Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Esther Angelica Coelho Costa
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7EUHU2
Resumo: COSTA, Esther Angélica. Transtornos psiquiátricos na migrânea com e sem abuso de medicações analgésicas. Belo Horizonte, 2007. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Minas Gerais. Dez a 15% da população geral sofre de migrânea e uma parte desses indivíduos abusa de medicações analgésicas. Comorbidades psiquiátricas são bem documentadas entre migranosos e geralmente estão associadas a maior impacto e pior qualidade devida, pobre resposta ao tratamento, pior prognóstico e aumento dos custos médicos. Os objetivos deste estudo são verificar a prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes que são acompanhados no ambulatório de Cefaléias do Serviço de Neurologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avaliar o impacto dessas doenças na qualidade de vida dessa população e possíveis variáveis clínicas e sóciodemográficas associadas. Ainda, comparar um grupo de pacientes com migrânea e abuso de medicações analgésicas com migranosos que não abusam de medicações analgésicas. Foi realizado um estudo de corte transversal em que se realizou entrevista psiquiátrica estruturada em 70 pacientes que preenchiam critérios da SociedadeInternacional de Cefaléias (2004) para migrânea (idade média (± DPM) de 35,5 anos (± 11,50; H/M: 4/66). Foram utilizados o MINI-Plus para diagnosticar os transtornos psiquiátricos do eixo I, as escalas BDI, HAD, HAM-A, HAM-D e MADRS como instrumentos de avaliação psicopatológica, e HIT, MIDAS e SF-36 para avaliar o impacto e a qualidade de vida nestes pacientes. Amostra foi dividida em dois grupos: 32 migranosos com abuso de analgésicos (45,7%) e 38 migranosos sem abuso de analgésicos (54,3%). Transtornos psiquiátricos foram diagnosticados em 57 pacientes (81,4%): Vinte e oito pacientes (87,5%) no grupo migrânea com abuso de analgésicos eem 29 pacientes (76,3%) no grupo sem abuso de analgésicos (p=0,23). Apenas o transtorno de somatização foi mais prevalente nos migranosos com abuso de analgésicos (n=6; 18,8%) do que nos migranosos sem abuso (n=1; 2,6%) (p< 0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos comparadoscom as escalas utilizadas, exceto para MIDAS que apresentou maiores escores no grupo com abuso do que no grupo sem abuso de analgésicos (p<0,005), o que sugere um maior impacto da cefaléia neste grupo. O estudo mostra uma freqüência elevada de transtornos psiquiátricos em pacientes com migrânea e a presença do abuso de medicações analgésicas não parece aumentar essa prevalência. No entanto, pacientes que abusam de analgésicos apresentaram maior impacto sentido pela cefaléia, medido através do MIDAS.
id UFMG_5ec620f900822c0c0ca83506add456a7
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7EUHU2
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antonio Lucio Teixeira JuniorPaulo CaramelliFábio Lopes RochaEsther Angelica Coelho Costa2019-08-10T19:54:59Z2019-08-10T19:54:59Z2007-10-25http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7EUHU2COSTA, Esther Angélica. Transtornos psiquiátricos na migrânea com e sem abuso de medicações analgésicas. Belo Horizonte, 2007. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Minas Gerais. Dez a 15% da população geral sofre de migrânea e uma parte desses indivíduos abusa de medicações analgésicas. Comorbidades psiquiátricas são bem documentadas entre migranosos e geralmente estão associadas a maior impacto e pior qualidade devida, pobre resposta ao tratamento, pior prognóstico e aumento dos custos médicos. Os objetivos deste estudo são verificar a prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes que são acompanhados no ambulatório de Cefaléias do Serviço de Neurologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avaliar o impacto dessas doenças na qualidade de vida dessa população e possíveis variáveis clínicas e sóciodemográficas associadas. Ainda, comparar um grupo de pacientes com migrânea e abuso de medicações analgésicas com migranosos que não abusam de medicações analgésicas. Foi realizado um estudo de corte transversal em que se realizou entrevista psiquiátrica estruturada em 70 pacientes que preenchiam critérios da SociedadeInternacional de Cefaléias (2004) para migrânea (idade média (± DPM) de 35,5 anos (± 11,50; H/M: 4/66). Foram utilizados o MINI-Plus para diagnosticar os transtornos psiquiátricos do eixo I, as escalas BDI, HAD, HAM-A, HAM-D e MADRS como instrumentos de avaliação psicopatológica, e HIT, MIDAS e SF-36 para avaliar o impacto e a qualidade de vida nestes pacientes. Amostra foi dividida em dois grupos: 32 migranosos