Análise das redes de trânsito animal integrada à simulação da difusão de enfermidades infecciosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carolina Silva Pena
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ICED-8FUGNS
Resumo: A movimentação de bovinos em grande parte do território brasileiro é documentada eletronicamente através da emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs). Nessa dissertação foi desenvolvido um aplicativo, denominado EpiGTA, capaz de simular a transmissão de doenças de animais contagiosas a partir dos dados de trânsito fornecidos por essas guias. Para simular a transmissão de uma doença animal foram utilizados três modelo epidemiológicos do tipo SIR (Susceptível - Infectado-Recuprado). O modelo mais simples adorado, chamado de Nível Fazenda (Vernon e Keeling,2008), trata a fazenda como uma unidade epidemiológica básica. Os dois outros modelos, Greenwood(Greenwood, 1931) e Reed-Frost (Abbey, 1952), simulam a transmissão de doenças utilizandoo animal como unidade epidemioló-gica básica. A inserção dos modelos de Greenwood e Reed-Frosst em uma estrutura de redes possibilita atribuir pesos às conexões existentes entre cada para de vértices (fazendas), de acordo com o fluxo de animais e com o número de animais infectados no rebanho da fazenda de origem. A aplicação discutida no texto tem como foco o estudo da disse-minação da febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul. As simula-ções mostraram que as estimativas do número médio diáriode fazendasinfectadas pela doença são muito próximas nos modelos de Greenwoode Reed-Frist, enquanto o modelo Nível Fazenda estima valores relativa-mente mais baixos, especialmente com o passar do tempo desde o início da epidemia. Por outro lado, quando se trata do número médio diário de animais infectados, as estimativas geradas pelos modelos de Reed-Frost e de Greenwood não são tão próximas quanto na estima-ção realizada por fazendas. As simulação do modelo de Reed-Frost foram utilizadas para estimar a vulnerabilidade de cada fazenda à contaminação pela febre aftosa. Os resultados foram compados com as medidas centralidade da rede in-degree, betweenness, vizinhança es-tática e vizinhança dinâmica e também com fluxo de animais recebido por cada vértice. A análise mostrou que vértices com maior vizinhançadinâmica são também os mais vulneráveis à infecção pela febre aftosa
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A inserção dos modelos de Greenwood e Reed-Frosst em uma estrutura de redes possibilita atribuir pesos às conexões existentes entre cada para de vértices (fazendas), de acordo com o fluxo de animais e com o número de animais infectados no rebanho da fazenda de origem. A aplicação discutida no texto tem como foco o estudo da disse-minação da febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul. As simula-ções mostraram que as estimativas do número médio diáriode fazendasinfectadas pela doença são muito próximas nos modelos de Greenwoode Reed-Frist, enquanto o modelo Nível Fazenda estima valores relativa-mente mais baixos, especialmente com o passar do tempo desde o início da epidemia. Por outro lado, quando se trata do número médio diário de animais infectados, as estimativas geradas pelos modelos de Reed-Frost e de Greenwood não são tão próximas quanto na estima-ção realizada por fazendas. As simulação do modelo de Reed-Frost foram utilizadas para estimar a vulnerabilidade de cada fazenda à contaminação pela febre aftosa. Os resultados foram compados com as medidas centralidade da rede in-degree, betweenness, vizinhança es-tática e vizinhança dinâmica e também com fluxo de animais recebido por cada vértice. A análise mostrou que vértices com maior vizinhançadinâmica são também os mais vulneráveis à infecção pela febre aftosaThe animal's transit in great part of Brazilian territory is electronically documented by Guides of Animal's Transit (GTAs). In this essay, we developed an application called EpiGTA, which is able to simulate the transmission of contagious animal diseases from the traffic data provided by these guides. To simulate the transmission of an animaldisease, three types of epidemiological SIR (Susceptible - Infected - Recovered) models were used. The simplest model adopted, called the Farm Level (Vernon and Keeling, 2008), treats the farm as a basic epidemiological unit. The two other ones, Greenwood (Greenwood, 1931) and Reed-Frost (Abbey, 1952), simulate the transmission ofdiseases using the animal as the basic epidemiological unit.The incorporation of Greenwood and Reed-Frost models in network structures allows to assign weights to the connections between each pair of vertices (farms), according to the flow of animals and the number of infected ones in the herd of its farm of origin. The implementation discussed through the text focuses the spreading of foot and mouthdisease in Mato Grosso do Sul. The simulations showed that the estimates of the average daily number of infected farms are very similar in the models (Greenwood and Reed-Frost), while the model Farm Level presents lower estimated values, especially with the passage of time since the epidemic beginning. On the other hand, when it comes to the average daily number of infected animals, the estimates generated by themodels Reed-Frost and Greenwood are not as close as in the estimation made for the farms. The Reed-Frost's simulations were used to estimate the vulnerability of each farm to infection by FMD. The results were compared to measures of network centrality indegree, betweenness, static neighborhood and dynamic neighborhood, and also with theflow of animals received by each vertex. The analysis has revealed that vertices with a larger dynamic neighborhood are also more vulnerable to infection by FMD.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEstatísticaAnimais tráfegoTeoria da estimativamedidas de centralidadeModelos SIRredes dinâmicasAnálise das redes de trânsito animal integrada à simulação da difusão de enfermidades infecciosasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcarolinasilvapena.pdfapplication/pdf3872531https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICED-8FUGNS/1/carolinasilvapena.pdf22a3adb7e2e27ceb308c16b93daff99eMD51TEXTcarolinasilvapena.pdf.txtcarolinasilvapena.pdf.txtExtracted texttext/plain244465https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICED-8FUGNS/2/carolinasilvapena.pdf.txt32978f9e7c280247cf336a2d301a6618MD521843/ICED-8FUGNS2019-11-14 06:21:13.24oai:repositorio.ufmg.br:1843/ICED-8FUGNSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:21:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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