Depressão antenatal e suicidabilidade: estudo de amostra de gestantes com alto e baixo risco obstétrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tiago Castro e Couto
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DUG9F
Resumo: A Depressão Maior é um transtorno psiquiátrico comum durante o ciclo reprodutivo das mulheres. Tal prevalência permite que a DM se manifeste quando as mulheres estão grávidas, situação denominada Depressão Antenatal. Essa circunstância gera importantes consequências, uma vez que além do estresse biológico a que é submetido o binômio mãe-bebê, também particularidades terapêuticas se impõem. Uma coorte de 180 mulheres, que fizeram o pré-natal no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, teve seus dados analisados nesse estudo. Foram preenchidas entrevista semiestruturada, com questões formuladas pelos pesquisadores; entrevista psiquiátrica estruturada (MINI Plus 5.0); questionários de sintomas depressivos: Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo e Inventário de Depressão de Beck. Esses dados foram colhidos no segundo e terceiro trimestres da gestação das mulheres pesquisadas. Encontrou-se as respectivas prevalências de Depressão Antenatal, para segundo e terceiros trimestres, de 27,95%/16,66% (BDI); 25,53%/8,75% (EPDS); e 19,05%/13,76% (MINI), respectivamente, evidenciando redução ao longo da gestação. Foram fatores de risco para Depressão Antenatal: história prévia de agressão (p=0,007), maior número de filhos (p=0,011), Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (p=0,021), menor nível socioeconômico (p=0,003) e Depressão Maior prévia (p<0.001). Aqueles três primeiros fatores dizem respeito apenas ao segundo trimestre, o quarto apenas ao terceiro trimestre e o último à ambos trimestres. Assim, como apoio no pré-natal, foi fator de proteção (p=0,038) no segundo trimestre. A influência do risco obstétrico na Depressão Antenatal difere se o mesmo é percebido ou objetivo. Apenas risco percebido demonstrou associação com o quadro de humor (p=0,017), ainda, assim, somente no segundo trimestre. Suicidabilidade também apresenta redução de suas taxas ao longo da gestação. Tem-se no segundo e terceiro trimestres da gestação as taxas: 14,29% e 5,6% (item 9 do BDI); 21,28% e 10% (item 10 da EPDS); 23,12% e 17,86% (item C do MINI), respectivamente, sendo significativa (p<0,05) para os dois primeiros instrumentos em amostras não pareadas. Há associação significativa da suicidabilidade com Depressão Antenatal para todos instrumentos (tentativa prévia de suicídio; itens 9 do BDI, 10 da EPDS e C do MINI) no segundo trimestre e apenas os dois últimos no terceiro trimestre. No geral, suicidabilidade apresenta, sempre, maiores valores quando o risco obstétrico, seja ele percebido ou objetivo, é elevado. Em conclusão, este estudo corrobora com a noção de que a Depressão Antenatal e a suicidabilidade sofrem influências várias e que essas influências podem impactar de forma diferente dependendo das outras variáveis envolvidas. Repetições independentes em amostras maiores e investigações das implicações nos resultados do pós-parto seriam interessantes.
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spelling Humberto Correa da Silva FilhoHenrique Vitor LeiteRodrigo NicolatoTiago Castro e Couto2019-08-10T22:05:28Z2019-08-10T22:05:28Z2013-07-08http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DUG9FA Depressão Maior é um transtorno psiquiátrico comum durante o ciclo reprodutivo das mulheres. Tal prevalência permite que a DM se manifeste quando as mulheres estão grávidas, situação denominada Depressão Antenatal. Essa circunstância gera importantes consequências, uma vez que além do estresse biológico a que é submetido o binômio mãe-bebê, também particularidades terapêuticas se impõem. Uma coorte de 180 mulheres, que fizeram o pré-natal no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, teve seus dados analisados nesse estudo. Foram preenchidas entrevista semiestruturada, com questões formuladas pelos pesquisadores; entrevista psiquiátrica estruturada (MINI Plus 5.0); questionários de sintomas depressivos: Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo e Inventário de Depressão de Beck. Esses dados foram colhidos no segundo e terceiro trimestres da gestação das mulheres pesquisadas. Encontrou-se as respectivas prevalências de Depressão Antenatal, para segundo e terceiros trimestres, de 27,95%/16,66% (BDI); 25,53%/8,75% (EPDS); e 19,05%/13,76% (MINI), respectivamente, evidenciando redução ao longo da gestação. Foram fatores de risco para Depressão Antenatal: história prévia de agressão (p=0,007), maior número de filhos (p=0,011), Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (p=0,021), menor nível socioeconômico (p=0,003) e Depressão Maior prévia (p<0.001). Aqueles três primeiros fatores dizem respeito apenas ao segundo trimestre, o quarto apenas ao terceiro trimestre e o último à ambos trimestres. Assim, como apoio no pré-natal, foi fator de proteção (p=0,038) no segundo trimestre. A influência do risco obstétrico na Depressão Antenatal difere se o mesmo é percebido ou objetivo. Apenas risco