Efetividade do treinamento auditivo sobre as respostas comportamentais e eletrofisiológicas em crianças e adolescentes com transtorno do processamento auditivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aline Rejane Rosa de Castro
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AN2LPF
Resumo: Introdução: O Transtorno do Processamento Auditivo (TPA) é complexo e afeta não apenas o comportamento auditivo do paciente. O treinamento auditivo (TA) promove a neuroplasticidade, sendo amplamente utilizado em indivíduos com TPA para melhora das habilidades auditivas. É importante integrar achados comportamentais e eletrofisiológicos no diagnóstico do TPA e na verificação da efetividade do TA. Objetivos: Revisar a literatura nacional sobre Potencial Evocado de Média Latência (PEAML) e verificar a efetividade do TA em crianças e adolescentes com TPA. Métodos: Dos 1315 artigos encontrados em bases indexadas, oito atenderam aos critérios de inclusão e foram iniciativa STROBE. Na análise de efetividade do TA foi realizado estudo quase-experimental prospectivo com 50 normo-ouvintes de oito a 16 anos com TPA usando os testes comportamentais Staggered Spondaic Words (SSW), Pitch Pattern Sequence (PPS), Fala com Ruído e Masking Level Difference (MLD) e os eletrofisiológicos Auditory Brainstem Response (ABR), MLR e P300. O G1 (n=25) fez oito sessões de TA e estimulação em casa. O grupo controle não realizou estimulação auditiva até a reavaliação. A análise estatística considerou intervalos de confiança de 95% nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Predominaram estudos transversais (75%); cliques (100%) até 11/s (100%) a 70 dBNA (88%); filtros de 10Hz (50%) a 200Hz (75%); eletrodos em C3/C4/A1/A2/Fpz (88%); amplitude Na-Pa para normalidade; e ANOVA (63%). Em normo-ouvintes houve média de latência Pa=32ms e amplitude Na-Pa=1,57uV. Houve associação entre treino auditivo e melhora das respostas comportamentais e eletrofisiológicas da audição. A melhora foi mais significativa e em mais testes e habilidades no grupo treino. MLR, P300, SSW e PPS foram mais sensíveis ao TA, que teve maior impacto em meninos (p=0,004), destros (p=0,001), com queixa de aprendizagem (p=0,004) e ouvir no ruído (p=0,016), 8 com comorbidades (p=0,009) e fonoterapia prévia (p=0,007). Os pacientes que aderiram ao treino (72%) apresentaram melhora mais significativa. A percepção de melhora coincidiu com resultados melhores nos testes eletrofisiológicos e também nos comportamentais. Conclusão: Não há consenso sobre a normatização do registro do MLR. O treino auditivo foi efetivo para a melhora das habilidades auditivas e a adesão é determinante para seus resultados em crianças e adolescentes com TPA.
