Desempenho funcional de idosos com dor lombar: impacto de fatores clínicos, sociodemográficos, autopercepção e crenças

• Autor(a) principal: Flora Pereira Guerra
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9MVLBT
• topic: Incapacidade; Idosos; Dor lombar; Desempenho funcional; Crença; Dor lombar; Idosos Saúde e higiene; Capacidade Funcional

As condições musculoesqueléticas na população idosa são importantes causas de incapacidade, destacando-se a dor lombar. Essa condição é comum em idosos e há evidências de que aqueles que a relatam apresentam maior dificuldade na realização das atividades cotidianas. O estudo objetivou avaliar a relação das variáveis sociodemográficas, clínicas, autopercepção de saúde e crenças com o desempenho funcional de idosos com dor lombar. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados do projeto multicêntrico Back Complaints in the Elders (BACE). Por meio do autorrelato foram coletadas informações de 191 idosos sobre características: sociodemográficas (sexo, idade, estado civil e escolaridade), clínicas (intensidade e frequência da dor, comorbidades), autopercepção de saúde, crenças quanto às consequências da dor lombar e desempenho funcional (componente de incapacidade do Late Life Function and Disability Instrument - LLFDI). A amostra foi constituída por indivíduos acima de 60 anos que relataram um novo episódio de dor lombar em menos de seis semanas e que não apresentavam alterações cognitivas, deficiências visuais, auditivas e motoras graves. Foi realizada a análise bivariada de cada variável independente com cada desfecho. Aquelas que apresentaram p<0,20, entraram nos modelos de regressão múltipla para cada domínio do LLFDI. Os coeficientes de determinação dos modelos multivariados foram significativos, apesar da modesta magnitude. As variáveis que se relacionaram com o desempenho funcional foram as crenças, a autopercepção de saúde, a escolaridade, a frequência da dor e o estado civil. Os modelos de regressão que apresentaram maior valor explanatório (R2=0,20) foram o de papel instrumental e o de limitação na realização das atividades em ambos permaneceram estatisticamente significativas as variáveis crença e autopercepção de saúde, e frequência de dor apenas no papel instrumental. Os resultados referentes ao domínio do papel de gerenciamento não obtiveram significância estatística. Esses resultados poderão contribuir para o aprimoramento das intervenções de profissionais de saúde cuja atuação tem se restringido a aspectos clínicos, buscando valorizar, sobretudo, as crenças dos idosos e sua autorpercepção de saúde.