Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amanda de Castro Habka
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/65075
Resumo: As doenças inflamatórias intestinais (DII) são doenças inflamatórias crônicas que afetam o trato gastrointestinal. Existem duas formas clínicas principais de DII: a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa (CU). De forma geral, elas se caracterizam por possuírem respostas inflamatórias desreguladas contra a microbiota residente. Embora a etiopatogênese dessas condições não esteja claramente definida, vários fatores já foram identificados como capazes de contribuir fortemente para o desenvolvimento dessas doenças, podendo ser subdivididos nas seguintes categorias: fatores genéticos, fatores relacionados ao sistema imune do indivíduo e fatores ambientais. De fato, vários modelos experimentais utilizados para estudar as DII já demonstraram que diferentes falhas nesses sistemas levam ao desenvolvimento de colite, e que a ausência da microbiota residente impede seu aparecimento. Um desses modelos, caracterizado pelo uso de camundongos geneticamente modificados e deficientes para IL-10, é particularmente importante, pois parte da população mundial que desenvolve colite apresenta mutações relacionadas a esse gene, resultando no desenvolvimento espontâneo da doença de forma semelhante ao modelo experimental, que também se desenvolve espontaneamente. Em 2012, nosso grupo realizou um estudo que buscou caracterizar novas alterações imunológicas que convergem no desenvolvimento da colite nos camundongos deficientes em IL-10. Curiosamente, houve um aumento significativo na frequência de uma célula pouco estudada na colite, o linfócito B1. O linfócito B1 pode ser dividido em duas populações gerais pela expressão (ou não) do marcador de superfície CD5. Mas dentro dessas populações existem subpopulações com diferentes marcadores de superfície e características. Portanto, este trabalho tem como objetivo, analisar as subpopulações de linfócitos B1 em relação ao desenvolvimento da doença. Nossos resultados sugerem que o microambiente intestinal na colite, gera sinais intensos e contínuos que culminam no aumento da frequência de linfócitos B2 nas placas de Peyer e de linfócitos B1a PC1lo na lâmina própria do cólon. Como não houve aumento na frequência da população de linfócitos B1a PC1hi, que seria a população capaz de secretar IL-10 em condições normais, o envolvimento das outras duas populações de linfócitos B citadas parecem contribuir para a exacerbação do processo inflamatório intestinal ainda que possam ser considerados também mecanismos compensatórios pela ausência de outros mecanismos reguladores.
id UFMG_542ceb334565eb3ce7cd407a8bf4d18a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/65075
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ana Maria Caetano Fariahttp://lattes.cnpq.br/2268635568464108http://lattes.cnpq.br/0573852295435651Amanda de Castro Habka2024-03-01T15:50:46Z2024-03-01T15:50:46Z2022-06-27http://hdl.handle.net/1843/65075As doenças inflamatórias intestinais (DII) são doenças inflamatórias crônicas que afetam o trato gastrointestinal. Existem duas formas clínicas principais de DII: a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa (CU). De forma geral, elas se caracterizam por possuírem respostas inflamatórias desreguladas contra a microbiota residente. Embora a etiopatogênese dessas condições não esteja claramente definida, vários fatores já foram identificados como capazes de contribuir fortemente para o desenvolvimento dessas doenças, podendo ser subdivididos nas seguintes categorias: fatores genéticos, fatores relacionados ao sistema imune do indivíduo e fatores ambientais. De fato, vários modelos experimentais utilizados para estudar as DII já demonstraram que diferentes falhas nesses sistemas levam ao desenvolvimento de colite, e que a ausência da microbiota residente impede seu aparecimento. Um desses modelos, caracterizado pelo uso de camundongos geneticamente modificados e deficientes para IL-10, é particularmente importante, pois parte da população mundial que desenvolve colite apresenta mutações relacionadas a esse gene, resultando no desenvolvimento espontâneo da doença de forma semelhante ao modelo experimental, que também se desenvolve espontaneamente. Em 2012, nosso grupo realizou um estudo que buscou caracterizar novas alterações imunológicas que convergem no desenvolvimento da colite nos camundongos deficientes em IL-10. Curiosamente, houve um aumento significativo na frequência de uma célula pouco estudada na colite, o linfócito B1. O linfócito B1 pode ser dividido em duas populações gerais pela expressão (ou não) do marcador de superfície CD5. Mas dentro dessas populações existem subpopulações com diferentes marcadores de superfície e características. Portanto, este trabalho tem como objetivo, analisar as subpopulações de linfócitos B1 em relação ao desenvolvimento da doença. Nossos resultados sugerem que o microambiente intestinal na colite, gera sinais intensos e contínuos que culminam no aumento da frequência de linfócitos B2 nas placas de Peyer e de linfócitos B1a PC1lo na lâmina própria do cólon. Como não houve aumento na frequência da população de linfócitos B1a PC1hi, que seria a população capaz de secretar IL-10 em condições normais, o envolvimento das outras duas populações de linfócitos B citadas parecem contribuir para a exacerbação do processo inflamatório intestinal ainda que possam ser considerados também mecanismos compensatórios pela ausência de outros mecanismos reguladores.Inflammatory bowel diseases (IBD) are chronic inflammatory diseases that affect the gastrointestinal tract. There are two main clinical forms of IBD: Crohn's disease (CD) and ulcerative colitis (UC). In general, these diseases are characterized by having a dysregulated inflammatory response against the resident microbiota. Although the exact etiopathogenesis is not clearly defined, several factors have already been identified as capable of contributing strongly to the development of diseases, which can be subdivided into the following categories: genetic factors, factors related to the individual's immune system and environmental factors. In fact, several experimental models used to study IBD have already demonstrated that different flaws in this system lead to the development of colitis and that the absence of the microbiota prevents its appearance. One of these models, characterized by the use of genetically modified mice deficient for IL-10, is particularly important since part of the world population that develops colitis has mutations related to this gene, resulting in the spontaneous development of the disease in a similar way to the experimental model, which also develops spontaneously. In 2012, our group characterized new immunological