Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34818 |
Resumo: | A ascaridiose humana é a doença tropical negligenciada mais prevalente do mundo afetando cerca de 800 milhões de pessoas. Em áreas endêmicas, a reinfecção é recorrente devido às precárias condições de saneamento básico e, sobretudo, à simplicidade do ciclo de vida do parasito. Após a ingestão de ovos infectantes, larvas de terceiro estádio (L3) eclodem e penetram no intestino grosso, ganham a circulação sanguínea, chegando ao fígado e posteriormente aos pulmões do hospedeiro, caracterizando a ascaridiose larval. Nesses órgãos, as L3 migram gerando lesões tanto mecânicas quanto provenientes da intensa resposta inflamatória, que é caracterizada principalmente pela intensa infiltração de neutrófilos e eosinófilos. O presente trabalho visou descrever e caracterizar os efeitos fisiopatológicos da migração das larvas de Ascaris suum nos pulmões de camundongos infectados, bem como avaliar o papel dos eosinófilos e da regulação das respostas Th1, Th2 e Th17 na patogênese da ascaridiose larval após primoinfecção e reinfecção. Para tal, inicialmente, foi realizada a avaliação parasitológica e imunopatológica em camundongos BALB/c primoinfectados e reinfectados durante o pico de migração larval pelo fígado, pulmão e intestino. Posteriormente, camundongos geneticamente deficientes em GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 e os respectivos selvagens foram infectados e reinfectados e, após oito dias de infecção, foram submetidos à avaliação imunoparasitológica e fisiopatológicas. Os resultados mais importantes deste trabalho demonstraram que camundongos reinfectados apresentaram uma relevante redução da carga parasitária no pulmão e aumento da celularidade no lavado broncoalveolar associado à intensa inflamação pulmonar granulocítica, que levaram ao comprometimento da função respiratória. Foi evidenciado que a inflamação pulmonar mista contribui para o controle da migração larval, contudo, no que se refere as respostas Th2/Th17, foram associadas ao maior comprometimento da função pulmonar. Além disso, este trabalho trouxe evidências contundentes da contribuição dos eosinófilos no controle da carga parasitária na ascaridiose em modelo de simples e múltiplas exposições. Foi evidenciado também que os eosinófilos são indispensáveis para a produção de SIgA e, que essas células dependem da sinalização mediada pela a ativação de TLR2 e TLR4 para induzir a produção de SIgA na mucosa e, como consequência, controlar a carga parasitária. Por outro lado, foi comprovado que os eosinófilos contribuem para a fibrose do parênquima pulmonar em resposta às lesões teciduais, contudo, a maior perda fisiológica da função pulmonar foi associada às lesões agudas provocadas pela migração larval pelo parênquima pulmonar. |
id |
UFMG_4e33fb2f49ed9b9a6ad79dbd7d3b887b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/34818 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Ricardo Toshio Fujiwarahttp://lattes.cnpq.br/7445566906318673Pedro Henrique Gazzinelli GuimarãesStefan Michael GeigerJoziana Muniz de Paiva BarçanteCristiano Lara MassaraAna Maria Caetanohttp://lattes.cnpq.br/9299533031687247Denise Silva Nogueira2021-01-21T12:17:30Z2021-01-21T12:17:30Z2018-03-26http://hdl.handle.net/1843/34818A ascaridiose humana é a doença tropical negligenciada mais prevalente do mundo afetando cerca de 800 milhões de pessoas. Em áreas endêmicas, a reinfecção é recorrente devido às precárias condições de saneamento básico e, sobretudo, à simplicidade do ciclo de vida do parasito. Após a ingestão de ovos infectantes, larvas de terceiro estádio (L3) eclodem e penetram no intestino grosso, ganham a circulação sanguínea, chegando ao fígado e posteriormente aos pulmões do hospedeiro, caracterizando a ascaridiose larval. Nesses órgãos, as L3 migram gerando lesões tanto mecânicas quanto provenientes da intensa resposta inflamatória, que é caracterizada principalmente pela intensa infiltração de neutrófilos e eosinófilos. O presente trabalho visou descrever e caracterizar os efeitos fisiopatológicos da migração das larvas de Ascaris suum nos pulmões de camundongos infectados, bem como avaliar o papel dos eosinófilos e da regulação das respostas Th1, Th2 e Th17 na patogênese da ascaridiose larval após primoinfecção e reinfecção. Para tal, inicialmente, foi realizada a avaliação parasitológica e imunopatológica em camundongos BALB/c primoinfectados e reinfectados durante o pico de migração larval pelo fígado, pulmão e intestino. Posteriormente, camundongos geneticamente deficientes em GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 e os respectivos selvagens foram infectados e reinfectados e, após oito dias de infecção, foram submetidos à avaliação imunoparasitológica e fisiopatológicas. Os resultados mais importantes deste trabalho demonstraram que camundongos reinfectados apresentaram uma relevante redução da carga parasitária