Percepção de moradores de um aglomerado em Belo Horizonte, sobre os fatores relacionados à mobilidade urbana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiza de Marilac Resende
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A8XNUK
Resumo: Ao longo da história, o fenômeno da mobilidade como processo, vem garantindo condições vitais aos indivíduos, a obtenção de alimento para o homem primitivo e sobrevivência de seu grupo. A mobilidade do homem se acentuou com a Revolução Industrial e tendência dos deslocamentos da população rural para o meio urbano. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2007, mais de 50% da população do mundo já habitava ambientes urbanos. No Brasil, em 2010, a taxa de urbanização no país alcançou 84,0%. Diante deste fato, a mobilidade tornou-se um desafio e o tema vem sendo abordado de forma crescente, sendo tratado pelo termo de mobilidade urbana. Embora, desde 2012 exista uma política de mobilidade urbana no Brasil, o foco maior tem sido colocado no transporte motorizado, mas andar a pé tem sido menos considerado. Belo Horizonte adotou como estratégia para organização dos serviços de saúde, o Programa Saúde da Família (PSF) que prevê, além do atendimento na Unidade de Saúde, a busca ativa de casos, realizada pelas equipes multiprofissionais, mediante visitas domiciliares. Em uma destas visitas, uma das pesquisadoras deste estudo observou entraves na mobilidade de uma paciente idosa. Morando em um local íngreme, para sair de casa ela precisava descer morros e escadas até alcançar uma rua, extremamente movimentada, com grande circulação de veículos, com calçadas estreitas e com diversas barreiras. O estudo teve como objetivo compreender como são percebidas as dificuldades e facilidades da mobilidade urbana entre moradores de um aglomerado em Belo Horizonte. Optou-se pela metodologia qualitativa, utilizando-se a entrevista domiciliar gravada, transcrita e posteriormente submetida à análise de conteúdo. Incialmente foi determinada, intencionalmente a área do estudo, sendo localizados 10 pontos do bairro, considerados críticos para mobilidade. Realizou-se georreferenciamento da área e os dados espacializados no Google Earth. Foram entrevistados 10 moradores, um em cada ponto selecionado. Os principais fatores relacionados à mobilidade urbana, apontados pelos moradores, foram selecionados e agrupados nos seguintes temas: topografia (morros e escadas), vias públicas (trânsito e alagamento por água de chuva), calçadas (desniveladas, estreitas e ocupadas), segurança no trânsito, (atropelamentos, principalmente por motocicletas, falta de sinalização, trânsito maior do que o comportado nas ruas), capital social e pertencimento (alguma resiliência, desejos de melhora, solidariedade, união, respeito, capital social). Existe precariedade nas condições para mobilidade, sobretudo para os pedestres, mas observou-se a possibilidade de mudanças a partir da própria comunidade.
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Embora, desde 2012 exista uma política de mobilidade urbana no Brasil, o foco maior tem sido colocado no transporte motorizado, mas andar a pé tem sido menos considerado. Belo Horizonte adotou como estratégia para organização dos serviços de saúde, o Programa Saúde da Família (PSF) que prevê, além do atendimento na Unidade de Saúde, a busca ativa de casos, realizada pelas equipes multiprofissionais, mediante visitas domiciliares. Em uma destas visitas, uma das pesquisadoras deste estudo observou entraves na mobilidade de uma paciente idosa. Morando em um local íngreme, para sair de casa ela precisava descer morros e escadas até alcançar uma rua, extremamente movimentada, com grande circulação de veículos, com calçadas estreitas e com diversas barreiras. O estudo teve como objetivo compreender como são percebidas as dificuldades e facilidades da mobilidade urbana entre moradores de um aglomerado em Belo Horizonte. Optou-se pela metodologia qualitativa, utilizando-se a entrevista domiciliar gravada, transcrita e posteriormente submetida à análise de conteúdo. Incialmente foi determinada, intencionalmente a área do estudo, sendo localizados 10 pontos do bairro, considerados críticos para mobilidade. Realizou-se georreferenciamento da área e os dados espacializados no Google Earth. Foram entrevistados 10 moradores, um em cada ponto selecionado. Os principais fatores relacionados à mobilidade urbana, apontados pelos moradores, foram selecionados e agrupados nos seguintes temas: topografia (morros e escadas), vias públicas (trânsito e alagamento por água de chuva), calçadas (desniveladas, estreitas e ocupadas), segurança no trânsito, (atropelamentos, principalmente por motocicletas, falta de sinalização, trânsito maior do que o comportado nas ruas), capital social e pertencimento (alguma resiliência, desejos de melhora, solidariedade, união, respeito, capital social). Existe precariedade nas condições para mobilidade, sobretudo para os pedestres, mas observou-se a possibilidade de mudanças a partir da própria comunidade.Throughout history, the mobility phenomenon as a process has ensured vital conditions to individuals, coming to represent the only resource for primitive men to obtain food and for the survival of their group. Men´s mobility was accentuated by the Industrial Revolution and a tendency of the rural population shifts to urban areas. According to the World Health Organization, in 2007, more than 50% of the world´s population already lived in urban areas. In Brazil in 2010, the urbanization rate in the country reached 84.0%. Given this fact, mobility has become a challenge and the subject has been approached increasingly, being handled by the term "urban mobility". Although since 2012 there is an urban mobility policy in Brazil, the main focus has been placed on motorized transport, but the walk on foot has been less considered, or the concern concentrated in physically challenged people and the elderly. Belo Horizonte adopted the Family Health Program (PSF) as a strategy for the organization of health services, which provides in addition to attendance at the Health Unit, the active search of cases, carried out by multidisciplinary teams through home visits. In one of these visits, one of the researchers of this study found mobility barriers of an elderly patient. Living in a steep location, to leave the house, the patient had to go down hills and stairs to reach the street, extremely busy, with high vehicles circulation, narrow sidewalks and with various barriers. This study aimed to understand how the difficulties and facilities of urban mobility are perceived among the residents of the shanty town, in Belo Horizonte. We opted for the qualitative methodology, using the recorded home interview, transcribed and subjected to content analysis. Initially, it was determined the study area, being located 10 points in the neighborhood, considered critical to mobility, selected by convenience Georeferencing was done for the area. The data were spatially in Google Earth.The main factors related to urban mobility, mentioned by the residents were selected and grouped into the following themes: topography (hills and stairs), roads (traffic and flooding by rainwater), sidewalks (uneven, narrow and busy), safety traffic (being run over, especially by motorcycles, lack of signage, more traffic than behaved on the streets), social capital and belonging (some resilience, improvement wishes, solidarity, bond, respect, social capital). There are precarious conditions for mobility, especially for pedestrians, but it was observed the possibility of changes starting from the community.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGProblemas sociaisMetrópolesProblemas SociaisMobilidade UrbanaPercepção de moradores de um aglomerado em Belo Horizonte, sobre os fatores relacionados à mobilidade urbanainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALluiza_mr_disserta__o_mp_pdf_2.pdfapplication/pdf7745416https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A8XNUK/1/luiza_mr_disserta__o_mp_pdf_2.pdf1142c28cd33162b8497aacc83bd40ec8MD51TEXTluiza_mr_disserta__o_mp_pdf_2.pdf.txtluiza_mr_disserta__o_mp_pdf_2.pdf.txtExtracted texttext/plain101418https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A8XNUK/2/luiza_mr_disserta__o_mp_pdf_2.pdf.txt21d3a6e7d4d13ea273020df368117909MD521843/BUBD-A8XNUK2019-11-14 11:23:07.188oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A8XNUKRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:23:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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