com abuso de analgésicos (45,7%) e 38 migranosos sem abuso de analgésicos (54,3%). Transtornos psiquiátricos foram diagnosticados em 57 pacientes (81,4%): Vinte e oito pacientes (87,5%) no grupo migrânea com abuso de analgésicos eem 29 pacientes (76,3%) no grupo sem abuso de analgésicos (p=0,23). Apenas o transtorno de somatização foi mais prevalente nos migranosos com abuso de analgésicos (n=6; 18,8%) do que nos migranosos sem abuso (n=1; 2,6%) (p< 0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos comparadoscom as escalas utilizadas, exceto para MIDAS que apresentou maiores escores no grupo com abuso do que no grupo sem abuso de analgésicos (p<0,005), o que sugere um maior impacto da cefaléia neste grupo. O estudo mostra uma freqüência elevada de transtornos psiquiátricos em pacientes com migrânea e a presença do abuso de medicações analgésicas não parece aumentar essa prevalência. No entanto, pacientes que abusam de analgésicos apresentaram maior impacto sentido pela cefaléia, medido através do MIDAS.Ten to 15 per cent of the general population suffer from migraine and a certain percentage of these individuals will develop medication overuse. Psychiatric comorbidity has been consistent observed in migraineurs and generally increase the impact of headache and decrease quality of life, leading to worst therapeutic response, poor prognosis and increasing medical costs. The objectives of the present study are to verify the prevalence of psychiatric disorders in patients seen at the Headaches Center of Department of Neurology at Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil and to evaluate the impact of these disorders in quality of life of this population and to assess possible clinical andsocio-demographic associated variables. We also compared patients with migraine with or without analgesic medication overuse.A cross-sectional study was performed including structured psychiatricinterview in 70 individuals with migraine according to International Headache Society (mean age (± SD) 35.5 years-old (±11.50); H/M: 4/64). Mini-Plus was used for psychiatric diagnoses axis I, and BDI, HAD, HAM-D, HAM-A MADRS were the psychopathologic tools used, while HIT, MIDAS, SF-36 were used to evaluate the impact and quality of life. These individuals were divided into two groups: 32 migraineurs plus analgesic overuse (45.7%) and 38 migraineurs without analgesic overuse (54.3%). Psychiatric disorders were diagnostic in 57 patients (81.4%); 87.5%those with analgesics overuse group and 76.3 % without analgesic overuse group (p=0.23). Only somatization disorder was more prevalent in migraine plus analgesic overuse group (n=6; 18.8%) than in migraineurs without analgesic overuse (n=1; 2.6%) (p< 0.05). No statistical differences between groups assessed by scale scores, except for MIDAS, with higher scores in migraine plus analgesic overuse group than those migraineurs without analgesic overuse (p<0.05), indicating highest headaches impact in that group. This study emphasizes that high frequency of psychiatric disorders in patients with migraine and the analgesic overuse shouldnt have increased this prevalence. Nevertheless, migraineurs with analgesic overuse got a higher impact of headache, assessed by MIDAS.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGClinica médicaDiagnóstico duplo (Psiquiatria)Transtornos relacionados ao uso de substânciasTranstornos de enxaquecaQualidade de vidaAnalgésicosAnalgésicos/efeitos adversosCefaléiaComorbidade psiquiátricaAbuso de medicaçãoMigrâneaQualidade de vidaMorbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALesther_ang_lica_coelho_costa.pdfapplication/pdf370244https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7EUHU2/1/esther_ang_lica_coelho_costa.pdf236ef0802d4fb5065352b8690acd0961MD51TEXTesther_ang_lica_coelho_costa.pdf.txtesther_ang_lica_coelho_costa.pdf.txtExtracted texttext/plain167205https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7EUHU2/2/esther_ang_lica_coelho_costa.pdf.txt79f75b7e7d104a49bd9a2f2c86945296MD521843/ECJS-7EUHU22019-11-14 06:29:53.052oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7EUHU2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:29:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
title Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
spellingShingle Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
Esther Angelica Coelho Costa
Comorbidade psiquiátrica
Abuso de medicação
Migrânea
Qualidade de vida
Clinica médica
Diagnóstico duplo (Psiquiatria)
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Transtornos de enxaqueca
Qualidade de vida
Analgésicos
Analgésicos/efeitos adversos
Cefaléia