no pulmão e aumento da celularidade no lavado broncoalveolar associado à intensa inflamação pulmonar granulocítica, que levaram ao comprometimento da função respiratória. Foi evidenciado que a inflamação pulmonar mista contribui para o controle da migração larval, contudo, no que se refere as respostas Th2/Th17, foram associadas ao maior comprometimento da função pulmonar. Além disso, este trabalho trouxe evidências contundentes da contribuição dos eosinófilos no controle da carga parasitária na ascaridiose em modelo de simples e múltiplas exposições. Foi evidenciado também que os eosinófilos são indispensáveis para a produção de SIgA e, que essas células dependem da sinalização mediada pela a ativação de TLR2 e TLR4 para induzir a produção de SIgA na mucosa e, como consequência, controlar a carga parasitária. Por outro lado, foi comprovado que os eosinófilos contribuem para a fibrose do parênquima pulmonar em resposta às lesões teciduais, contudo, a maior perda fisiológica da função pulmonar foi associada às lesões agudas provocadas pela migração larval pelo parênquima pulmonar.Human ascariasis is the most prevalent neglected tropical disease in the world affecting about 800 million people. In endemic areas, reinfection is recurrent due to poor basic sanitation conditions and, above all, the readiness of the parasite life cycle. After ingestion of infective eggs, third stage larvae (L3) hatches and penetrates the large intestine, gaining blood circulation and reaching the liver and later the host lungs, characterizing larval ascariasis. In these organs, L3 migrates generating both mechanical lesions and intense inflammatory response, which is characterized mainly by intense neutrophil and eosinophil infiltration. The present work aimed to describe and characterize the pathophysiological effects of the Ascaris suum larvae migration on the lungs of infected mice, as well as to evaluate the role of eosinophils and regulation of the Th1, Th2 and Th17 responses in the pathogenesis of larval ascariasis after single- and re-infection. For this, parasitological and immunopathological evaluation was initially performed in BALB / c mice single- and re-infected during the peak of larval migration within the liver, lung and intestine. Afterwards, mice genetically deficient in GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 and the respective wild-type were infected and re-infected and, after eight days of infection, underwent immunoparasitological and pathophysiological evaluation. The most important results of this work demonstrated that re-infected mice presented a significant reduction of the parasitic load in the lung and increased cellularity in the bronchoalveolar lavage (BAL) associated to an intense granulocytic pulmonary inflammation, which led to a compromised respiratory function. It was evidenced that mixed pulmonary inflammation is of extreme importance for the control of larval migration. However, regarding Th2 / Th17 responses, they are associated with a greater impairment of pulmonary function, especially Th2. In addition, this work has brought strong evidence of the contribution of eosinophils in a ascariasis multiple exposition model. It was evidenced that eosinophils are indispensable for the production of SIgA in the pulmonary mucosa and that these cells depend on the signaling by TLR2 and TLR4 activation to induce SIgA production in the mucosa and to control the parasitic load. It has been demonstrated that eosinophils contribute to pulmonary parenchymal fibrosis in response to A. suum tissue damage. Extrapolating to the current scenario of human ascariasis, the data of this work could also explain the epidemiological distribution of Ascaris sp. since most of the infected individuals in high endemicity areas, where they are exposed multiple times to the parasite, present low parasitic load.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessParasitologiaAscaris suumAscaríaseEosinófilosAscaris suumEosinófilosReinfecçãoResposta imuneMecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasitoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese finall-CD.pdfTese finall-CD.pdfapplication/pdf9406209https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/1/Tese%20finall-CD.pdf96fbd56b0e64dabcc5ca318f094c45bdMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/348182021-01-21 09:17:30.937oai:repositorio.ufmg.br:1843/34818TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-21T12:17:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
title |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
spellingShingle |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito Denise Silva Nogueira Ascaris suum Eosinófilos Reinfecção Resposta imune Parasitologia Ascaris suum Ascaríase Eosinófilos |
title_short |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
title_full |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
