A segregação ocupacional por sexo no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MCCR-76AR2B
Resumo: O principal objetivo da dissertação é investigar o grau no qual o mercado de trabalho não agrícola brasileiro é segregado por sexo, que é um aspecto fundamental das desigualdades de inserção ocupacional entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Utilizando os dados das PNADs de 1981 e 1990, são verificadas a extensão e a mudança da segregação ocupacional por sexo no Brasil, discutindo algumas questões metodológicas na mensuração da segregação ocupacional, e a contribuição das mudanças na estrutura ocupacional e na composição por sexo da força de trabalho não agrícola. Através da decomposição da segregação total entre atributos (idade, anos de estudo, ramo de atividade e jornada de trabalho) dos indivíduos, comparando as estruturas e os níveis da segregação ocupacional por sexo entre subgrupos dos ocupados não agrícolas, é identificada a contribuição de cada subgrupo para a segregação ocupacional total. Visando verificar a segmentação por sexo do mercado de trabalho, é identificada uma tipologia de integração das ocupações, caracterizando os ocupados não agrícolas de acordo com sua inserção em ocupações com diferentes composições por sexo.A despeito do aumento da taxa de atividade feminina entre 1981 e 1990, os níveis de segregação ocupacional por sexo no Brasil medidos pelos índices apresentam uma variação muito pequena na década. Isto quer dizer que podemos caracterizar o aumento da atividade feminina na década de 80 como um fenômeno de expansão segregada do emprego, no qual não ocorrem mudanças significativas no padrão de inserção de homens e mulheres nos grupos de ocupações. Os mecanismos que geram as mudanças na segregação ocupacional por sexo se relacionam à interação entre as mudanças na estrutura da economia e na composição por sexo da força de trabalho. No Brasil, na década de 80, a interação entre estes componentes contrabalançou os efeitos positivos do aumento da participação feminina no mercado de trabalho.
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