Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Aparecida de Oliveira P. Guimaraes
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADBRF9
Resumo: Objetivo: Caracterizar a evolução clínica e ecoDopplercardiográfica das lesões valvares na febre reumática, da fase aguda para a fase crônica da doença, determinando a prevalência de valvopatia crônica subclínica.Fonte dos dados: Coorte de 57 pacientes com febre reumática em seguimento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, entre novembro de 1989 3 novembro de 2002, que foram avaliados em duas fases: uma primeira fase, no primeiro surto agudo, analisando-se o perfil de apresentação clínica da doença e os exames para avaliação do comprometimento cardíaco: radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecoDopplercardiograma. Na segunda fase foram excluídos 4 pacientes cirúrgicos, finalizando o estudo 53 participantes, nos quais foramreavaliadas as mesmas variáveis de fase aguda, com ênfase na ausculta cardíaca, analisando a evolução do comprometimento cardíaco da doença, da fase aguda para a crônica. Os dados obtidos foram analisados pelos programas Analysis e Statcalc através do EPI INFO 6.04, sendo calculado sensibilidade, especificidade, valorespreditivos positivo e negativo do exame clínico no diagnóstico da valvopatia crônica subclínica, e da análise comparativa da presença de lesão valva na fase crônica entre a ausculta cardíaca complementada pelo eletrocardiograma e radiografia de tórax, em relação ao ecoDopplercardiograma, considerando-se o intervalo de confiança de95%. Síntese dos dados: Os resultados da análise evolutiva mostraram que, ao ecoDopplercardiograma, 24,5 % das lesões valvares de fase aguda involuiram para a cura na fase crônica, sendo que a maioria dessas lesões (83,3%) eram leves. Nenhuma lesão grave involuiu para a cura, embora todas tenham regredido para a condição de moderada. Ainda na análise dos resultados do ecoDopplercardiograma,encontraram-se nessa pesquisa 34 (64,1%) pacientes com valvopatia crônica, com lesão mitral presente na quase totalidade dos exames. Quando comparados com a ausculta cardíaca, foram identificados 10 pacientes com exame clínico, radiológico e eletrocardiográfico normais, mas com lesões valvares. A sensibilidade da ausculta cardíaca para lesões valvares mostrou-se comprometida, gerando exames falsonegativos, aos quais foram denominamos de valvopatia reumática crônica subclínica. Conclusões: Após análise dos resultados desta pesquisa, propõe-se que o ecoDopplercardiograma seja realizado no seguimento de todos os pacientes na fase crônica da febre reumática, independente da presença de resultados normais aos exames cardiológico, radiológico de tórax e eletrocardiográfico.
id UFMG_53bf8f548c6923ebe1f0eed331ad295d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-ADBRF9
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Cleonice de Carvalho Coelho MotaFernanda Aparecida de Oliveira P. Guimaraes2019-08-14T13:04:23Z2019-08-14T13:04:23Z2003-06-19http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADBRF9Objetivo: Caracterizar a evolução clínica e ecoDopplercardiográfica das lesões valvares na febre reumática, da fase aguda para a fase crônica da doença, determinando a prevalência de valvopatia crônica subclínica.Fonte dos dados: Coorte de 57 pacientes com febre reumática em seguimento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, entre novembro de 1989 3 novembro de 2002, que foram avaliados em duas fases: uma primeira fase, no primeiro surto agudo, analisando-se o perfil de apresentação clínica da doença e os exames para avaliação do comprometimento cardíaco: radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecoDopplercardiograma. Na segunda fase foram excluídos 4 pacientes cirúrgicos, finalizando o estudo 53 participantes, nos quais foramreavaliadas as mesmas variáveis de fase aguda, com ênfase na ausculta cardíaca, analisando a evolução do comprometimento cardíaco da doença, da fase aguda para a crônica. Os dados obtidos foram analisados pelos programas Analysis e Statcalc através do EPI INFO 6.04, sendo calculado sensibilidade, especificidade, valorespreditivos positivo e negativo do exame clínico no diagnóstico da valvopatia crônica subclínica, e da análise comparativa da presença de lesão valva na fase crônica entre a ausculta cardíaca complementada pelo eletrocardiograma e radiografia de tórax, em relação ao ecoDopplercardiograma, considerando-se o intervalo de confiança de95%. Síntese dos dados: Os resultados da análise evolutiva mostraram que, ao ecoDopplercardiograma, 24,5 % das lesões valvares de fase aguda involuiram para a cura na