changes that converge in the development of colitis in IL-10-deficient mice. Interestingly, there was a significant increase in a poorly studied cell in colitis, the B1 lymphocyte. The B1 lymphocyte can be divided into two general populations by the expression (or not) of the CD5 surface marker. But within these populations, there are subpopulations with different surface markers and characteristics. Therefore, the objective of this work was to analyze the subpopulations of B1 lymphocytes in relation to the development of the disease. Our results suggest that the intestinal microenvironment in colitis generates intense and continuous signals that culminate in an increase in the frequency of B2 lymphocytes in Peyer's patches and of B1a PC1lo lymphocytes in the colonic lamina propria. As there was no increase in the frequency of the population of B1a PC1hi lymphocytes, which would be the population capable of secreting IL-10 under normal conditions, the involvement of the other two populations of B lymphocytes mentioned seems to contribute to the exacerbation of the intestinal inflammatory process, even if they are also compensatory mechanisms for the absence of other regulatory mechanisms.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIABioquímica e ImunologiaSubpopulações de Linfócitos BColiteMucosa IntestinalInterleucina-10colitelinfócitos B1mucosa intestinalIL-10Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10Characterization of B1 lymphocytes in colitis developed by IL-10 deficient miceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação final Amanda Habka (3).pdfDissertação final Amanda Habka (3).pdfapplication/pdf1182512https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/65075/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20final%20Amanda%20Habka%20%283%29.pdf47c58c779299d2395069188dd7bb5309MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/65075/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/650752024-03-01 12:50:46.545oai:repositorio.ufmg.br:1843/65075TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-03-01T15:50:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Characterization of B1 lymphocytes in colitis developed by IL-10 deficient mice
title Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
spellingShingle Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
Amanda de Castro Habka
colite
linfócitos B1
mucosa intestinal
IL-10
Bioquímica e Imunologia
Subpopulações de Linfócitos B
Colite
Mucosa Intestinal
Interleucina-10
title_short Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
title_full Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
title_fullStr Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
title_full_unstemmed Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
title_sort Caracterização de linfócitos B1 na colite desenvolvida por camundongos deficientes para IL-10
author Amanda de Castro Habka
author_facet Amanda de Castro Habka
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ana Maria Caetano Faria
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2268635568464108
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0573852295435651
dc.contributor.author.fl_str_mv Amanda de Castro Habka
contributor_str_mv Ana Maria Caetano Faria
dc.subject.por.fl_str_mv colite
linfócitos B1
mucosa intestinal
IL-10
topic colite
linfócitos B1
mucosa intestinal
IL-10
Bioquímica e Imunologia
Subpopulações de Linfócitos B
Colite
Mucosa Intestinal
Interleucina-10
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bioquímica e Imunologia
Subpopulações de Linfócitos B
Colite
Mucosa Intestinal
Interleucina-10
description As doenças inflamatórias intestinais (DII) são doenças inflamatórias crônicas que afetam o trato gastrointestinal. Existem duas formas clínicas principais de DII: a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa (CU). De forma geral, elas se caracterizam por possuírem respostas inflamatórias desreguladas contra a microbiota residente. Embora a etiopatogênese dessas condições não esteja claramente definida, vários fatores já foram identificados como capazes de contribuir fortemente para o desenvolvimento dessas doenças, podendo ser subdivididos nas seguintes categorias: fatores genéticos, fatores relacionados ao sistema imune do indivíduo e fatores ambientais. De fato, vários modelos experimentais utilizados para estudar as DII já demonstraram que diferentes falhas nesses sistemas levam ao desenvolvimento de colite, e que a ausência da microbiota residente impede seu aparecimento. Um desses modelos, caracterizado pelo uso de camundongos geneticamente modificados e deficientes para IL-10, é particularmente importante, pois parte da população mundial que desenvolve colite apresenta mutações relacionadas a esse gene, resultando no desenvolvimento espontâneo da doença de forma semelhante ao modelo experimental, que também se desenvolve espontaneamente. Em 2012, nosso grupo realizou um estudo que buscou caracterizar novas alterações imunológicas que convergem no desenvolvimento da colite nos camundongos deficientes em IL-10. Curiosamente, houve um aumento significativo na frequência de uma célula pouco estudada na colite, o linfócito B1. O linfócito B1 pode ser dividido em duas populações gerais pela expressão (ou não) do marcador de superfície CD5. Mas dentro dessas populações existem subpopulações com diferentes marcadores de superfície e características. Portanto, este trabalho tem como objetivo, analisar as subpopulações de linfócitos B1 em relação ao desenvolvimento da doença. Nossos resultados sugerem que o microambiente intestinal na colite, gera sinais intensos e contínuos que culminam no aumento da frequência de linfócitos B2 nas placas de Peyer e de linfócitos B1a PC1lo na lâmina própria do cólon. Como não houve aumento na frequência da população de linfócitos B1a PC1hi, que seria a população capaz de secretar IL-10 em condições normais, o envolvimento das outras duas populações de linfócitos B citadas parecem contribuir para a exacerbação do processo inflamatório intestinal ainda que possam ser considerados também mecanismos compensatórios pela ausência de outros mecanismos reguladores.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-06-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-03-01T15:50:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-03-01T15:50:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/65075
url http://hdl.handle.net/1843/65075
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/65075/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20final%20Amanda%20Habka%20%283%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/65075/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 47c58c779299d2395069188dd7bb5309
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589384774090752