"Uma câmera para o povo": o vídeo digital como meio de representação do cotidiano por presidiários do Carandiru

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Henrique Mendes Santiago
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/VCSA-6UXM4S
Resumo: Este trabalho analisa as conseqüências da produção de imagens técnicas para o conhecimento do cotidiano, entendido como mundo da vida, conceito desenvolvido por Schütz. Embora Flusser considere que as imagens técnicas possuem potencial para transformar tanto o conhecimento (epistemologia), como os modelos de comportamento (ética) e a vivência (estética) do cotidiano, é feito um recorte e as imagens técnicas são analisadas exclusivamente do ponto de vista epistemológico. A análise dos arranjos espacial, temporal e social de Schütz permite ainda a identificação dos aspectos meta-históricos da existência humana. Esses aspectos são aplicados ao mundo da vida constituído intersubjetivamente pelos presos da Casa de Detenção do Carandiru e descrito em depoimentos e imagens feitos por presos, funcionários, jornalistas, fotógrafos e cineastas. São analisadas também as imagens gravadas por dois prisioneiros e incluídas no documentário O prisioneiro da grade de ferro, do diretor Paulo Sacramento. Essa análise, com base nos conceitos de imagem técnica e formas simbólicas, permite perceber as categorias utilizadas pelos presos na representação visual dos arranjos do seu mundo da vida. Produzida por algoritmos, isto é, por uma linguagem artificial desenvolvida a partir de uma reflexão consciente, a fotografia é capaz de representar o tempo como um conceito quantitativo, que pode subsumir as demais representações, dominadas pelo aspecto qualitativo da consciência.
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