fase crônica, sendo que a maioria dessas lesões (83,3%) eram leves. Nenhuma lesão grave involuiu para a cura, embora todas tenham regredido para a condição de moderada. Ainda na análise dos resultados do ecoDopplercardiograma,encontraram-se nessa pesquisa 34 (64,1%) pacientes com valvopatia crônica, com lesão mitral presente na quase totalidade dos exames. Quando comparados com a ausculta cardíaca, foram identificados 10 pacientes com exame clínico, radiológico e eletrocardiográfico normais, mas com lesões valvares. A sensibilidade da ausculta cardíaca para lesões valvares mostrou-se comprometida, gerando exames falsonegativos, aos quais foram denominamos de valvopatia reumática crônica subclínica. Conclusões: Após análise dos resultados desta pesquisa, propõe-se que o ecoDopplercardiograma seja realizado no seguimento de todos os pacientes na fase crônica da febre reumática, independente da presença de resultados normais aos exames cardiológico, radiológico de tórax e eletrocardiográfico.Objective: To characterize the clinical and Doppler echocardiography of valvular lesions in rheumatic fever, the acute to the chronic stage of disease, determining the prevalence of subclinical chronic valvopathy.Methods: Cohort of 57 patients with rheumatic fever followed up at Hospital das Clinicas, Federal University of Goiás, between November, 1989 and November, 2002, which were evaluated in two phases: a first phase, the first acute outbreak, analyzing the features of clinical disease and tests for assessment of cardiac involvement: chest radiography, electrocardiography and Doppler echocardiography. In the second phase four surgical patients were excluded, ending the study with 53 participants, in which the same acute phase variables have beenreassessed, with emphasis on cardiac auscultation, analyzing the evolution of cardiac disease, from acute to chronic phase. Data were analyzed by Analysis and Statcalc programs through the EPI INFO 6.04, and calculated sensitivity, specificity, positive and negative predictive values of clinical examination in the diagnosis of subclinical chronic valvopathy, and comparative analysis of the valve lesion in the chronic phase, between cardiac auscultation, complemented by chest radiography and eletrocardiography, and Doppler echocardiography, considering the range of 95%. Results: The results of evolutionary analysis, through Doppler echocardiography, showed that 24.5% of the acute phase valvular lesions regressed for healing in the chronic phase, which the majority of these acute lesions (83.3%) were mild. No serious injury devolved to cure, yet each has regressed to moderate condition. Still in the analysis of the results of Doppler echocardiography, were found in this study 34 (64.1%) patients with chronic valvular disease with mitral valve lesions present in almost all tests. When compared with auscultation, 10 patients were identified with cardiac auscultation, chest radiography and electrocardiographic normal, but with valvular lesions. The sensitivity of cardiac auscultation to valvular lesions proved to becompromised, leading to false-negative examinations, which were called subclinical chronic rheumatic valvopathy. Conclusions: After analyzing the results of this research, it is proposed that Doppler echocardiography be performed following all patients in the chronic phase of the rheumatic fever, regardless of the presence of normal results on cardiac examination, chest X-ray and electrocardiogramUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGFebre reumáticaFebre reumática/epidemiologiaEcocardiografia dopplerDoenças das valvas cardíacasDoenças reumáticas/diagnósticoFebre reumática/complicaçõesSubclínicaFebre reumáticaValvopatiaInvestigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdfapplication/pdf691645https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ADBRF9/1/disserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdf6af20d26efe6a4c8b1281a311dcef742MD51TEXTdisserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdf.txtdisserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdf.txtExtracted texttext/plain188965https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ADBRF9/2/disserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdf.txt6000a2a96f64d535c16e4a8f521d3b03MD521843/BUBD-ADBRF92019-11-14 14:07:19.126oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-ADBRF9Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:07:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
title Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
spellingShingle Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
