Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Eli Iola Gurgel Andradehttp://lattes.cnpq.br/6869396953297183http://lattes.cnpq.br/3013849012172184Sandra Minardi Mitre2022-09-30T14:33:05Z2022-09-30T14:33:05Z2011-02-25http://hdl.handle.net/1843/45795Introdução: No Brasil, a mudança no perfil epidemiológico e demográfico, a urbanização e industrialização com a emergência de novos problemas e aumento das morbidades por causas externas, somados a evolução dos cuidados tecnológicos têm colocado em evidencia a reabilitação no contexto da saúde pública. Historicamente, os serviços de reabilitação no Brasil, se caracterizaram pela baixa cobertura e resolubilidade. A luz das inovações propostas pela Reforma Sanitária brasileira iniciou-se a reconstrução da assistência à saúde da pessoa com deficiência, com a consequente implantação de uma rede territorial de assistência no Sistema Único de Saúde (SUS), desde a média e alta complexidade até a atenção primária. O SUS propõe a criação e o fortalecimento de uma linha de cuidado que possa ser receptiva às demandas dos diferentes usuários, acolhendo-as e apresentando respostas resolutivas e eficazes. O acolhimento, diretriz operacional para a Política Nacional de Humanização do SUS (PNH), consiste em reorganizar o processo de trabalho nos serviços de saúde para dar acesso a todos que procuram, fortalecendo os princípios da universalidade, equidade e a busca da integralidade. Os Centros de Referência em Reabilitação (CRR) tornaram-se responsáveis por ações e procedimentos de média e alta complexidade, e o aumento da demanda por seus serviços têm colocado em xeque o modo como suas ações são produzidas para responder as necessidades da população. O município de Belo Horizonte (BH) busca garantir o acesso humanizado aos serviços de saúde de sua rede/SUS, implementou o acolhimento desde a atenção primária em 1995 e a partir de 2005 nos seus CRR. Objetivos: descrever e analisar a forma como se dá o acolhimento aos usuários que demandam atendimento nos CRR da Rede SUS de BH (SUS/BH). Métodos: foram realizadas revisões da literatura sobre a temática do acolhimento nos diferentes níveis de complexidade do SUS, e sobre a reabilitação no Brasil. Uma pesquisa de campo sobre o acolhimento nos três CRR – SUS/BH também foi realizada, que elegeu a abordagem qualitativa como meio de apreender este fenômeno pesquisado em sua complexidade e singularidade. Para coleta de dados foram utilizados: a observação participante, análise documental, entrevistas semi-estruturadas com os usuários e grupos focais com os profissionais dos CRR- SUS/BH. A análise dos dados realizou-se por meio da Analise de Conteúdo, que compreendeu três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, inferência e interpretação. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de BH – CEP/SMSA/BH, e da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG / COEP, nº 0017.0.410.203-10. Resultados: Nos CRR SUS/BH estudados a implantação da diretriz do acolhimento provocou reflexões e questionamentos, suscitando a necessidade de mudanças ao ampliar a visão e governabilidade das equipes. Assim, ações inovadoras de reabilitação baseadas na integralidade foram vislumbradas no cuidado ao usuário, contudo alguns elementos têm dificultado o acolhimento nos CRR tais como: o modelo biomédico adotado; a impossibilidade de compatibilizar os fatores geográficos, econômicos e funcionais do acesso para dar prosseguimento a linha de cuidado na reabilitação pelo excesso de demanda e escassez de serviços para atender aos casos mais complexos; a ausência de um trabalho em redes integradas, tanto para o usuárioque fica peregrinando pelos serviços, quanto para os profissionais pelas dificuldades com fluxos de encaminhamento e/ou pela ausência de definições claras das atribuições específicas e possibilidades de cada equipamento de saúde que compõe a rede SUS/BH. Por outro lado, na perspectiva do usuário e dos profissionais, constatou-se que a dimensão do cuidado vem sendo absorvida nas práticas cotidianas do acolhimento nos CRR, tanto pelo seu funcionamento em horário integral, como pelas informações prontamente prestadas, além da capacidade de escuta e postura humana dos profissionais que realizam o acolhimento. As preocupações apontadas pelos profissionais dos CRR, como com o espaço físico inadequado para realização do acolhimento, atenção centrada no procedimento e não no usuário, a sobrecarga de trabalho no momento do acolhimento - como ter que informatizar os dados coletados, ao mesmo tempo em que se faz o acolhimento, associado ao excesso de demanda e a necessidade de um prontuário unificado e transdisciplinar, evidenciam que o acolhimento passa por importantes mudanças, deixando de ser apenas uma boa recepção e/ou triagem, para transformar-se em uma expressão de compromisso e busca de uma prática solidária e resolutiva. Conclusão: Os resultados deste estudo apontam para a importância de instrumentalizar as equipes dos CRR para intervenções inovadoras pela Educação Permanente, como também pela necessidade de criar espaços protegidos das equipes para reflexão, discussão e aprofundamento dos impasses, limites e superação do modelo biomédico a luz da integralidade na reabilitação. Há necessidade de se repensar e reconstruir os fluxos dos usuários nos diferentes níveis de complexidade do SUS de BH, facilitando, assim a integralidade e intersetorialidade para ações mais resolutivas do acolhimento na reabilitação.Introduction: In Brazil, the change in the epidemiological, demographic, urbanization and industrialization with the emergence of new problems and increased morbidity due to external causes, coupled with the technological developments in care have put in evidence the rehabilitation in the context of public