Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/LETR-B57JX8 |
Resumo: | Sabemos que os gauleses não deixaram nenhum material escrito, e sua cultura e história nos são conhecidas apenas por relatos de terceiros ou por estudos arqueológicos. Por isso, o tema das representações dos gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, que compreende o período entre o século I a.C. a I d.C., é o foco principal desta pesquisa, já que corresponde ao momento em que a Gália é definivamente conquistada pelos romanos e transformada em província. Propomos, no começo deste trabalho, uma reflexão sobre o próprio étimo bárb ro, lém de bord mos o conceito de b rbárie e de civilidade entre gregos e romanos. Em seguida, falaremos sobre a expansão do domínio de Roma e como foi o contato entre romanos e gauleses. Após essa investigação, nos propomos a estudar a fundo algumas passagens latinas sobre os gauleses, cujas fontes são: o De bello Gallico (Sobre a guerra da Gália), de César; o Ab urbe condita (Da fundação da Cidade), de Tito Lívio; e a Historia naturalis (História natural), de Plínio, o Velho. Nessa análise dos trechos latinos veremos como se estrutura a retórica de representação dos gauleses e de como se operava essa construção da imagem de bárbaro, por eles exemplificada, e faremos considerações sobre o que era considerado ser bárbaro (ou civilizado) pelos romanos do século I a.C. a I d.C. Igualmente, realizaremos um estudo dos elementos retóricos empregados por César, Lívio e Plínio para caracterizar os gauleses, bem como analisaremos o tipo de vocabulário utilizado e as recorrentes figuras representativas empregadas para essas descrições. Por fim, encerraremos este trabalho com algumas considerações sobre o que se sabe hoje dos gauleses através de pesquisas historiográficas e arqueológicas. |
id |
UFMG_52d6a4921be3b4c29eb8fd795e4e9006 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/LETR-B57JX8 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Sandra Maria Gualberto Braga BianchetJacyntho Jose Lins BrandaoRafael ScopacasaFábio da Silva FortesArtur CostrinoPriscilla Adriane Ferreira Almeida2019-08-09T12:48:58Z2019-08-09T12:48:58Z2018-03-23http://hdl.handle.net/1843/LETR-B57JX8Sabemos que os gauleses não deixaram nenhum material escrito, e sua cultura e história nos são conhecidas apenas por relatos de terceiros ou por estudos arqueológicos. Por isso, o tema das representações dos gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, que compreende o período entre o século I a.C. a I d.C., é o foco principal desta pesquisa, já que corresponde ao momento em que a Gália é definivamente conquistada pelos romanos e transformada em província. Propomos, no começo deste trabalho, uma reflexão sobre o próprio étimo bárb ro, lém de bord mos o conceito de b rbárie e de civilidade entre gregos e romanos. Em seguida, falaremos sobre a expansão do domínio de Roma e como foi o contato entre romanos e gauleses. Após essa investigação, nos propomos a estudar a fundo algumas passagens latinas sobre os gauleses, cujas fontes são: o De bello Gallico (Sobre a guerra da Gália), de César; o Ab urbe condita (Da fundação da Cidade), de Tito Lívio; e a Historia naturalis (História natural), de Plínio, o Velho. Nessa análise dos trechos latinos veremos como se estrutura a retórica de representação dos gauleses e de como se operava essa construção da imagem de bárbaro, por eles exemplificada, e faremos considerações sobre o que era considerado ser bárbaro (ou civilizado) pelos romanos do século I a.C. a I d.C. Igualmente, realizaremos um estudo dos elementos retóricos empregados por César, Lívio e Plínio para caracterizar os gauleses, bem como analisaremos o tipo de vocabulário utilizado e as recorrentes figuras representativas empregadas para essas descrições. Por fim, encerraremos este trabalho com algumas considerações sobre o que se sabe hoje dos gauleses através de pesquisas historiográficas e arqueológicas.We know th t the G uls didnt le ve ny written m teri l nd their culture nd history are known today by third-part reports and by archeological studies. Therefore, the theme of G uls represent tions in C es r, Livy nd Pliny the Elder, s it comprehends the temporal period from the I Century B.C. to I A.C., is the main objective of this academic paper, as it coincides with the moment in wich Gaul was conquered and transformed into a Roman province. In the beginning of this paper we offer a reflection about the word b rb ri n itself; besides we focus on the concept of barbarity and civilization among Greeks nd Rom ns There fter we t lk bout the exp nsion of Romes dom in nd how w s the contact between Romans and Gauls. In addition we put forward to research some Latin passages about the Gauls, and the sources are: De bello Gallico (The Gallic War), of Caesar, Ab urbe condita (The History of Rome), of Livy, and in the Historia naturalis (Natural History), of Pliny, the Elder. In this analysis of the Latin passages we will be ble to re lize how the rhetoric of G uls represent tions is structured nd how the construction of the image of the barbarian worked. We will also make some considerations about what was by the Romans from the I Century B.C. to I A.C. considered as barbarian (or civilized). Furthermore we make a research of the rhetoric elements used by Caesar, Livy and Pliny to distinguish the Gauls, as well to analyze the type of vocabulary and representative figures applied in these descriptions. Finally we close this academic paper by bringing some facts of what is know today by the Gauls through historiographical and archeological researches.