Ubirajara: ficção e fricções alencarianas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6WDRYC |
Resumo: | O presente trabalho corresponde a um estudo do romance Ubirajara, escrito por José de Alencar. Esse romance veio completar seu projeto indianista, iniciado com O Guarani e Iracema, porém sob uma nova perspectiva, pois retratava a imagem do selvagem nobre e puro, antes da chegada dos europeus.Ubirajara diferencia-se também pela estrutura, pelo processo de construção do livro, que destaca o texto e o que está fora dele, ou seja, sua perigrafia, juntamente com os elementos paratextuais (titulo, nome do autor, prefácio, notas, etc.) nesse caso, especialmente as notas. Alencar em Ubirajara, constrói um texto paralelo, localizado em algumas notas, para complementar e justificar o texto principal. Neste texto periférico, disposto às margens do texto, ele traz informações históricas, etnográficas e lingüísticas, baseadas nas leituras dos cronistas, naturalistas e viajantes do período colonial, citando, comparando e criticando seus relatos. Para melhor compreensão desse processo de composição do romance Ubirajara, foi necessário um estudo aprofundado das notas, dos autores e obras mencionadas por Alencar. Com esse procedimento foi possível perceber que o autor tenta justificar a imagem do índio idealizado representado no texto ficcional através do texto histórico/crítico localizado nas notas, na tentativa de aproximação do real. Nessa tentativa o autor acaba caindo em contradições, causando algumas divergências entre o texto e o paratexto: ficção e fricções alencarianas. Além de romancista e um leitor crítico, José de Alencar revelou-se também pesquisador.Com seu desejo persistente de construção da nacionalidade, mesmo abatido pelas decepções políticas, pela doença, ainda teve energia para fechar seu projeto indianista, escrevendo Ubirajara. |
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