health. Historically, rehabilitation services in Brazil, were characterized by low coverage and resolution. The light of the innovations proposed by the Brazilian Health Reform began the reconstruction of health care to the disabled person, with the consequent establishment of a territorial network of assistance in the Unified Health System (SUS), since the medium and high complexity to primary care. The SUS proposes the creation and strengthening of a line of care that can be responsive to the demands of different patients, user embracement them and providing answers and resolving effective. The user embracement operating guideline for the National Policy of Humanization of SUS (PNH), is to reorganize the work process in health services to provide access to all that seek to strengthen the principles of universality, fairness and the pursuit of completeness. The Centers for Excellence in Rehabilitation (CRR) became responsible for actions and procedures of medium and high complexity and increased demand for its services have put in check how their actions are produced to meet the needs of the population. The municipality of Belo Horizonte (BH) seeks to guarantee access to health services humanized their network / SUS, implemented user embracement the primary in 1995, and 2005 in their CRR. Objectives: To describe and analyze how the user embracement is given to patients who require care in the CRR Network BH SUS (SUS / BH). Methods: We performed a literature review on the theme of user embracement the different levels of complexity of the SUS, and on rehabilitation in Brazil. A field survey on the user embracement in three CRR - SUS / BH was also held, which elected a qualitative approach as a means of understanding this phenomenon studied in its complexity and uniqueness. For data collection were used: participant observation, document analysis, semi-structured interviews and with patients and focus groups with professionals in CRR-SUS / BH. Data analysis was carried out through the Analysis of Content, which comprised three stages: pre-analysis, material investigation and processing of results, inference and interpretation. The project was approved by the Ethics Committee of the Municipal Health Secretariat of Belo Horizonte - CEP / SMSA / BH, and the Federal University of Minas Gerais - UFMG / COEP, No 0017.0.410.203-10. Results: CRR SUS / BH studied the implementation the user embracement caused reflections and questions, raising the need for changes to extend the vision and governance teams. Thus, innovative actions based on comprehensive rehabilitation care have been devised to the patient, but some elements have hindered the user embracement in the CRR such as the biomedical model adopted, the impossibility of reconciling the geographical factors, economic and functional access for continuing the line of care in rehabilitation by excess demand and shortage of services to meet the more complex cases, the absence of a work in integrated networks, both for the user who is wandering the services, and for the professionals with the difficulties of routing and flow / or the absence of clear definitions of responsibilities and possibilities of each specific health equipment comprising the network SUS / BH. Moreover, the user perspective and practitioners, it was found that the dimension of care has been absorbed in the daily practices of the user embracement in CRR, both for its operation on a full time, as the information promptly given, and the ability to listen human posture and the professionals involved in the host. The concerns raised by professionals in the CRR, as with inadequate physical space to perform the reception, attention focused on procedure and not on the patient‟s workload at the time of user embracement - like having to computerize the data collected at the same time that becomes the user embracement, associated with excess demand and need for a unified medical record and cross-disciplinary, evidence that the user embracement undergoes significant changes, no longer just a good reception and / or screening, to become an expression of commitment and search of a practice of solidarity, and efficient. Conclusion: The results of this study indicate the importance to equip the teams in the CRR for innovative interventions for Continuing Education, as well as by the need to create protected spaces of the staff for reflection, discussion and analysis of the impasses, limits and surpassing the biomedical model light completeness in rehabilitation. There is need to rethink and reconstruct the flow of patient at different levels of complexity of the SUS BH, thus facilitating the integration and intersectoral actions for resolving the user embracement in rehabilitation.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAAcolhimentoReabilitaçãoSistema Único de SaúdeAvaliação de Serviços de SaúdeParto HumanizadoAcolhimentoReabilitaçãoAssistência HumanizadaSistema Único de SaúdeAvaliação de Serviços de SaúdeBrasilAvanços e desafios do acolhimento na reabilitação: um estudo dos centros de referência em reabilitação da rede do sistema único de saúde do munícipio de Belo Horizonte (MG)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALFINAL_DIS_MESTRADO_SANDRAMMITRE_11.pdfFINAL_DIS_MESTRADO_SANDRAMMITRE_11.pdfapplication/pdf6107730https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45795/1/FINAL_DIS_MESTRADO_SANDRAMMITRE_11.pdf43cfd06103a4e7ebbc50a0ed34baa417MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45795/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/457952022-09-30 11:33:05.993oai:repositorio.ufmg.br:1843/45795TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-30T14:33:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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