Análise do risco de não superação da meta atuarial em fundos de previdência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruno Perez Ferreira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/CSPO-6WQDRJ
Resumo: O modelo de reforma previdenciária do setor público brasileiro, em relação ao financiamento dos compromissos dos Regimes Próprios de Previdência Social, definiu como estratégia a constituição de fundos de investimento. A política de investimentos de tais instituições financeiras deve obedecer à Resolução nº 3.244 de 2004 do Conselho Monetário Nacional. Tais determinações visam proteger os investimentos previdenciários de riscos presentes no mercado financeiro, que podem acarretar em perdas e situações em que os resultados dos investimentos não superam o desempenho mínimo, determinado pela meta atuarial. Neste sentido, verificou-se o risco de perdas financeiras e de desempenhos diários inferiores à referida meta em fundos de previdência por meio de dados relativos ao Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais - FUNPEMG e por Simulações de Monte Carlo baseadas em investimentos que atendem à resolução citada. Para efetuar a aferição dos riscos nos investimentos previdenciários foram utilizadas as técnicas Value-at-Risk, Expected Shortfall e Divergência não Planejada sobre as rentabilidades diárias apuradas por meio da curva de vencimento e da marcação a mercado dos investimentos do fundo de previdência pesquisado e pela simulação baseada em índices referenciais das tipologias de investimento regulamentadas para fundos de previdência. Os resultados para o desempenho segundo a marcação a mercado dos investimentos do FUNPEMG demonstraram cerca 1% de probabilidade de perdas médias de R$12.212,66 ao dia e que 27% das rentabilidades foram inferiores à meta atuarial. Já conforme a marcação na curva de vencimento, verificou-se 1% de probabilidade de perdas médias de R$988,33 ao dia e que 21% dos retornos não superaram a referida meta. Tais resultados foram decorrentes do risco de redução na taxa de juros, de variações em índices de inflação, perdas em fundos de renda fixa e, além disto, verificou-se a distinção da exposição a perdas aferida entre as rentabilidades segundo a curva de vencimento e a marcação a mercado. A Simulação de Monte Carlo avaliou que aproximadamente 50% dos resultados de investimentos adequados às determinações legais de fundos previdenciários não superaram a rentabilidade mínima. Estas simulações destacaram como investimentos em fundos de renda variável podem agregar volatilidade ao desempenho da carteira e que alocações em títulos relacionados à variação cambial acarretaram em perdas para os fundos previdenciários. Diante de tais aspectos, constatou-se como a análise de riscos contribui para a consolidação da política de investimentos de fundos de previdência, de maneira a proporcionar mais segurança aos recursos destinados ao pagamento de aposentadorias e outros compromissos previdenciários.
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