Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Helida Mara Magalhaes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/NCAP-8HGPKX
Resumo: Nas palmeiras, a dormência morfológica e as substâncias inibidoras da germinação são temas pouco estudados. Dessa forma, objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar o efeito inibitório na germinação e a composição química de extratos do endocarpo e endosperma do coquinho-azedo, além de caracterizar, morfoanatomicamente, o embrião zigótico dessa espécie; relacionando-o à dormência morfológica e descrever aspectos indicativos da germinação e do desenvolvimento de plântulas. Foram preparados extratos do endocarpo e endosperma, utilizando três solventes em polaridades crescentes: hexano, acetato de etila e metanol. Os extratos foram aplicados em sementes de alface. Os constituintes químicos dos extratos metanólicos foram identificados por cromatografia gasosa, acoplada à espectrometria de massas. Verificou-se que o extrato metanólico do endosperma e endocarpo influenciou, negativamente, o crescimento do hipocótilo e radícula, porém não houve efeito dos extratos na porcentagem e no índice de velocidade de germinação, matéria fresca e seca da radícula e hipocótilo. As principais substâncias identificadas com potencial alelopático foram: os ésteres (Z)-octadec-9-enoato de metila, hexadecanoato de metila e os ácidos dodecanoico, decanoico, tetradecanoico, octanoico, (Z)-octadec-9-enoico, hexadecanoico, (9Z,12Z)-octadeca-9,12-dienoico. Os embriões de coquinho-azedo foram cultivados in vitro, retirando-os do meio em várias épocas para as análises morfoanatômicas. Os embriões apresentaram formato cônico, com 3,7mm de comprimento em média e possuem os seguintes tecidos meristemáticos: protoderme, meristema fundamental, procâmbio; plúmula e eixo hipocótilo-radícula diferenciados. Na região distal, observou-se o haustório, que se atrofia em meio de cultivo. Já no segundo dia de cultivo in vitro, observou-se aumento no volume das células, alongamento do eixo embrionário e início de diferenciação do primeiro eofilo. Do segundo ao quinto dia, verificaram-se o alongamento do pecíolo cotiledonar e a diferenciação do parênquima. No oitavo dia, ocorreu a protrusão da raiz. Já do décimo segundo ao décimo sexto dia, houve a emissão das bainhas. Sementes de coquinho-azedo foram semeadas em canteiros, sendo coletadas em fases distintas para descrição dos aspectos morfológicos da germinação. No cultivo em canteiro, acontece inicialmente o intumescimento do embrião, que desloca o opérculo, culminando com a emissão do pecíolo cotiledonar. Esse pecíolo alonga-se para formar uma estrutura aguda, por onde emergem a raiz e a primeira bainha. Posteriormente, ocorre a emissão da segunda bainha, do primeiro eofilo e raízes secundárias. Conclui-se que, a partir do segundo dia de cultivo, é possível verificar alterações anatômicas no eixo embrionário e que a dormência morfológica não é o fator preponderante para as baixas taxas de germinação do coquinho-azedo.
id UFMG_507b22c93bf461bc16375707e74d7351
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/NCAP-8HGPKX
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Moacir PasqualBruno Francisco Santa Anna dos SantosBruno Francisco Santa Anna dos SantosLeonardo Monteiro RibeiroHelida Mara Magalhaes2019-08-10T16:35:13Z2019-08-10T16:35:13Z2011-01-27http://hdl.handle.net/1843/NCAP-8HGPKXNas palmeiras, a dormência morfológica e as substâncias inibidoras da germinação são temas pouco estudados. Dessa forma, objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar o efeito inibitório na germinação e a composição química de extratos do endocarpo e endosperma do coquinho-azedo, além de caracterizar, morfoanatomicamente, o embrião zigótico dessa espécie; relacionando-o à dormência morfológica e descrever aspectos indicativos da germinação e do desenvolvimento de plântulas. Foram preparados extratos do endocarpo e endosperma, utilizando três solventes em polaridades crescentes: hexano, acetato de etila e metanol. Os extratos foram aplicados em sementes de alface. Os constituintes químicos dos extratos metanólicos foram identificados por cromatografia gasosa, acoplada à espectrometria de massas. Verificou-se que o extrato metanólico do endosperma e endocarpo influenciou, negativamente, o crescimento do hipocótilo e radícula, porém não houve efeito dos extratos na porcentagem e no índice de velocidade de germinação, matéria fresca e seca da radícula e hipocótilo. As principais substâncias identificadas com potencial alelopático foram: os ésteres (Z)-octadec-9-enoato de metila, hexadecanoato de metila e os ácidos dodecanoico, decanoico, tetradecanoico, octanoico, (Z)-octadec-9-enoico, hexadecanoico, (9Z,12Z)-octadeca-9,12-dienoico. Os embriões de coquinho-azedo foram cultivados in vitro, retirando-os do meio em várias épocas para as análises morfoanatômicas. Os embriões apresentaram formato cônico, com 3,7mm de comprimento em média e possuem os seguintes tecidos