Fernanda Aparecida de Oliveira P. Guimaraes
Subclínica
Febre reumática
Valvopatia
Febre reumática
Febre reumática/epidemiologia
Ecocardiografia doppler
Doenças das valvas cardíacas
Doenças reumáticas/diagnóstico
Febre reumática/complicações
title_short Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
title_full Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
title_fullStr Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
title_full_unstemmed Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
title_sort Investigação Dopplercardiográfica da valvopatia reumática subclínica
author Fernanda Aparecida de Oliveira P. Guimaraes
author_facet Fernanda Aparecida de Oliveira P. Guimaraes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cleonice de Carvalho Coelho Mota
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernanda Aparecida de Oliveira P. Guimaraes
contributor_str_mv Cleonice de Carvalho Coelho Mota
dc.subject.por.fl_str_mv Subclínica
Febre reumática
Valvopatia
topic Subclínica
Febre reumática
Valvopatia
Febre reumática
Febre reumática/epidemiologia
Ecocardiografia doppler
Doenças das valvas cardíacas
Doenças reumáticas/diagnóstico
Febre reumática/complicações
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Febre reumática
Febre reumática/epidemiologia
Ecocardiografia doppler
Doenças das valvas cardíacas
Doenças reumáticas/diagnóstico
Febre reumática/complicações
description Objetivo: Caracterizar a evolução clínica e ecoDopplercardiográfica das lesões valvares na febre reumática, da fase aguda para a fase crônica da doença, determinando a prevalência de valvopatia crônica subclínica.Fonte dos dados: Coorte de 57 pacientes com febre reumática em seguimento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, entre novembro de 1989 3 novembro de 2002, que foram avaliados em duas fases: uma primeira fase, no primeiro surto agudo, analisando-se o perfil de apresentação clínica da doença e os exames para avaliação do comprometimento cardíaco: radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecoDopplercardiograma. Na segunda fase foram excluídos 4 pacientes cirúrgicos, finalizando o estudo 53 participantes, nos quais foramreavaliadas as mesmas variáveis de fase aguda, com ênfase na ausculta cardíaca, analisando a evolução do comprometimento cardíaco da doença, da fase aguda para a crônica. Os dados obtidos foram analisados pelos programas Analysis e Statcalc através do EPI INFO 6.04, sendo calculado sensibilidade, especificidade, valorespreditivos positivo e negativo do exame clínico no diagnóstico da valvopatia crônica subclínica, e da análise comparativa da presença de lesão valva na fase crônica entre a ausculta cardíaca complementada pelo eletrocardiograma e radiografia de tórax, em relação ao ecoDopplercardiograma, considerando-se o intervalo de confiança de95%. Síntese dos dados: Os resultados da análise evolutiva mostraram que, ao ecoDopplercardiograma, 24,5 % das lesões valvares de fase aguda involuiram para a cura na fase crônica, sendo que a maioria dessas lesões (83,3%) eram leves. Nenhuma lesão grave involuiu para a cura, embora todas tenham regredido para a condição de moderada. Ainda na análise dos resultados do ecoDopplercardiograma,encontraram-se nessa pesquisa 34 (64,1%) pacientes com valvopatia crônica, com lesão mitral presente na quase totalidade dos exames. Quando comparados com a ausculta cardíaca, foram identificados 10 pacientes com exame clínico, radiológico e eletrocardiográfico normais, mas com lesões valvares. A sensibilidade da ausculta cardíaca para lesões valvares mostrou-se comprometida, gerando exames falsonegativos, aos quais foram denominamos de valvopatia reumática crônica subclínica. Conclusões: Após análise dos resultados desta pesquisa, propõe-se que o ecoDopplercardiograma seja realizado no seguimento de todos os pacientes na fase crônica da febre reumática, independente da presença de resultados normais aos exames cardiológico, radiológico de tórax e eletrocardiográfico.
publishDate 2003
dc.date.issued.fl_str_mv 2003-06-19
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T13:04:23Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T13:04:23Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADBRF9
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADBRF9
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ADBRF9/1/disserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ADBRF9/2/disserta__o_de_mestrado_fernanda_aparecida_de_oliveira_peixoto.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6af20d26efe6a4c8b1281a311dcef742
6000a2a96f64d535c16e4a8f521d3b03
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589314849800192