$a Utilização de plantas medicinais no assentamento Ho Chi Minh (MG), do MST: pesquisa-ação

• Autor(a) principal: Ana Cimbleris Alkmim
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/VSJE-7D9QRK
• topic: Plantas medicinais; pesquisa ação; Ervas Uso terapêutico; Pesquisa Metodologia; Plantas medicinais; Pesquisa qualitativa; Farmácia

Essa pesquisa teve o propósito de contribuir na organização do conhecimento sobre as plantas medicinais no assentamento Ho Chi Minh, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Município de Nova União MG, a fim de promover educação, utilização e reflexão, que resultassem em benefícios na saúde os/asassentados/as. Para tal, optou-se pela pesquisaação. Essa pesquisa foi realizada dentro do Coletivo TERRAS, um grupo interdisciplinar que trabalha no sentido de facilitar, animar e cultivar o diálogo entre o saber formal e saber popular. Recursos metodológicos da pesquisa qualitativa foram empregados: observação militante, reflexão, diário de campo, fotografias, entrevistas e ações. Foram simultaneamente trabalhados três aspectos: 1. Elaboração de meios para executar as medidas prioritárias pedagógicas e práticas determinadas pelos/as assentados/as para melhorar a situação do uso das plantas no local; 2. Descrição do conhecimento sobre plantas medicinais corrente no assentamento, registrando o panorama atual da sua utilização; 3. Geração e aprofundamento da reflexão sobre os diversos pontos positivos e negativos do uso da fitoterapia e do uso dos medicamentos de indústria pelos/as assentados/as. Ficou perceptível a necessidade e a importância do resgate do conhecimento popular sobre as plantas medicinais para a melhoria do nível de saúde dos/as assentados/as. Há necessidade de abdicar da ingenuidade acadêmica e perceber que a ciência tem não somente o papel de descrever, mas também aquele de transformar realidades. A ampliação da relação dos Movimentos Sociais como o MST e as universidades promove um crescimento mútuo, favorecendo a formação humana dos estudantes universitários (tornando-os profissionais sensíveis à realidade brasileira) e também a formação técnico-científica dos/as militantes dos Movimentos Sociais. O diálogo é fundamental. Essa pesquisa foi mais um pequeno passo dentre outros tantos indispensáveis à libertação de todos/as, na direção de uma sociedade mais justa, participativa e igualitária.