Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sérgio Teixeira da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32165
Resumo: Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo compreender os sentidos que educandos e educandas candomblecistas e umbandistas da Educação de Jovens e Adultos atribuem ao processo de escolarização. Para tanto, foram selecionados 06 estudantes, sendo três homens e três mulheres, três umbandistas e três candomblecistas. Suas idades oscilavam entre 26 e 59 anos. O referencial teórico adotado privilegiou as abordagens teóricas e conceituais próprias dos Estudos Culturais, do Multiculturalismo Crítico e do Pensamento Complexo. Além de colocar em relevo conceitos tais como identidades e diferenças, a pesquisa em questão levou em conta as categorias de subjetividade social e sentido subjetivo. Nesse processo, valeu-se das contribuições de autores como Arroyo (2014/17), Caputo (2012), Da Silva (2014), Dayrell (1996), Freire (1987/96), Gadotti (1997), Mclaren (1997), Moreira e Candau (2011), Morin (2005), Oliveira (2012), Ortiz (1991), Prandi (2001), Santos (2015), Ude (2005), dentre outros/as. A perspectiva metodológica adotada referenciou-se na epistemologia qualitativa, na subjetividade social proposta por González Rey (2015), bem como na fenomenologia. Por meio de questionários semiestruturados e entrevistas em profundidade, o estudo evidenciou quatro núcleos de sentidos atribuídos por educandos/as umbandistas e candomblecistas na Educação de Jovens e Adultos: a) o primeiro está relacionado aos processos de exclusão e subjugação dos/as educandos/as. A escolarização é percebida aqui como fonte de vergonha e de sofrimento; b) o segundo está relacionado às formas de resistências, por meio da afirmação da identidade e demarcação das diferenças. Tanto as crenças como as simbologias religiosas são percebidas como fonte de orgulho e de enfrentamento à exclusão; c) o terceiro núcleo de sentido diz respeito à carência de estudos sobre a História e Cultura da África no espaço escolar, especialmente no que diz respeito às religiosidades de matrizes africanas; d) o quarto núcleo de sentido está relacionado à demarcação religiosa de matriz cristã no espaço escolar. Por meio de imagens, crucifixos e rituais, as escolas públicas evidenciam seu caráter monocultural, o que produz sofrimento e discriminação de outros grupos religiosos, especialmente os adeptos de religiosidades de matrizes africanas. Para os sujeitos da pesquisa, a escola tem representado um não-lugar, já que não encontram sentido de pertença nesse espaço, não são respeitados/as em decorrência de suas identidades religiosas. Além disso, os dados empíricos revelam que esses sujeitos são silenciados, invisibilizados/as e hostilizados/as por colegas e educadores/as. Isso não quer dizer, no entanto, que esses sujeitos sejam passivos. Eles travam diariamente bravas lutas no combate à intolerância, às discriminações e ao racismo religioso, buscando a garantia de seus direitos dentro e fora das instituições escolares.
id UFMG_4a20cc9c4afa71b7c1f0d4466742257b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/32165
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Heli Sabino de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/6656218487648461http://lattes.cnpq.br/1730666570274824Sérgio Teixeira da Silva2020-01-23T20:54:16Z2020-01-23T20:54:16Z2019-02-26http://hdl.handle.net/1843/32165Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo compreender os sentidos que educandos e educandas candomblecistas e umbandistas da Educação de Jovens e Adultos atribuem ao processo de escolarização. Para tanto, foram selecionados 06 estudantes, sendo três homens e três mulheres, três umbandistas e três candomblecistas. Suas idades oscilavam entre 26 e 59 anos. O referencial teórico adotado privilegiou as abordagens teóricas e conceituais próprias dos Estudos Culturais, do Multiculturalismo Crítico e do Pensamento Complexo. Além de colocar em relevo conceitos tais como identidades e diferenças, a pesquisa em questão levou em conta as categorias de subjetividade social e sentido subjetivo. Nesse processo, valeu-se das contribuições de autores como Arroyo (2014/17), Caputo (2012), Da Silva (2014), Dayrell (1996), Freire (1987/96), Gadotti (1997), Mclaren (1997), Moreira e Candau (2011), Morin (2005), Oliveira (2012), Ortiz (1991), Prandi (2001), Santos (2015), Ude (2005), dentre outros/as. A perspectiva metodológica adotada referenciou-se na epistemologia qualitativa, na subjetividade social proposta por González Rey (2015), bem como na fenomenologia. Por meio de questionários semiestruturados e entrevistas em profundidade, o estudo evidenciou quatro núcleos de sentidos atribuídos por educandos/as umbandistas e candomblecistas na Educação de Jovens e Adultos: a) o primeiro está relacionado aos processos de exclusão e subjugação dos/as educandos/as. A escolarização é percebida aqui como fonte de vergonha e de sofrimento; b) o segundo está relacionado às formas de resistências, por meio da afirmação da identidade e demarcação das diferenças. Tanto as crenças como as simbologias religiosas são percebidas como fonte de orgulho e de enfrentamento à exclusão; c) o terceiro núcleo de sentido diz respeito à carência de estudos sobre a História e Cultura da África no espaço escolar, especialmente no que diz respeito às religiosidades de