percebido demonstrou associação com o quadro de humor (p=0,017), ainda, assim, somente no segundo trimestre. Suicidabilidade também apresenta redução de suas taxas ao longo da gestação. Tem-se no segundo e terceiro trimestres da gestação as taxas: 14,29% e 5,6% (item 9 do BDI); 21,28% e 10% (item 10 da EPDS); 23,12% e 17,86% (item C do MINI), respectivamente, sendo significativa (p<0,05) para os dois primeiros instrumentos em amostras não pareadas. Há associação significativa da suicidabilidade com Depressão Antenatal para todos instrumentos (tentativa prévia de suicídio; itens 9 do BDI, 10 da EPDS e C do MINI) no segundo trimestre e apenas os dois últimos no terceiro trimestre. No geral, suicidabilidade apresenta, sempre, maiores valores quando o risco obstétrico, seja ele percebido ou objetivo, é elevado. Em conclusão, este estudo corrobora com a noção de que a Depressão Antenatal e a suicidabilidade sofrem influências várias e que essas influências podem impactar de forma diferente dependendo das outras variáveis envolvidas. Repetições independentes em amostras maiores e investigações das implicações nos resultados do pós-parto seriam interessantes.Major Depression is a common psychiatric disorder during the women' reproductive cycle. Such prevalence allows it to manifest while those women are pregnant, situation that has been called Antenatal Depression. This circumstance generates important consequences, since besides the "stress" in which the binomial motherbaby is subjected there are some therapeutic particularities that stand out. A cohort of one hundred and eighty women subjects that attended to the prenatal care at the Clinics Hospital of the Federal University of Minas Gerais had its data analyzed in this study. It was filled in a semi-structured interview with questions made by the researchers; a structured psychiatric interview (MINI Plus 5.0); depressive symptoms questionnaires: the Edinburgh Postpartum Depression Scale and Beck Depression Inventory. Those data were collected in the second and third gestational trimesters. The respective Antenatal Depression prevalence, for the second and third trimesters, 27,95% / 16,66% (BDI); 25,53% / 8,75% (EPDS) and 19,05% / 13,76% (MINI) were found. Antenatal Depression risk factors were: previous history of being abused (p=0,007), larger number of sons (p=0,011), Premenstrual Dysphoric Disorder (p=0,021), lower socioeconomic level (p=0,003) and previous Major Depression (p<0.001). The first three factors only at the second trimester; the fourth factor only at the third trimester; and the last one in both trimesters. As well as prenatal support was a protective factor (p=0,038) in the second trimester. The influence of the obstetric risk on the Antenatal Depression differs if it is perceived or objective. Only perceived risk has demonstrated an association with mood disorder (p=0,017), nevertheless, solely at the second trimester. Suicidality also reduces its rates thorough gestation. The rates for the second and third trimesters are: 14,29% and 5,6% (BDI'9); 21,28% and 10% (EPDS'10); 23,12% e 17,86% (C - MINI). Only the first two instruments achieved statistically significance (p<0,05) in non-paired samples. There is an association between Antenatal Depression and suicidality for all the instruments used (previous suicide attempt; items 9 of the BDI, 10 of the EPDS and C - MINI) in the second trimester and only the last two in the third trimester. Overall, suicidality invariably presents higher values when the obstetric risk, perceived or objective, is high. In conclusion, this study supports the notion that Antenatal Depression and suicidality suffer several influences and those can have a different impact depending on the variables involved. It is encouraged independent replications in larger samples and further investigation on postpartum outcomes implications.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMães/psicologiaDepressãoDepressão mentalSaúde da mulherSaúde mentalFatores de riscoCuidado pré-natalServiços de saúde maternaBrasilDepressão/epidemiologiaDepressão/psicologiaComplicações na gravidezGravidezSuicídio/tendênciasMINIDepressão antenatalBDIPrevalênciaEPDSFatores de riscoSuicidabilidadeRisco obstétricoDepressão antenatal e suicidabilidade: estudo de amostra de gestantes com alto e baixo risco obstétricoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_tiago_couto___vers_o_final.pdfapplication/pdf3561230https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9DUG9F/1/disserta__o_tiago_couto___vers_o_final.pdf2488fa6746cced75848e14d18db58941MD51TEXTdisserta__o_tiago_couto___vers_o_final.pdf.txtdisserta__o_tiago_couto___vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain117721https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9DUG9F/2/disserta__o_tiago_couto___vers_o_final.pdf.txta23029428081a8a9ff7d21279115294eMD521843/BUOS-9DUG9F2020-01-30 16:03:54.465oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9DUG9FRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-30T19:03:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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