Estimativa de geração de certificados de emissão reduzida de uma pequena central hidrelétrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliana Costa Morais dos Santos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ENGD-93SNC3
Resumo: O presente trabalho consiste na estimativa de geração de Certificados de Emissão Reduzida (CERs) de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), no Sistema Interligado Nacional (SIN) e no Sistema Isolado, de acordo com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)convencional do Protocolo de Quioto. A PCH Churrascão, em analíse neste estudo, é um aproveitamento fictício, cujo Projeto Básico foi elaborado por alunos do curso de especialização em PCH da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Este empreendimento foi projetado para instalação no Município mineiro de Wenceslau Braz, no rio de Bicas, afluente da margem direita do rio Sapucaí, pertencente à sub-bacia do rio Grande. Para a estimativa de geração de CERs, utilizou-se a metodologia de cálculo de redução de emissão aprovada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(CQNUMC) AMS-I.D. Esta metodologia é recomendada para atividades de projeto de pequena escala do setor de geração de energia elétrica, por meio de recursos renováveis, conectadas à rede, neste caso, ao SIN. Com base na estimativa de redução de emissões pela PCH em estudo, foi estimada a receita bruta anual oriunda da comercialização dos CERs da PCH (com relação ao fator de emissão referente ao ano de 2011), bem como para o primeiro período do projeto (7 anos). Ademais, estimou-se o percentual da receita obtida com a comercialização dos CERs em relação à receita do projeto com a comercialização de energia destinada ao Sistema Isolado e ao SINem 2009, correspondendo estes valores a 2,2 e 9,4, respectivamente. Tal resultado permitiu concluir que, àquela época, a certificação das reduções de emissões da PCH Churrascão no MDL convencional poderia ser considerada um incentivo à sua certificação, ainda que esteempreendimento fosse ligado ao SIN. Entretanto, muitos dos empreendimentos hidrelétricos de pequeno porte apresentam umaprevisão de comercialização dos CERs pouco atrativa quando certificados individualmente no MDL convencional. Isto se deve, sobretudo aos elevados custos do processo de certificação, monitoramento, que não foram considerados neste estudo e à queda do valor do crédito de carbono no mercado mundial nos últimos anos. Desta forma, recomenda-se a utilização do MDL Programático (PoA), para a certificação de PCHs no Brasil. Assim, haverá a possibilidade de se acoplar sob um programa uma série de PCHs que, se pensadasindividualmente, não teriam atratividade suficiente para serem desenvolvidas e ainda de diminuir o custo de transação do complexo ciclo de aprovação de projetos individuais.
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