matrizes africanas; d) o quarto núcleo de sentido está relacionado à demarcação religiosa de matriz cristã no espaço escolar. Por meio de imagens, crucifixos e rituais, as escolas públicas evidenciam seu caráter monocultural, o que produz sofrimento e discriminação de outros grupos religiosos, especialmente os adeptos de religiosidades de matrizes africanas. Para os sujeitos da pesquisa, a escola tem representado um não-lugar, já que não encontram sentido de pertença nesse espaço, não são respeitados/as em decorrência de suas identidades religiosas. Além disso, os dados empíricos revelam que esses sujeitos são silenciados, invisibilizados/as e hostilizados/as por colegas e educadores/as. Isso não quer dizer, no entanto, que esses sujeitos sejam passivos. Eles travam diariamente bravas lutas no combate à intolerância, às discriminações e ao racismo religioso, buscando a garantia de seus direitos dentro e fora das instituições escolares.Esta disertación es el resultado de una investigación que tuvo por objetivo comprender los sentidos que educandos y educandas candomblecistas y umbandistas de la Educación de Jóvenes y Adultos atribuyen al proceso de escolarización. Para ello, se seleccionaron a 06 estudiantes, siendo tres hombres y tres mujeres, tres umbandistas y tres candomblecistas. Sus edades oscilaban entre 26 y 59 años. El referencial teórico adoptado privilegió los enfoques teóricos y conceptuales propios de los Estudios Culturales, del Multiculturalismo Crítico y del Pensamiento Complejo. Además de poner en relieve conceptos tales como identidades y diferencias, la investigación en cuestión tuvo en cuenta las categorías de subjetividad social y sentido subjetivo. En ese proceso, se valió de las contribuciones de autores como Arroyo (2014/17), Caputo (2012), Da Silva (2014), Dayrell (1996), Freire (1987/96), Gadotti (1997), Mclaren (1997) (2005), Morin (2005), Oliveira (2012), Ortiz (1991), Prandi (2001), Santos (2015), Ude (2005), entre otros. La perspectiva metodológica adoptada se referenció en la epistemología cualitativa, en la subjetividad social propuesta por González Rey (2015), así como en la fenomenología. Por medio de cuestionarios semiestructurados y entrevistas en profundidad, el estudio evidenció cuatro núcleos de sentidos atribuidos por educandos/as umbandistas y candomblecistas en la Educación de Jóvenes y Adultos: a) el primero está relacionado a los procesos de exclusión y subyugación de los/las educandos/as. La escolarización es percibida aquí como fuente de vergüenza y de sufrimiento; b) el segundo está relacionado con las formas de resistencias, por medio de la afirmación de la identidad y demarcación de las diferencias. Tanto las creencias como las simbologías religiosas son percibidas como fuente de orgullo y de enfrentamiento a la exclusión; c) el tercer núcleo de sentido se refiere a las carencia de estudios sobre la Historia y Cultura de África en el espacio escolar, especialmente en lo que se refiere a las religiosidades de las matrices africanas; d) el cuarto núcleo de sentido está relacionado con la demarcación religiosa de matriz cristiana en el espacio escolar. Por medio de imágenes, crucifijos y rituales, las escuelas públicas evidencian su carácter monocultural, lo que produce sufrimiento y discriminación de otros grupos religiosos, especialmente los adeptos de religiosidades de matrices africanas. Para los sujetos de la investigación, la escuela ha representado un no-lugar, ya que no encuentran sentido de pertenencia en ese espacio, no son respetados/as como consecuencia de sus identidades religiosas. Además, los datos empíricos revelan que esos sujetos son silenciados, invisibilizados/as y hostilizados/as por colegas y educadores/as. Esto no quiere decir, sin embargo, que esos sujetos sean pasivos. Ellos tratan diariamente bravas luchas del combate de la intolerancia, las discriminaciones y el racismo religioso, buscando la garantía de sus derechos dentro y fuera de las instituciones escolares.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação e DocênciaUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEducação de adultosEducação -- Aspectos religiososCandombleUmbandaCultos afro-brasileirosDiscriminação na educaçãoReligião nas escolas públicasEducação de jovens e adultosReligiosidades de Matrizes AfricanasRacismo religiosoDiferençasOs/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarizaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertaçao_Sergio Teixeira da Silva_2019_03.pdfDissertaçao_Sergio Teixeira da Silva_2019_03.pdfapplication/pdf4796596https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/1/Disserta%c3%a7ao_Sergio%20Teixeira%20da%20Silva_2019_03.pdf6b4110b1fd8a97a4d6842aa730084708MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertaçao_Sergio Teixeira da Silva_2019_03.pdf.txtDissertaçao_Sergio Teixeira da Silva_2019_03.pdf.txtExtracted texttext/plain628141https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/4/Disserta%c3%a7ao_Sergio%20Teixeira%20da%20Silva_2019_03.pdf.txt991cb8fa733a86ac45d1109318c31ba8MD541843/321652020-01-24 03:28:38.57oai:repositorio.ufmg.br:1843/32165TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-24T06:28:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
title Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
spellingShingle Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