title_fullStr |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
title_full_unstemmed |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
title_sort |
Mecanismos de proteção mediados pela resposta imune na ascaridiose larval após exposição primária e múltiplas exposições ao parasito |
author |
Denise Silva Nogueira |
author_facet |
Denise Silva Nogueira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Ricardo Toshio Fujiwara |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7445566906318673 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Pedro Henrique Gazzinelli Guimarães |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Stefan Michael Geiger |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Joziana Muniz de Paiva Barçante |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Cristiano Lara Massara |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ana Maria Caetano |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9299533031687247 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Denise Silva Nogueira |
contributor_str_mv |
Ricardo Toshio Fujiwara Pedro Henrique Gazzinelli Guimarães Stefan Michael Geiger Joziana Muniz de Paiva Barçante Cristiano Lara Massara Ana Maria Caetano |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ascaris suum Eosinófilos Reinfecção Resposta imune |
topic |
Ascaris suum Eosinófilos Reinfecção Resposta imune Parasitologia Ascaris suum Ascaríase Eosinófilos |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Parasitologia Ascaris suum Ascaríase Eosinófilos |
description |
A ascaridiose humana é a doença tropical negligenciada mais prevalente do mundo afetando cerca de 800 milhões de pessoas. Em áreas endêmicas, a reinfecção é recorrente devido às precárias condições de saneamento básico e, sobretudo, à simplicidade do ciclo de vida do parasito. Após a ingestão de ovos infectantes, larvas de terceiro estádio (L3) eclodem e penetram no intestino grosso, ganham a circulação sanguínea, chegando ao fígado e posteriormente aos pulmões do hospedeiro, caracterizando a ascaridiose larval. Nesses órgãos, as L3 migram gerando lesões tanto mecânicas quanto provenientes da intensa resposta inflamatória, que é caracterizada principalmente pela intensa infiltração de neutrófilos e eosinófilos. O presente trabalho visou descrever e caracterizar os efeitos fisiopatológicos da migração das larvas de Ascaris suum nos pulmões de camundongos infectados, bem como avaliar o papel dos eosinófilos e da regulação das respostas Th1, Th2 e Th17 na patogênese da ascaridiose larval após primoinfecção e reinfecção. Para tal, inicialmente, foi realizada a avaliação parasitológica e imunopatológica em camundongos BALB/c primoinfectados e reinfectados durante o pico de migração larval pelo fígado, pulmão e intestino. Posteriormente, camundongos geneticamente deficientes em GATA1, IFN-γ, IL-17RA, ST2, IL-4 e os respectivos selvagens foram infectados e reinfectados e, após oito dias de infecção, foram submetidos à avaliação imunoparasitológica e fisiopatológicas. Os resultados mais importantes deste trabalho demonstraram que camundongos reinfectados apresentaram uma relevante redução da carga parasitária no pulmão e aumento da celularidade no lavado broncoalveolar associado à intensa inflamação pulmonar granulocítica, que levaram ao comprometimento da função respiratória. Foi evidenciado que a inflamação pulmonar mista contribui para o controle da migração larval, contudo, no que se refere as respostas Th2/Th17, foram associadas ao maior comprometimento da função pulmonar. Além disso, este trabalho trouxe evidências contundentes da contribuição dos eosinófilos no controle da carga parasitária na ascaridiose em modelo de simples e múltiplas exposições. Foi evidenciado também que os eosinófilos são indispensáveis para a produção de SIgA e, que essas células dependem da sinalização mediada pela a ativação de TLR2 e TLR4 para induzir a produção de SIgA na mucosa e, como consequência, controlar a carga parasitária. Por outro lado, foi comprovado que os eosinófilos contribuem para a fibrose do parênquima pulmonar em resposta às lesões teciduais, contudo, a maior perda fisiológica da função pulmonar foi associada às lesões agudas provocadas pela migração larval pelo parênquima pulmonar. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-03-26 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-01-21T12:17:30Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-01-21T12:17:30Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/34818 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/34818 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Parasitologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/1/Tese%20finall-CD.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34818/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
96fbd56b0e64dabcc5ca318f094c45bd cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589228986105856 |