meristemáticos: protoderme, meristema fundamental, procâmbio; plúmula e eixo hipocótilo-radícula diferenciados. Na região distal, observou-se o haustório, que se atrofia em meio de cultivo. Já no segundo dia de cultivo in vitro, observou-se aumento no volume das células, alongamento do eixo embrionário e início de diferenciação do primeiro eofilo. Do segundo ao quinto dia, verificaram-se o alongamento do pecíolo cotiledonar e a diferenciação do parênquima. No oitavo dia, ocorreu a protrusão da raiz. Já do décimo segundo ao décimo sexto dia, houve a emissão das bainhas. Sementes de coquinho-azedo foram semeadas em canteiros, sendo coletadas em fases distintas para descrição dos aspectos morfológicos da germinação. No cultivo em canteiro, acontece inicialmente o intumescimento do embrião, que desloca o opérculo, culminando com a emissão do pecíolo cotiledonar. Esse pecíolo alonga-se para formar uma estrutura aguda, por onde emergem a raiz e a primeira bainha. Posteriormente, ocorre a emissão da segunda bainha, do primeiro eofilo e raízes secundárias. Conclui-se que, a partir do segundo dia de cultivo, é possível verificar alterações anatômicas no eixo embrionário e que a dormência morfológica não é o fator preponderante para as baixas taxas de germinação do coquinho-azedo.In palm trees, the morphological dormancy and the germination-inhibiting substances are topics rarely studied. Thus, this research has as aim, to evaluate the inhibitory effect on germination and the chemical composition of extracts from the endocarp and endosperm of coquinho-azedo, besides to characterize, morph-anatomically, the zygotic embryo of this species, relating it to the morphological dormancy and describe features indicative of germination and of the seedling development. Extracts were prepared from the endocarp and endosperm, using three solvents in increasing polarity: hexane, ethyl acetate and methanol. The extracts were applied to lettuce seeds. The chemical constituents of the methanol extracts were identified by gas chromatography coupled to mass spectrometry. It was found that the methanol extract of the endosperm and endocarp influenced negatively the growth of hypocotyl and radicle, but no effect of extracts on the percentage and in the index of germination rate, fresh and dry matter of radicle and hypocotyl. The main substances identified with potential allelopathic were: esters (Z) octadec-9-enoate of methyl, methyl hexadecanoate and the acids dodecanoic, decanoic, tetradecanoic, octanoic, (Z) octadec-9-enoic, hexadecanoic, (9Z, 12Z)-octadeca-9,12-dienoic. The embryos of coquinho-azedo were cultivated in vitro, removing them from the medium at various times for the morphoanatomical analysis. Embryos showed a conical shape, with 3.7 mm in length on average and have the following meristematic tissues: protoderm, fundamental meristem, procambium; plumule and hypocotyl-radicle axes differentiated. In distal region, we observed the haustorium, which atrophies into the cultivation medium. Already on the second day in vitro culture, we observed an increase in the volume of cells, elongation of embryonic axis and beginning of differentiation of the first eophyll. From second to fifth day, we verified the elongation of the cotyledon petiole and the differentiation of the parenchyma. On the eighth day there was protrusion of the root. From twelfth to the sixteenth day, there was the emission of the sheaths. Seeds of coquinho-azedo were sown in beds, being collected at different stages for describing the morphological aspects of germination. In the cultivating in bed, occurs initially swelling of the embryo, which shifts the operculum, culminating in the issuance of the cotyledon petiole. This petiole elongates itself to form an acute structure, from where emerge the roots and the first sheath. Subsequently, there is the emission of the second sheath, of the first eophyll and secondary roots. We conclude that, from the second day of cultivation, it is possible to verify anatomic changes in the embryonic axis and that the morphological dormancy is not the predominant factor for the low germination rates of coquinho-azedo.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCiências AgráriasDormência morfológicaCromatografiaButia capitata Mart (Becc)Substâncias inibidorasArecaceaeMorfoanatomiaDormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALhelida.pdfapplication/pdf1775590https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-8HGPKX/1/helida.pdff753f9a79006b2f6f5d1835308533372MD51TEXThelida.pdf.txthelida.pdf.txtExtracted texttext/plain158380https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-8HGPKX/2/helida.pdf.txted474e64a9fa1482f1da4efa7070fefaMD521843/NCAP-8HGPKX2019-11-14 05:34:01.212oai:repositorio.ufmg.br:1843/NCAP-8HGPKXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:34:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
title Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
spellingShingle Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