Sérgio Teixeira da Silva
Educação de jovens e adultos
Religiosidades de Matrizes Africanas
Racismo religioso
Diferenças
Educação de adultos
Educação -- Aspectos religiosos
Candomble
Umbanda
Cultos afro-brasileiros
Discriminação na educação
Religião nas escolas públicas
title_short Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
title_full Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
title_fullStr Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
title_full_unstemmed Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
title_sort Os/as educandos/as candomblecistas e umbandistas da educação de jovens e adultos: sentidos atribuídos ao processo de escolarização
author Sérgio Teixeira da Silva
author_facet Sérgio Teixeira da Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Heli Sabino de Oliveira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6656218487648461
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1730666570274824
dc.contributor.author.fl_str_mv Sérgio Teixeira da Silva
contributor_str_mv Heli Sabino de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Educação de jovens e adultos
Religiosidades de Matrizes Africanas
Racismo religioso
Diferenças
topic Educação de jovens e adultos
Religiosidades de Matrizes Africanas
Racismo religioso
Diferenças
Educação de adultos
Educação -- Aspectos religiosos
Candomble
Umbanda
Cultos afro-brasileiros
Discriminação na educação
Religião nas escolas públicas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Educação de adultos
Educação -- Aspectos religiosos
Candomble
Umbanda
Cultos afro-brasileiros
Discriminação na educação
Religião nas escolas públicas
description Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo compreender os sentidos que educandos e educandas candomblecistas e umbandistas da Educação de Jovens e Adultos atribuem ao processo de escolarização. Para tanto, foram selecionados 06 estudantes, sendo três homens e três mulheres, três umbandistas e três candomblecistas. Suas idades oscilavam entre 26 e 59 anos. O referencial teórico adotado privilegiou as abordagens teóricas e conceituais próprias dos Estudos Culturais, do Multiculturalismo Crítico e do Pensamento Complexo. Além de colocar em relevo conceitos tais como identidades e diferenças, a pesquisa em questão levou em conta as categorias de subjetividade social e sentido subjetivo. Nesse processo, valeu-se das contribuições de autores como Arroyo (2014/17), Caputo (2012), Da Silva (2014), Dayrell (1996), Freire (1987/96), Gadotti (1997), Mclaren (1997), Moreira e Candau (2011), Morin (2005), Oliveira (2012), Ortiz (1991), Prandi (2001), Santos (2015), Ude (2005), dentre outros/as. A perspectiva metodológica adotada referenciou-se na epistemologia qualitativa, na subjetividade social proposta por González Rey (2015), bem como na fenomenologia. Por meio de questionários semiestruturados e entrevistas em profundidade, o estudo evidenciou quatro núcleos de sentidos atribuídos por educandos/as umbandistas e candomblecistas na Educação de Jovens e Adultos: a) o primeiro está relacionado aos processos de exclusão e subjugação dos/as educandos/as. A escolarização é percebida aqui como fonte de vergonha e de sofrimento; b) o segundo está relacionado às formas de resistências, por meio da afirmação da identidade e demarcação das diferenças. Tanto as crenças como as simbologias religiosas são percebidas como fonte de orgulho e de enfrentamento à exclusão; c) o terceiro núcleo de sentido diz respeito à carência de estudos sobre a História e Cultura da África no espaço escolar, especialmente no que diz respeito às religiosidades de matrizes africanas; d) o quarto núcleo de sentido está relacionado à demarcação religiosa de matriz cristã no espaço escolar. Por meio de imagens, crucifixos e rituais, as escolas públicas evidenciam seu caráter monocultural, o que produz sofrimento e discriminação de outros grupos religiosos, especialmente os adeptos de religiosidades de matrizes africanas. Para os sujeitos da pesquisa, a escola tem representado um não-lugar, já que não encontram sentido de pertença nesse espaço, não são respeitados/as em decorrência de suas identidades religiosas. Além disso, os dados empíricos revelam que esses sujeitos são silenciados, invisibilizados/as e hostilizados/as por colegas e educadores/as. Isso não quer dizer, no entanto, que esses sujeitos sejam passivos. Eles travam diariamente bravas lutas no combate à intolerância, às discriminações e ao racismo religioso, buscando a garantia de seus direitos dentro e fora das instituições escolares.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-01-23T20:54:16Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-01-23T20:54:16Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/32165
url http://hdl.handle.net/1843/32165
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação e Docência
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/1/Disserta%c3%a7ao_Sergio%20Teixeira%20da%20Silva_2019_03.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/3/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32165/4/Disserta%c3%a7ao_Sergio%20Teixeira%20da%20Silva_2019_03.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6b4110b1fd8a97a4d6842aa730084708
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
991cb8fa733a86ac45d1109318c31ba8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589546180345856