O uso de si e o saber fazer com o sintoma no trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Admardo Bonifacio Gomes Junior
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9DSHWB
Resumo: O objetivo desta tese é abordar o problema da relação entre trabalho e saúde mental a partir das noções ergológica de uso de si e psicanalítica de sintoma, visando à investigação e à intervenção clínica. Para tanto, buscamos aproximar as bases discursivas que sustentam e subsidiam as práticas nos dispositivos analítico e ergológico, localizando suas interfaces e especificidades. Pensar o uso de si nos sintomas com o trabalho tem como propósito dar visibilidade ao modo singular de funcionamento de cada sujeito nas dimensões de sentido e referência que o sintoma comporta frente às proposições do meio de trabalho. Se o sintoma é o que enlaça os registros real, simbólico e imaginário, nossa argumentação é que a queixa sintomática que o sujeito apresenta em sua relação com o trabalho traz o fio de onde podemos partir para tecer a trama das dimensões simbólica e imaginária que comportam o sentido atribuído ao sintoma. Não deixamos de nos ater, também, à dimensão real de gozo que o sintoma comporta e que é sua referência. Em uma leitura do sintoma como uso de si, ao mesmo tempo psicanalítica e ergológica, buscamos reconhecer tanto a determinação social dos sintomas (o uso de si pelos outros) quanto uma estratégia de ação sobre essa mesma determinação (no uso de si por si, sempre presente). Trata-se de uma aposta no sujeito, na singularidade de seu uso do sintoma como forma de fazê-lo emergir ativamente sobre a força das determinações sociais que o sobrepujariam.
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