Helida Mara Magalhaes
Dormência morfológica
Cromatografia
Butia capitata Mart (Becc)
Substâncias inibidoras
Arecaceae
Morfoanatomia
Ciências Agrárias
title_short Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
title_full Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
title_fullStr Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
title_full_unstemmed Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
title_sort Dormência e germinação de coquinho-azedo: substâncias inibidorasnos pirênios e morfoanatomia dos embriões e de plântulas
author Helida Mara Magalhaes
author_facet Helida Mara Magalhaes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Moacir Pasqual
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Bruno Francisco Santa Anna dos Santos
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Bruno Francisco Santa Anna dos Santos
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Leonardo Monteiro Ribeiro
dc.contributor.author.fl_str_mv Helida Mara Magalhaes
contributor_str_mv Moacir Pasqual
Bruno Francisco Santa Anna dos Santos
Bruno Francisco Santa Anna dos Santos
Leonardo Monteiro Ribeiro
dc.subject.por.fl_str_mv Dormência morfológica
Cromatografia
Butia capitata Mart (Becc)
Substâncias inibidoras
Arecaceae
Morfoanatomia
topic Dormência morfológica
Cromatografia
Butia capitata Mart (Becc)
Substâncias inibidoras
Arecaceae
Morfoanatomia
Ciências Agrárias
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ciências Agrárias
description Nas palmeiras, a dormência morfológica e as substâncias inibidoras da germinação são temas pouco estudados. Dessa forma, objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar o efeito inibitório na germinação e a composição química de extratos do endocarpo e endosperma do coquinho-azedo, além de caracterizar, morfoanatomicamente, o embrião zigótico dessa espécie; relacionando-o à dormência morfológica e descrever aspectos indicativos da germinação e do desenvolvimento de plântulas. Foram preparados extratos do endocarpo e endosperma, utilizando três solventes em polaridades crescentes: hexano, acetato de etila e metanol. Os extratos foram aplicados em sementes de alface. Os constituintes químicos dos extratos metanólicos foram identificados por cromatografia gasosa, acoplada à espectrometria de massas. Verificou-se que o extrato metanólico do endosperma e endocarpo influenciou, negativamente, o crescimento do hipocótilo e radícula, porém não houve efeito dos extratos na porcentagem e no índice de velocidade de germinação, matéria fresca e seca da radícula e hipocótilo. As principais substâncias identificadas com potencial alelopático foram: os ésteres (Z)-octadec-9-enoato de metila, hexadecanoato de metila e os ácidos dodecanoico, decanoico, tetradecanoico, octanoico, (Z)-octadec-9-enoico, hexadecanoico, (9Z,12Z)-octadeca-9,12-dienoico. Os embriões de coquinho-azedo foram cultivados in vitro, retirando-os do meio em várias épocas para as análises morfoanatômicas. Os embriões apresentaram formato cônico, com 3,7mm de comprimento em média e possuem os seguintes tecidos meristemáticos: protoderme, meristema fundamental, procâmbio; plúmula e eixo hipocótilo-radícula diferenciados. Na região distal, observou-se o haustório, que se atrofia em meio de cultivo. Já no segundo dia de cultivo in vitro, observou-se aumento no volume das células, alongamento do eixo embrionário e início de diferenciação do primeiro eofilo. Do segundo ao quinto dia, verificaram-se o alongamento do pecíolo cotiledonar e a diferenciação do parênquima. No oitavo dia, ocorreu a protrusão da raiz. Já do décimo segundo ao décimo sexto dia, houve a emissão das bainhas. Sementes de coquinho-azedo foram semeadas em canteiros, sendo coletadas em fases distintas para descrição dos aspectos morfológicos da germinação. No cultivo em canteiro, acontece inicialmente o intumescimento do embrião, que desloca o opérculo, culminando com a emissão do pecíolo cotiledonar. Esse pecíolo alonga-se para formar uma estrutura aguda, por onde emergem a raiz e a primeira bainha. Posteriormente, ocorre a emissão da segunda bainha, do primeiro eofilo e raízes secundárias. Conclui-se que, a partir do segundo dia de cultivo, é possível verificar alterações anatômicas no eixo embrionário e que a dormência morfológica não é o fator preponderante para as baixas taxas de germinação do coquinho-azedo.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-01-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T16:35:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T16:35:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/NCAP-8HGPKX
url http://hdl.handle.net/1843/NCAP-8HGPKX
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-8HGPKX/1/helida.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-8HGPKX/2/helida.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f753f9a79006b2f6f5d1835308533372
ed474e64a9fa1482f1da4efa7070fefa
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589491147931648