Quitandas quilombolas: identidades, resistência e etnodesenvolvimento em paisagens culturais do Médio Jequitinhonha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciana Priscila do Carmo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34661
Resumo: Esta dissertação versa sobre os estudos da Geografia Cultural e Humanista alinhados à abordagem da Geografia dos Alimentos Tradicionais, colocando em evidência a produção e o ‘saber-fazer’ de ‘quitandas’ enquanto práticas da reprodução social e cultural de comunidades quilombolas da região do “Médio” Vale do rio Jequitinhonha – Nordeste do estado de Minas Gerais, e mais especificamente de comunidades localizadas nos municípios do semiárido mineiro: Chapada do Norte e Berilo. O objetivo geral deste trabalho foi investigar sobre em que medida haveria um reconhecimento das ‘quitandas’ por grupos quilombolas enquanto elementos da sua identidade cultural e coletiva. A partir disso pretendemos interpretar se uma possível identificação e valorização de paisagens culturais como um fator que contribuiria para ações de medidas de proteção, salvaguarda e/ ou chancela do patrimônio material, imaterial e paisagístico. Além disso, se pode ser considerada uma das estratégias para fortalecer o processo de etnodesenvolvimento de comunidades quilombolas e tradicionais no Médio Jequitinhonha. Os estudos foram realizados por meio de Método Etnogeográfico, estreitamente vinculado às categorias de análise e paradigmas qualitativos de interpretação da Geografia Cultural, com elementos e/ou aproximações com a etnografia, influenciada por reflexões filosóficas do marxismo em seu viés cultural e teórico-metodológicas da teoria da complexidade, para estudo da produção das quitandas. Verificou-se na pesquisa que o protagonismo assumido no processo pelas mulheres negras, rurais, agricultoras e quilombolas, com vistas à reprodução social e cultural foi o que imprimiu a continuidade de grupos familiares no meio rural e que favoreceu a permanência cultural em territórios quilombolas no Médio Jequitinhonha. Observaram-se diferentes relações destas mulheres com o ‘saber-fazer’ quitandas e com as dimensões mais amplas do processo de construção e reconstrução identitárias quilombola. Essas dimensões fortalecem a necessidade de reconhecimento de suas territorialidades, também constitutivas das paisagens culturais enquanto potencialidades para serem institucionalizadas (chanceladas) e, sobretudo, legitimadas/ reconhecidas pelas próprias comunidades, marcadas pela resistência de natureza identitária e cultural, principalmente das mulheres, em sua reafirmação contínua de identidade afro-brasileira e afrodescendente
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A partir disso pretendemos interpretar se uma possível identificação e valorização de paisagens culturais como um fator que contribuiria para ações de medidas de proteção, salvaguarda e/ ou chancela do patrimônio material, imaterial e paisagístico. Além disso, se pode ser considerada uma das estratégias para fortalecer o processo de etnodesenvolvimento de comunidades quilombolas e tradicionais no Médio Jequitinhonha. Os estudos foram realizados por meio de Método Etnogeográfico, estreitamente vinculado às categorias de análise e paradigmas qualitativos de interpretação da Geografia Cultural, com elementos e/ou aproximações com a etnografia, influenciada por reflexões filosóficas do marxismo em seu viés cultural e teórico-metodológicas da teoria da complexidade, para estudo da produção das quitandas. Verificou-se na pesquisa que o protagonismo assumido no processo pelas mulheres negras, rurais, agricultoras e quilombolas, com vistas à reprodução social e cultural foi o que imprimiu a continuidade de grupos familiares no meio rural e que favoreceu a permanência cultural em territórios quilombolas no Médio Jequitinhonha. Observaram-se diferentes relações destas mulheres com o ‘saber-fazer’ quitandas e com as dimensões mais amplas do processo de construção e reconstrução identitárias quilombola. Essas dimensões fortalecem a necessidade de reconhecimento de suas territorialidades, também constitutivas das paisagens culturais enquanto potencialidades para serem institucionalizadas (chanceladas) e, sobretudo, legitimadas/ reconhecidas pelas próprias comunidades, marcadas pela resistência de natureza identitária e cultural, principalmente das mulheres, em sua reafirmação contínua de identidade afro-brasileira e afrodescendenteThis dissertation deals with the studies of Cultural and Human Geography, highlighting the traditional foods (‘Quitandas’) production and the know-how as practices of social and cultural reproduction of Maroons’ communities (Quilombolas) of the region located in the Middle Jequitinhonha Valley - northeast of Minas Gerais state- eastern Brazil, and more specifically of communities located in the municipalities of Chapada do Norte and Berilo. The general objective of this work was to investigate to what extent there would be a recognition of the ‘Quitandas’ by ‘Marrons’ groups as elements of their cultural and collective identity. From this, it was tried to understand if a possible identification and valorization of cultural landscapes could be a factor that contributes / justifies, or not, with / for actions / measures of protection, safeguard and / or seal of material, immaterial and landscape patrimony, besides of strengthening an Ethnodevelopment processes of ‘Quilombolas’ and ‘traditional communities’ in the Middle Jequitinhonha. The studies are being carried out through a Etnogeographic Method, closely linked to the categories of analysis and qualitative paradigms of interpretation of Cultural Geography, with elements and/ or approaches with Ethnography, influenced by marxism philosophical and theoretical-methodological reflections in its cultural aspect and of complexity theory, to study the production and means of production of the ‘Quitandas’. The protagonism assumed, in the process, by black women (that is Maroon women family farmers)- that guarantee these actors’ social and cultural reproduction–, is what impressed the greater continuity of family groups in the rural environment and favored their cultural permanence in ‘Quilombolas’ territory in Jequitinhonha Valley. Different relationships established between these women and traditional foods know-how and the broader dimensions of the I’ identitybuilding and reconstruction process reinforce the need for greater recognition of their cultural landscapes above all, by the communities themselves (marked by the resistance of identity and cultural character), and especially of women and in their continuous reaffirmation of Afro-Brazilian and Afro-descendant identities or as institutionalized 'chancellaries' and/ or ‘registre’ of the Imaterial Cultural Patrimony.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - INSTITUTO DE GEOCIENCIAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografia humana – Minas GeraisTerritorialidade humanaEtnologia – Minas GeraisQuilombos – Minas GeraisGastronomiaJequitinhonha, Rio, Vale (MG e BA)Identidades e Territorialidades QuilombolasAlimentos TradicionaisPaisagens CulturaisEtnodesenvolvimentoVale do JequitinhonhaQuitandas quilombolas: identidades, resistência e etnodesenvolvimento em paisagens culturais do Médio Jequitinhonhainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Final de Mestrado Luciana Priscila do Carmo.pdfDissertação Final de Mestrado Luciana Priscila do Carmo.pdfapplication/pdf8518459https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34661/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20de%20Mestrado%20Luciana%20Priscila%20do%20Carmo.pdff43345a46fea78834e269fc3987a9e12MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Luciana Priscila do Carmo
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