Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Denise Silva Nogueira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34818
Resumo: A ascaridiose humana é a doença tropical negligenciada mais prevalente do mundo afetando cerca de 800 milhões de pessoas. Em áreas endêmicas, a reinfecção é recorrente devido às precárias condições de saneamento básico e, sobretudo, à simplicidade do ciclo de vida do parasito. Após a ingestão de ovos infectantes, larvas de terceiro estádio (L3) eclodem e penetram no intestino grosso, ganham a circulação sanguínea, chegando ao fígado e posteriormente aos pulmões do hospedeiro, caracterizando a ascaridiose larval. Nesses órgãos, as L3 migram gerando lesões tanto mecânicas quanto provenientes da intensa resposta inflamatória, que é caracterizada principalmente pela intensa infiltração de neutrófilos e eosinófilos. O presente trabalho visou descrever e caracterizar os efeitos fisiopatológicos da migração das larvas de Ascaris suum nos pulmões de camundongos infectados, bem como avaliar o papel dos eosinófilos e da regulação das respostas Th1, Th2 e Th17 na patogênese da ascaridiose larval após primoinfecção e reinfecção. Para tal, inicialmente, foi realizada a avaliação parasitológica e imunopatológica em camundongos BALB/c primoinfectados e reinfectados durante o pico de migração larval pelo fígado, pulmão e intestino. Posteriormente, camundongos geneticamente deficientes em GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 e os respectivos selvagens foram infectados e reinfectados e, após oito dias de infecção, foram submetidos à avaliação imunoparasitológica e fisiopatológicas. Os resultados mais importantes deste trabalho demonstraram que camundongos reinfectados apresentaram uma relevante redução da carga parasitária no pulmão e aumento da celularidade no lavado broncoalveolar associado à intensa inflamação pulmonar granulocítica, que levaram ao comprometimento da função respiratória. Foi evidenciado que a inflamação pulmonar mista contribui para o controle da migração larval, contudo, no que se refere as respostas Th2/Th17, foram associadas ao maior comprometimento da função pulmonar. Além disso, este trabalho trouxe evidências contundentes da contribuição dos eosinófilos no controle da carga parasitária na ascaridiose em modelo de simples e múltiplas exposições. Foi evidenciado também que os eosinófilos são indispensáveis para a produção de SIgA e, que essas células dependem da sinalização mediada pela a ativação de TLR2 e TLR4 para induzir a produção de SIgA na mucosa e, como consequência, controlar a carga parasitária. Por outro lado, foi comprovado que os eosinófilos contribuem para a fibrose do parênquima pulmonar em resposta às lesões teciduais, contudo, a maior perda fisiológica da função pulmonar foi associada às lesões agudas provocadas pela migração larval pelo parênquima pulmonar.
id UFMG_4e33fb2f49ed9b9a6ad79dbd7d3b887b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34818
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ricardo Toshio Fujiwarahttp://lattes.cnpq.br/7445566906318673Pedro Henrique Gazzinelli GuimarãesStefan Michael GeigerJoziana Muniz de Paiva BarçanteCristiano Lara MassaraAna Maria Caetanohttp://lattes.cnpq.br/9299533031687247Denise Silva Nogueira2021-01-21T12:17:30Z2021-01-21T12:17:30Z2018-03-26http://hdl.handle.net/1843/34818A ascaridiose humana é a doença tropical negligenciada mais prevalente do mundo afetando cerca de 800 milhões de pessoas. Em áreas endêmicas, a reinfecção é recorrente devido às precárias condições de saneamento básico e, sobretudo, à simplicidade do ciclo de vida do parasito. Após a ingestão de ovos infectantes, larvas de terceiro estádio (L3) eclodem e penetram no intestino grosso, ganham a circulação sanguínea, chegando ao fígado e posteriormente aos pulmões do hospedeiro, caracterizando a ascaridiose larval. Nesses órgãos, as L3 migram gerando lesões tanto mecânicas quanto provenientes da intensa resposta inflamatória, que é caracterizada principalmente pela intensa infiltração de neutrófilos e eosinófilos. O presente trabalho visou descrever e caracterizar os efeitos fisiopatológicos da migração das larvas de Ascaris suum nos pulmões de camundongos infectados, bem como avaliar o papel dos eosinófilos e da regulação das respostas Th1, Th2 e Th17 na patogênese da ascaridiose larval após primoinfecção e reinfecção. Para tal, inicialmente, foi realizada a avaliação parasitológica e imunopatológica em camundongos BALB/c primoinfectados e reinfectados durante o pico de migração larval pelo fígado, pulmão e intestino. Posteriormente, camundongos geneticamente deficientes em GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 e os respectivos selvagens foram infectados e reinfectados e, após oito dias de infecção, foram submetidos à avaliação imunoparasitológica