Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luisa Campos Caldeira Brant
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9MQGU9
Resumo: A disfunção vascular é uma manifestação precoce da aterosclerose, está relacionada a fatores de risco e prediz eventos cardiovasculares. A tonometria arterial periférica (PAT) avalia, nos vasos digitais, a amplitude do pulso basal, a função endotelial (PAT ratio) e a reflexão da onda de pulso (PAT-AIx). Neste estudo, investigamos, em adultos brasileiros, a associação das respostas obtidas pela PAT com fatores de risco cardiovascular e com a velocidade da onda de pulso carótida-femoral (VOP), medida de rigidez arterial. Trata-se de um estudo transversal, onde 1535 participantes da coorte Estudo Longitudinal da Sáude do Adulto foram submetidos à PAT (52 ± 9 anos; 35-74 anos; 44% mulheres). Os coeficientes de correlação parciais ajustados para sexo e idade foram calculados e modelos de regressão linear múltipla foram utilizados nas análises multivariadas, as quais evidenciaram que a amplitude do pulso basal maior e o PAT ratio menor, portanto compatíveis com função vascular mais prejudicada, correlacionaram-se com sexo masculino, além de IMC e colesterol total/HDL mais elevados. Adicionalmente, triglicérides elevados, PAS reduzida e a presença de doença CV prevalente correlacionaram-se com valores mais baixos do PAT ratio. O PATAIx associou-se diretamente a sexo feminino, idade, PAS, PAD e tabagismo e inversamente a frequência cardíaca, altura, IMC e doença CV prevalente. Indivíduos com raça/cor da pele preta apresentaram BPA mais baixos e PAT ratio e PAT-AIx mais elevados, quando comparados a indivíduos brancos e pardos. Quanto à relação entre as medidas de função vascular, não houve associação entre a amplitude do pulso basal ou o PAT ratio com rigidez arterial. O PAT-AIx correlacionou-se diretamente à VOP e à amplitude do pulso basal e inversamente ao PAT ratio, sugerindo que a reflexão da onda de pulso é influenciada por múltiplos componentes e fornece informações distintas em relação à rigidez arterial. Em adultos brasileiros, as medidas de função vascular digitais correlacionaram-se com fatores de risco cardiovascular metabólicos, assim como descrito em outras populações. Entretanto, a associação da raça/cor da pele preta com uma resposta vascular mais favorável para o BPA e PAT ratio é contrastante com o que foi descrito em estudos norte-americanos, levantando a hipótese que os padrões de função vascular podem diferir entre populações.
id UFMG_549d9d31cbdbd9663f70d2cb5853d197
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9MQGU9
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antonio Luiz Pinho RibeiroSandhi Maria BarretoMaria do Carmo Pereira NunesJose Geraldo MillLuiz Aparecido BortolottoBruce Bartholow DuncanLuisa Campos Caldeira Brant2019-08-14T01:15:41Z2019-08-14T01:15:41Z2014-03-31http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9MQGU9A disfunção vascular é uma manifestação precoce da aterosclerose, está relacionada a fatores de risco e prediz eventos cardiovasculares. A tonometria arterial periférica (PAT) avalia, nos vasos digitais, a amplitude do pulso basal, a função endotelial (PAT ratio) e a reflexão da onda de pulso (PAT-AIx). Neste estudo, investigamos, em adultos brasileiros, a associação das respostas obtidas pela PAT com fatores de risco cardiovascular e com a velocidade da onda de pulso carótida-femoral (VOP), medida de rigidez arterial. Trata-se de um estudo transversal, onde 1535 participantes da coorte Estudo Longitudinal da Sáude do Adulto foram submetidos à PAT (52 ± 9 anos; 35-74 anos; 44% mulheres). Os coeficientes de correlação parciais ajustados para sexo e idade foram calculados e modelos de regressão linear múltipla foram utilizados nas análises multivariadas, as quais evidenciaram que a amplitude do pulso basal maior e o PAT ratio menor, portanto compatíveis com função vascular mais prejudicada, correlacionaram-se com sexo masculino, além de IMC e colesterol total/HDL mais elevados. Adicionalmente, triglicérides elevados, PAS reduzida e a presença de doença CV prevalente correlacionaram-se com valores mais baixos do PAT ratio. O PATAIx associou-se diretamente a sexo feminino, idade, PAS, PAD e tabagismo e inversamente a frequência cardíaca, altura, IMC e doença CV prevalente. Indivíduos com raça/cor da pele preta apresentaram BPA mais baixos e PAT ratio e PAT-AIx mais elevados, quando comparados a indivíduos brancos e pardos. Quanto à relação entre as medidas de função vascular, não houve associação entre a amplitude do pulso basal ou o PAT ratio com rigidez arterial. O PAT-AIx correlacionou-se diretamente à VOP e à amplitude do pulso basal e inversamente ao PAT ratio, sugerindo que a reflexão da onda de pulso é influenciada por múltiplos componentes e fornece informações distintas em relação à rigidez arterial. Em adultos brasileiros, as medidas de função vascular digitais correlacionaram-se com fatores de risco cardiovascular metabólicos, assim como descrito em outras populações. Entretanto, a associação da raça/cor da pele preta com uma resposta vascular mais favorável para o BPA e PAT ratio é contrastante com o que foi descrito em estudos norte-americanos, levantando a hipótese que os padrões de função vascular podem diferir entre populações.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilDoenças cardiovascularesAdultoEndotelio vascularEndotélio vascularFatores de riscoMedicinaEpidemiologiaOrigem étnica e saúdeRigidez vascularDistribuição por raça ou etniaRigidez arterialEndotélio vascularFatores de riscoEpidemiologiaDistribuição por raça ou etniaAvaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adultoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdout_lb_01abr14_completo.pdfapplication/pdf1867090https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9MQGU9/1/dout_lb_01abr14_completo.pdf66fb38d4a265fcf0c945361e6350e57cMD51TEXTdout_lb_01abr14_completo.pdf.txtdout_lb_01abr14_completo.pdf.txtExtracted texttext/plain120366https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9MQGU9/2/dout_lb_01abr14_completo.pdf.txtcfb2628387c9f6068e8fec970bbb4030MD521843/BUOS-9MQGU92019-11-14 17:11:44.748oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9MQGU9Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T20:11:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
title Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
spellingShingle Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
Luisa Campos Caldeira Brant
Rigidez arterial
Endotélio vascular
Fatores de risco
Epidemiologia
Distribuição por raça ou etnia
Brasil
Doenças cardiovasculares
Adulto
Endotelio vascular
Endotélio vascular
Fatores de risco
Medicina
Epidemiologia
Origem étnica e saúde
Rigidez vascular
Distribuição por raça ou etnia
title_short Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
title_full Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
title_fullStr Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
title_full_unstemmed Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
title_sort Avaliação não invasiva da função endotelial e sua associação com fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros: estudo longitudinal da saúde do adulto
author Luisa Campos Caldeira Brant
author_facet Luisa Campos Caldeira Brant
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antonio Luiz Pinho Ribeiro
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Sandhi Maria Barreto
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Maria do Carmo Pereira Nunes
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Jose Geraldo Mill
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Luiz Aparecido Bortolotto
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Bruce Bartholow Duncan
dc.contributor.author.fl_str_mv Luisa Campos Caldeira Brant
contributor_str_mv Antonio Luiz Pinho Ribeiro
Sandhi Maria Barreto
Maria do Carmo Pereira Nunes
Jose Geraldo Mill
Luiz Aparecido Bortolotto
Bruce Bartholow Duncan
dc.subject.por.fl_str_mv Rigidez arterial
Endotélio vascular
Fatores de risco
Epidemiologia
Distribuição por raça ou etnia
topic Rigidez arterial
Endotélio vascular
Fatores de risco
Epidemiologia
Distribuição por raça ou etnia
Brasil
Doenças cardiovasculares
Adulto
Endotelio vascular
Endotélio vascular
Fatores de risco
Medicina
Epidemiologia
Origem étnica e saúde
Rigidez vascular
Distribuição por raça ou etnia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Brasil
Doenças cardiovasculares
Adulto
Endotelio vascular
Endotélio vascular
Fatores de risco
Medicina
Epidemiologia
Origem étnica e saúde
Rigidez vascular
Distribuição por raça ou etnia
description A disfunção vascular é uma manifestação precoce da aterosclerose, está relacionada a fatores de risco e prediz eventos cardiovasculares. A tonometria arterial periférica (PAT) avalia, nos vasos digitais, a amplitude do pulso basal, a função endotelial (PAT ratio) e a reflexão da onda de pulso (PAT-AIx). Neste estudo, investigamos, em adultos brasileiros, a associação das respostas obtidas pela PAT com fatores de risco cardiovascular e com a velocidade da onda de pulso carótida-femoral (VOP), medida de rigidez arterial. Trata-se de um estudo transversal, onde 1535 participantes da coorte Estudo Longitudinal da Sáude do Adulto foram submetidos à PAT (52 ± 9 anos; 35-74 anos; 44% mulheres). Os coeficientes de correlação parciais ajustados para sexo e idade foram calculados e modelos de regressão linear múltipla foram utilizados nas análises multivariadas, as quais evidenciaram que a amplitude do pulso basal maior e o PAT ratio menor, portanto compatíveis com função vascular mais prejudicada, correlacionaram-se com sexo masculino, além de IMC e colesterol total/HDL mais elevados. Adicionalmente, triglicérides elevados, PAS reduzida e a presença de doença CV prevalente correlacionaram-se com valores mais baixos do PAT ratio. O PATAIx associou-se diretamente a sexo feminino, idade, PAS, PAD e tabagismo e inversamente a frequência cardíaca, altura, IMC e doença CV prevalente. Indivíduos com raça/cor da pele preta apresentaram BPA mais baixos e PAT ratio e PAT-AIx mais elevados, quando comparados a indivíduos brancos e pardos. Quanto à relação entre as medidas de função vascular, não houve associação entre a amplitude do pulso basal ou o PAT ratio com rigidez arterial. O PAT-AIx correlacionou-se diretamente à VOP e à amplitude do pulso basal e inversamente ao PAT ratio, sugerindo que a reflexão da onda de pulso é influenciada por múltiplos componentes e fornece informações distintas em relação à rigidez arterial. Em adultos brasileiros, as medidas de função vascular digitais correlacionaram-se com fatores de risco cardiovascular metabólicos, assim como descrito em outras populações. Entretanto, a associação da raça/cor da pele preta com uma resposta vascular mais favorável para o BPA e PAT ratio é contrastante com o que foi descrito em estudos norte-americanos, levantando a hipótese que os padrões de função vascular podem diferir entre populações.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-03-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T01:15:41Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T01:15:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9MQGU9
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9MQGU9
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9MQGU9/1/dout_lb_01abr14_completo.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9MQGU9/2/dout_lb_01abr14_completo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 66fb38d4a265fcf0c945361e6350e57c
cfb2628387c9f6068e8fec970bbb4030
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589478273515520