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Na análise de efetividade do TA foi realizado estudo quase-experimental prospectivo com 50 normo-ouvintes de oito a 16 anos com TPA usando os testes comportamentais Staggered Spondaic Words (SSW), Pitch Pattern Sequence (PPS), Fala com Ruído e Masking Level Difference (MLD) e os eletrofisiológicos Auditory Brainstem Response (ABR), MLR e P300. O G1 (n=25) fez oito sessões de TA e estimulação em casa. O grupo controle não realizou estimulação auditiva até a reavaliação. A análise estatística considerou intervalos de confiança de 95% nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Predominaram estudos transversais (75%); cliques (100%) até 11/s (100%) a 70 dBNA (88%); filtros de 10Hz (50%) a 200Hz (75%); eletrodos em C3/C4/A1/A2/Fpz (88%); amplitude Na-Pa para normalidade; e ANOVA (63%). Em normo-ouvintes houve média de latência Pa=32ms e amplitude Na-Pa=1,57uV. Houve associação entre treino auditivo e melhora das respostas comportamentais e eletrofisiológicas da audição. A melhora foi mais significativa e em mais testes e habilidades no grupo treino. MLR, P300, SSW e PPS foram mais sensíveis ao TA, que teve maior impacto em meninos (p=0,004), destros (p=0,001), com queixa de aprendizagem (p=0,004) e ouvir no ruído (p=0,016), 8 com comorbidades (p=0,009) e fonoterapia prévia (p=0,007). Os pacientes que aderiram ao treino (72%) apresentaram melhora mais significativa. A percepção de melhora coincidiu com resultados melhores nos testes eletrofisiológicos e também nos comportamentais. Conclusão: Não há consenso sobre a normatização do registro do MLR. O treino auditivo foi efetivo para a melhora das habilidades auditivas e a adesão é determinante para seus resultados em crianças e adolescentes com TPA.Introduction: Auditory Processing Disorder (APD) is complex and affects not only patients auditory behavior. Auditory training (AT) promotes neuroplasticity and is widely used to remediate APD by improving auditory skills. It is important to integrate behavioral and electrophysiological findings in APD diagnosis and in AT effectiveness verification. Purpose: To review the national literature on Middle Latency Response (MLR) and to verify the effectiveness of AT on APD in children and adolescents. Methods: From 1315 indexed articles founded, eight matched inclusion criterion and were analyzed using STROBE initiative. For AT effectiveness analysis it was conducted a quasi-experimental prospective study with 50 eight to 16 years old APD individuals by using Staggered Spondaic Words test (SSW), Pitch Pattern Sequence (PPS), Speech in Noise and Masking Level Difference (MLD) tests and Auditory Brainstem Response (ABR), MLR and P300 measures. G1 (n=25) underwent eight AT sessions and stimulation at home. Control group was not stimulated until the reassessment. The statistical analysis considered confidence intervals of 95% and significance level of 5% (p<0.05). Results: Cross-sectional studies (75%); clicks stimuli (100%) of 11/s (100%) and 70 dBHL (88%); 10Hz (50%) and 200 Hz (75%) filters; C3/C4/A1/A2/Fpz (88%) electrodes array; Na-Pa amplitude as normality criteria; and ANOVA (63%) for statistics were predominant among the reviewed articles. In normal hearing individuals the average latency was Pa=32ms and amplitude was Na-Pa=1,57uV. There was association between auditory training and behavioral and electrophysiological responses enhancement. The improvement was more significant and in more tests and skills at training group. MLR, P300, SSW and PPS were more sensitive to the AT which had greater impact on boys (p=0.004), right-handed (p=0.001), with learning (p=0.004) and hear in noise (p=0.016) complaints, 10 comorbidities (p=0.009) and previous speech therapy (p=0.007). AT adherence (72%) correlate to greater improvement, whose perception was related to better electrophysiological responses and their significant occurrence in behavioral tests as well. Conclusion: There is no consensus on MLR recording. AT was effective to auditory skills improvement and adherence was crucial for its outcomes in children and adolescents with APD.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPercepção auditivaFonoaudiologiaPotenciais evocados auditivosAudiçãoPlasticidade neuronalMedicinaEstimulação acústicaCriançaAdolescentePercepção auditivaPotenciais evocados auditivosAudiçãoPlasticidade neuronalEstimulação acústicaCriançaAdolescenteEfetividade do treinamento auditivo sobre as respostas comportamentais e eletrofisiológicas em crianças e adolescentes com transtorno do processamento auditivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_castro_arr.pdfapplication/pdf2194484https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AN2LPF/1/disserta__o_castro_arr.pdf647be4dc0d3144f2d9ab28f2323bb794MD51TEXTdisserta__o_castro_arr.pdf.txtdisserta__o_castro_arr.pdf.txtExtracted texttext/plain133667https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AN2LPF/2/disserta__o_castro_arr.pdf.txt0c35557b79b2c5fa2ed5c8409012e52aMD521843/BUBD-AN2LPF2020-01-30 17:05:55.942oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AN2LPFRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-30T20:05:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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