apesar disso, os camundongos WT apresentaram notáveis características de caquexia a partir do nono dia de infecção, que foram confirmadas através dos elevados níveis de citocinas pró-inflamatórias (TNF e IFN-γ), NO e da elevada perda de peso em comparação aos camundongos PHOX KO. Mostramos também que a presença da NOX2 ativa em camundongos WT infectados pelo T. gondii promoveu maior dano tecidual e maiores níveis de inflamação no fígado, que foram comprovados através dos níveis elevados de peroxidação lipídica (dano oxidativo) e de enzimas hepáticas (dano hepático) nesses camundongos. Esses dados foram reforçados através da análise histopatológica do fígado, que mostrou dano tecidual nos camundongos WT em todos os tempos de infecção avaliados com a presença de infiltrado de células inflamatórias e focos de necrose. No intestino, principal porta de entrada do parasito a outros órgãos, não observamos diferenças nos níveis de peroxidação lipídica entre os grupos de camundongos infectados devido à ausência do parasito no período de infecção avaliado. Ao associar o dano tecidual (presente em maior intensidade nos camundongos WT) à provável produção de ROS em resposta a infecção, não observamos diferenças entre os grupos de camundongos infectados. Também não observamos diferenças nos níveis de enzimas antioxidantes (SOD e catalase) no fígado e no intestino dos grupos de camundongos infectados que poderiam explicar os baixos níveis de ROS encontrados nesses camundongos. Nossos resultados indicam que as ROS não estão envolvidas na eliminação do parasito durante a infecção pelo T. gondii. De maneira surpreendente, o estresse oxidativo contribui no desenvolvimento de diversas consequências negativas para o hospedeiro infectado, já que esse estresse oxidativo não é capaz de eliminar o parasito, conforme mostramos em nossos resultados.Toxoplasma gondii, which causes toxoplasmosis, is an obligate intracellular parasite with great ability to invade host cells and evade their defenses. Within the host, the parasite can stimulate activation of antimicrobial mechanisms, such as production of nitric oxide (NO) and reactive oxygen species (ROS). Many studies have been trying to elucidate the role of ROS during T. gondii infection, but the data are inconclusive. In order to understand the importance of ROS in T. gondii infection in vivo, we monitored for 15 days knockout mice producing NOX2 superoxide (PHOX KO) and wild type mice (C57BL/6 WT) infected with 10 cysts of T. gondii Me49 strain. (type II) intragastrically. Our results showed that WT and PHOX KO mice infected with 10 cysts of the T. gondii Me49 strain did not show mortality during the evaluated period of infection. Nevertheless, WT mice showed remarkable cachexia characteristics from the ninth day of infection, which were confirmed by high levels of pro-inflammatory cytokines (TNF and IFN-γ), NO and high weight loss compared to PHOX KO mice. We also noted that the presence of active NOX2 in T. gondii-infected WT mice promoted greater tissue damage and higher levels of inflammation in liver, which were confirmed by elevated levels of lipid peroxidation (oxidative damage) and liver enzymes (liver damage) in these mice. These data were reinforced by histopathological analysis of the liver, which showed tissue damage in WT mice at all times of infection verified by the presence of inflammatory cell infiltrate and necrosis focus. In the intestine, the parasite's main gateway to other organs, we did not observe differences in lipid peroxidation levels between groups of infected mice due to absence of parasites during the period of infection evaluated. When associating tissue damage (present in higher intensity in WT mice) with the probable production of ROS in response to infection, we did not observe differences between groups of infected mice. We also did not observe differences in the levels of antioxidant enzymes (SOD and catalase) in the liver or the intestine of the infected groups that could explain the low levels of ROS found in these mice. Our results indicate that ROS are not involved in parasite elimination during T. gondii infection. Surprisingly, oxidative stress contributes to the development of several negative consequences for the infected host, since this oxidative stress is not able to eliminate the parasite as we show in our results.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessBioquímica e imunologiaToxoplasmoseToxoplasmaEspécies reativas de oxigênioÓxido nítricoEstresse oxidativoResposta imuneEspécies reativas de oxigênioToxoplasmoseT. gondiiNADPH oxidaseA NADPH oxidase 2 promove maior susceptibilidade à infecção por Toxoplasma gondii em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao ultima versao Peter.pdfDissertacao ultima versao Peter.pdfapplication/pdf2170932https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45749/4/Dissertacao%20ultima%20versao%20Peter.pdfa9d8ec9cdf0c11498d9afac9367aff1dMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45749/5/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD551843/457492022-09-29 14:36:39.777oai:repositorio.ufmg.br:1843/45749TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-29T17:36:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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