title_short Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
title_full Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
title_fullStr Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
title_full_unstemmed Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
title_sort Morbidades psiquiátricas na migrânea com e sem abuso de medicaçõesanalgésicas
author Esther Angelica Coelho Costa
author_facet Esther Angelica Coelho Costa
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antonio Lucio Teixeira Junior
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Paulo Caramelli
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fábio Lopes Rocha
dc.contributor.author.fl_str_mv Esther Angelica Coelho Costa
contributor_str_mv Antonio Lucio Teixeira Junior
Paulo Caramelli
Fábio Lopes Rocha
dc.subject.por.fl_str_mv Comorbidade psiquiátrica
Abuso de medicação
Migrânea
Qualidade de vida
topic Comorbidade psiquiátrica
Abuso de medicação
Migrânea
Qualidade de vida
Clinica médica
Diagnóstico duplo (Psiquiatria)
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Transtornos de enxaqueca
Qualidade de vida
Analgésicos
Analgésicos/efeitos adversos
Cefaléia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Clinica médica
Diagnóstico duplo (Psiquiatria)
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Transtornos de enxaqueca
Qualidade de vida
Analgésicos
Analgésicos/efeitos adversos
Cefaléia
description COSTA, Esther Angélica. Transtornos psiquiátricos na migrânea com e sem abuso de medicações analgésicas. Belo Horizonte, 2007. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Minas Gerais. Dez a 15% da população geral sofre de migrânea e uma parte desses indivíduos abusa de medicações analgésicas. Comorbidades psiquiátricas são bem documentadas entre migranosos e geralmente estão associadas a maior impacto e pior qualidade devida, pobre resposta ao tratamento, pior prognóstico e aumento dos custos médicos. Os objetivos deste estudo são verificar a prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes que são acompanhados no ambulatório de Cefaléias do Serviço de Neurologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avaliar o impacto dessas doenças na qualidade de vida dessa população e possíveis variáveis clínicas e sóciodemográficas associadas. Ainda, comparar um grupo de pacientes com migrânea e abuso de medicações analgésicas com migranosos que não abusam de medicações analgésicas. Foi realizado um estudo de corte transversal em que se realizou entrevista psiquiátrica estruturada em 70 pacientes que preenchiam critérios da SociedadeInternacional de Cefaléias (2004) para migrânea (idade média (± DPM) de 35,5 anos (± 11,50; H/M: 4/66). Foram utilizados o MINI-Plus para diagnosticar os transtornos psiquiátricos do eixo I, as escalas BDI, HAD, HAM-A, HAM-D e MADRS como instrumentos de avaliação psicopatológica, e HIT, MIDAS e SF-36 para avaliar o impacto e a qualidade de vida nestes pacientes. Amostra foi dividida em dois grupos: 32 migranosos com abuso de analgésicos (45,7%) e 38 migranosos sem abuso de analgésicos (54,3%). Transtornos psiquiátricos foram diagnosticados em 57 pacientes (81,4%): Vinte e oito pacientes (87,5%) no grupo migrânea com abuso de analgésicos eem 29 pacientes (76,3%) no grupo sem abuso de analgésicos (p=0,23). Apenas o transtorno de somatização foi mais prevalente nos migranosos com abuso de analgésicos (n=6; 18,8%) do que nos migranosos sem abuso (n=1; 2,6%) (p< 0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos comparadoscom as escalas utilizadas, exceto para MIDAS que apresentou maiores escores no grupo com abuso do que no grupo sem abuso de analgésicos (p<0,005), o que sugere um maior impacto da cefaléia neste grupo. O estudo mostra uma freqüência elevada de transtornos psiquiátricos em pacientes com migrânea e a presença do abuso de medicações analgésicas não parece aumentar essa prevalência. No entanto, pacientes que abusam de analgésicos apresentaram maior impacto sentido pela cefaléia, medido através do MIDAS.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-10-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T19:54:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T19:54:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7EUHU2
url http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7EUHU2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7EUHU2/1/esther_ang_lica_coelho_costa.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7EUHU2/2/esther_ang_lica_coelho_costa.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 236ef0802d4fb5065352b8690acd0961
79f75b7e7d104a49bd9a2f2c86945296
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589223169654784