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGalia Historia Guerras galicas , 58-51 ACTito Lívio Ab urbe condita Crítica e interpretaçãoLiteratura latina História e críticaCésar, Julio De bello Gallico Crítica e interpretaçãoPlínio , o Velho História naturalis Crítica e interpretaçãoRetóricaPlínioAlteridadeGaulesesCésarTito Lívioo VelhoRetóricaOs gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de siinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALpriscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdfapplication/pdf2103476https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-B57JX8/1/priscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdf1a0947e2486e3c6692b8edfb8373fc9bMD51TEXTpriscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdf.txtpriscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdf.txtExtracted texttext/plain952510https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-B57JX8/2/priscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdf.txt2d407703569d2268484e54c1bea40afdMD521843/LETR-B57JX82019-11-14 04:35:43.405oai:repositorio.ufmg.br:1843/LETR-B57JX8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:35:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
title |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
spellingShingle |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si Priscilla Adriane Ferreira Almeida Plínio Alteridade Gauleses César Tito Lívio o Velho Retórica Galia Historia Guerras galicas , 58-51 AC Tito Lívio Ab urbe condita Crítica e interpretação Literatura latina História e crítica César, Julio De bello Gallico Crítica e interpretação Plínio , o Velho História naturalis Crítica e interpretação Retórica |
title_short |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
title_full |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
title_fullStr |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
title_full_unstemmed |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
title_sort |
Os gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, o Velho: sobre a retórica de representação do outro e a construção de si |
author |
Priscilla Adriane Ferreira Almeida |
author_facet |
Priscilla Adriane Ferreira Almeida |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sandra Maria Gualberto Braga Bianchet |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Jacyntho Jose Lins Brandao |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Rafael Scopacasa |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Fábio da Silva Fortes |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Artur Costrino |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Priscilla Adriane Ferreira Almeida |
contributor_str_mv |
Sandra Maria Gualberto Braga Bianchet Jacyntho Jose Lins Brandao Rafael Scopacasa Fábio da Silva Fortes Artur Costrino |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Plínio Alteridade Gauleses César Tito Lívio o Velho Retórica |
topic |
Plínio Alteridade Gauleses César Tito Lívio o Velho Retórica Galia Historia Guerras galicas , 58-51 AC Tito Lívio Ab urbe condita Crítica e interpretação Literatura latina História e crítica César, Julio De bello Gallico Crítica e interpretação Plínio , o Velho História naturalis Crítica e interpretação Retórica |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Galia Historia Guerras galicas , 58-51 AC Tito Lívio Ab urbe condita Crítica e interpretação Literatura latina História e crítica César, Julio De bello Gallico Crítica e interpretação Plínio , o Velho História naturalis Crítica e interpretação Retórica |
description |
Sabemos que os gauleses não deixaram nenhum material escrito, e sua cultura e história nos são conhecidas apenas por relatos de terceiros ou por estudos arqueológicos. Por isso, o tema das representações dos gauleses em César, Tito Lívio e Plínio, que compreende o período entre o século I a.C. a I d.C., é o foco principal desta pesquisa, já que corresponde ao momento em que a Gália é definivamente conquistada pelos romanos e transformada em província. Propomos, no começo deste trabalho, uma reflexão sobre o próprio étimo bárb ro, lém de bord mos o conceito de b rbárie e de civilidade entre gregos e romanos. Em seguida, falaremos sobre a expansão do domínio de Roma e como foi o contato entre romanos e gauleses. Após essa investigação, nos propomos a estudar a fundo algumas passagens latinas sobre os gauleses, cujas fontes são: o De bello Gallico (Sobre a guerra da Gália), de César; o Ab urbe condita (Da fundação da Cidade), de Tito Lívio; e a Historia naturalis (História natural), de Plínio, o Velho. Nessa análise dos trechos latinos veremos como se estrutura a retórica de representação dos gauleses e de como se operava essa construção da imagem de bárbaro, por eles exemplificada, e faremos considerações sobre o que era considerado ser bárbaro (ou civilizado) pelos romanos do século I a.C. a I d.C. Igualmente, realizaremos um estudo dos elementos retóricos empregados por César, Lívio e Plínio para caracterizar os gauleses, bem como analisaremos o tipo de vocabulário utilizado e as recorrentes figuras representativas empregadas para essas descrições. Por fim, encerraremos este trabalho com algumas considerações sobre o que se sabe hoje dos gauleses através de pesquisas historiográficas e arqueológicas. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-03-23 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-09T12:48:58Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-09T12:48:58Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/LETR-B57JX8 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/LETR-B57JX8 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-B57JX8/1/priscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-B57JX8/2/priscilla_adriane_ferreira_almeida_tese.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1a0947e2486e3c6692b8edfb8373fc9b 2d407703569d2268484e54c1bea40afd |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589518572388352 |