e fisiopatológicas. Os resultados mais importantes deste trabalho demonstraram que camundongos reinfectados apresentaram uma relevante redução da carga parasitária no pulmão e aumento da celularidade no lavado broncoalveolar associado à intensa inflamação pulmonar granulocítica, que levaram ao comprometimento da função respiratória. Foi evidenciado que a inflamação pulmonar mista contribui para o controle da migração larval, contudo, no que se refere as respostas Th2/Th17, foram associadas ao maior comprometimento da função pulmonar. Além disso, este trabalho trouxe evidências contundentes da contribuição dos eosinófilos no controle da carga parasitária na ascaridiose em modelo de simples e múltiplas exposições. Foi evidenciado também que os eosinófilos são indispensáveis para a produção de SIgA e, que essas células dependem da sinalização mediada pela a ativação de TLR2 e TLR4 para induzir a produção de SIgA na mucosa e, como consequência, controlar a carga parasitária. Por outro lado, foi comprovado que os eosinófilos contribuem para a fibrose do parênquima pulmonar em resposta às lesões teciduais, contudo, a maior perda fisiológica da função pulmonar foi associada às lesões agudas provocadas pela migração larval pelo parênquima pulmonar.Human ascariasis is the most prevalent neglected tropical disease in the world affecting about 800 million people. In endemic areas, reinfection is recurrent due to poor basic sanitation conditions and, above all, the readiness of the parasite life cycle. After ingestion of infective eggs, third stage larvae (L3) hatches and penetrates the large intestine, gaining blood circulation and reaching the liver and later the host lungs, characterizing larval ascariasis. In these organs, L3 migrates generating both mechanical lesions and intense inflammatory response, which is characterized mainly by intense neutrophil and eosinophil infiltration. The present work aimed to describe and characterize the pathophysiological effects of the Ascaris suum larvae migration on the lungs of infected mice, as well as to evaluate the role of eosinophils and regulation of the Th1, Th2 and Th17 responses in the pathogenesis of larval ascariasis after single- and re-infection. For this, parasitological and immunopathological evaluation was initially performed in BALB / c mice single- and re-infected during the peak of larval migration within the liver, lung and intestine. Afterwards, mice genetically deficient in GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 and the respective wild-type were infected and re-infected and, after eight days of infection, underwent immunoparasitological and pathophysiological evaluation. The most important results of this work demonstrated that re-infected mice presented a significant reduction of the parasitic load in the lung and increased cellularity in the bronchoalveolar lavage (BAL) associated to an intense granulocytic pulmonary inflammation, which led to a compromised respiratory function. It was evidenced that mixed pulmonary inflammation is of extreme importance for the control of larval migration. However, regarding Th2 / Th17 responses, they are associated with a greater impairment of pulmonary function, especially Th2. In addition, this work has brought strong evidence of the contribution of eosinophils in a ascariasis multiple exposition model. It was evidenced that eosinophils are indispensable for the production of SIgA in the pulmonary mucosa and that these cells depend on the signaling by TLR2 and TLR4 activation to induce SIgA production in the mucosa and to control the parasitic load. It has been demonstrated that eosinophils contribute to pulmonary parenchymal fibrosis in response to A. suum tissue damage. Extrapolating to the current scenario of human ascariasis, the data of this work could also explain the epidemiological distribution of Ascaris sp. since most of the infected individuals in high endemicity areas, where they are exposed multiple times to the parasite, present low parasitic load.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessParasitologiaAscaris suumAscaríaseEosinófilosAscaris suumEosinófilosReinfecçãoResposta imuneMecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasitoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese finall-CD.pdfTese finall-CD.pdfapplication/pdf9406209https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/1/Tese%20finall-CD.pdf96fbd56b0e64dabcc5ca318f094c45bdMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/348182021-01-21 09:17:30.937oai:repositorio.ufmg.br:1843/34818TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-21T12:17:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
title Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
spellingShingle Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
