Implantes em área de osso comprometido: quantidade e qualidade

• Autor(a) principal: Mariana Fernandes Junqueira
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ODON-AZWMJT
• topic: Implantes; Quantidade óssea; Densidade óssea; Osso comprometido; Alterações no metabolismo ósseo; Qualidade óssea; Densidade óssea; Implantes dentários

O objetivo geral desta monografia foi caracterizar o tecido ósseo comprometido em indivíduos saudáveis e em indivíduos com alterações sistêmicas que interferem no metabolismo ósseo, bem como o comportamento dos implantes osseointegráveis nessas diferentes situações clínicas. Na revisão da literatura foram acessados os bancos de dados de PubMed, Cochrane, Dentistry Oral Science, SciELO e Bireme, dando-se preferência aos artigos mais recentes, mas não ignorando entendimentos tradicionais da Odontologia. Os tópicos da abordagem envolveram a qualidade/quantidade óssea para a instalação de implantes, informações sobre as causas de tecidos ósseos comprometidos e soluções para a instalação de implantes em áreas de osso comprometido em indivíduos saudáveis e comprometidos sistemicamente porque alterações nas condições fisiológicas podem gerar um impacto significativo no prognóstico e no resultado do tratamento. Foram caracterizados osteogênese imperfeita, hiperparatireoidismo, osteoporose, displasia fibrosa, displasia cemento-óssea, doença de Paget, mieloma múltiplo, osso irradiado por radioterapia e doenças que exigem o tratamento com bisfosfonatos (osteoporose, doença de Paget, neoplasia óssea metastática, câncer de mama, mieloma múltiplo, hipercalcilemia). Conclui-se que a qualidade e a quantidade de osso disponível no local do implante são fatores locais muito importantes na determinação do sucesso da terapia. Se em indivíduos saudáveis há situações que podem comprometer o tratamento, em indivíduos com doenças sistêmicas a questão se torna mais complexa. Desta maneira, foram identificados nove dessas doenças, detalhando os reflexos na instalação de implantes. A literatura recomenda anamnese consistente, avaliações por tomografia computadorizada, seleção de tipo, desenho e superfície de implantes e acompanhamento sistemático para a instalação de implantes em indivíduos com alterações sistêmicas. Há na atualidade 1.300 sistemas diferentes de implantes, que variam na forma, dimensão, volume e material de superfície, desenho de corpo, conexão implante-pilar, topografia e química de superfície e molhabilidade, alguns indicados para tecidos ósseos comprometidos em qualidade e quantidade. Cabe ao clínico ter segurança em seus conhecimentos para o sucesso da terapia e avaliá-los, com o intuito de realizar um bom planejamento e operacionalização.