Denise Silva Nogueira
Ascaris suum
Eosinófilos
Reinfecção
Resposta imune
Parasitologia
Ascaris suum
Ascaríase
Eosinófilos
title_short Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
title_full Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
title_fullStr Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
title_full_unstemmed Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
title_sort Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
author Denise Silva Nogueira
author_facet Denise Silva Nogueira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ricardo Toshio Fujiwara
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7445566906318673
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Pedro Henrique Gazzinelli Guimarães
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Stefan Michael Geiger
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Joziana Muniz de Paiva Barçante
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Cristiano Lara Massara
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Ana Maria Caetano
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9299533031687247
dc.contributor.author.fl_str_mv Denise Silva Nogueira
contributor_str_mv Ricardo Toshio Fujiwara
Pedro Henrique Gazzinelli Guimarães
Stefan Michael Geiger
Joziana Muniz de Paiva Barçante
Cristiano Lara Massara
Ana Maria Caetano
dc.subject.por.fl_str_mv Ascaris suum
Eosinófilos
Reinfecção
Resposta imune
topic Ascaris suum
Eosinófilos
Reinfecção
Resposta imune
Parasitologia
Ascaris suum
Ascaríase
Eosinófilos
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Parasitologia
Ascaris suum
Ascaríase
Eosinófilos
description A ascaridiose humana é a doença tropical negligenciada mais prevalente do mundo afetando cerca de 800 milhões de pessoas. Em áreas endêmicas, a reinfecção é recorrente devido às precárias condições de saneamento básico e, sobretudo, à simplicidade do ciclo de vida do parasito. Após a ingestão de ovos infectantes, larvas de terceiro estádio (L3) eclodem e penetram no intestino grosso, ganham a circulação sanguínea, chegando ao fígado e posteriormente aos pulmões do hospedeiro, caracterizando a ascaridiose larval. Nesses órgãos, as L3 migram gerando lesões tanto mecânicas quanto provenientes da intensa resposta inflamatória, que é caracterizada principalmente pela intensa infiltração de neutrófilos e eosinófilos. O presente trabalho visou descrever e caracterizar os efeitos fisiopatológicos da migração das larvas de Ascaris suum nos pulmões de camundongos infectados, bem como avaliar o papel dos eosinófilos e da regulação das respostas Th1, Th2 e Th17 na patogênese da ascaridiose larval após primoinfecção e reinfecção. Para tal, inicialmente, foi realizada a avaliação parasitológica e imunopatológica em camundongos BALB/c primoinfectados e reinfectados durante o pico de migração larval pelo fígado, pulmão e intestino. Posteriormente, camundongos geneticamente deficientes em GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 e os respectivos selvagens foram infectados e reinfectados e, após oito dias de infecção, foram submetidos à avaliação imunoparasitológica e fisiopatológicas. Os resultados mais importantes deste trabalho demonstraram que camundongos reinfectados apresentaram uma relevante redução da carga parasitária no pulmão e aumento da celularidade no lavado broncoalveolar associado à intensa inflamação pulmonar granulocítica, que levaram ao comprometimento da função respiratória. Foi evidenciado que a inflamação pulmonar mista contribui para o controle da migração larval, contudo, no que se refere as respostas Th2/Th17, foram associadas ao maior comprometimento da função pulmonar. Além disso, este trabalho trouxe evidências contundentes da contribuição dos eosinófilos no controle da carga parasitária na ascaridiose em modelo de simples e múltiplas exposições. Foi evidenciado também que os eosinófilos são indispensáveis para a produção de SIgA e, que essas células dependem da sinalização mediada pela a ativação de TLR2 e TLR4 para induzir a produção de SIgA na mucosa e, como consequência, controlar a carga parasitária. Por outro lado, foi comprovado que os eosinófilos contribuem para a fibrose do parênquima pulmonar em resposta às lesões teciduais, contudo, a maior perda fisiológica da função pulmonar foi associada às lesões agudas provocadas pela migração larval pelo parênquima pulmonar.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-01-21T12:17:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-01-21T12:17:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34818
url http://hdl.handle.net/1843/34818
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/1/Tese%20finall-CD.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 96fbd56b0e64dabcc5ca318f094c45bd
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589228986105856