Os quantificadores a few e few: questões de interlíngua e prosódia semântica em corpus de aprendizes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9MQQ4B |
Resumo: | A pesquisa aqui descrita foi conduzida à luz do que já foi realizado por pesquisadores (GRANGER; TRIBBLE, 1998) que se interessam pela produção escrita de aprendizes de inglês. O objetivo geral foi o de verificar e descrever a interlíngua dos aprendizes brasileiros de inglês em nível intermediário-avançado, especificamente quanto ao uso que eles fazem das expressões quantificadoras a few e few em suas produções escritas. Utilizando os dados do Br-ICLE, subcorpus brasileiro do International Corpus of Learner English (ICLE), foram feitas análises que permitiram vislumbrar esse uso não somente em nível gramatical como também em nível de prosódia semântica. Similarmente, foram analisados dados provenientes do corpus de nativos equivalente ao ICLE, o Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS) para fins comparativos. Recorreu-se, também, ao COCA acadêmico como outro corpus de referência para a descrição do uso que os nativos fazem dos quantificadores em estudo. Os dados do Br-ICLE e do LOCNESS foram tratados qualitativamente por meio de análises manuais do contexto expandido das linhas de concordância com o nódulo few. Foram identificadas e comparadas colocações que se mostraram adequadas, em consonância com o uso dos nativos, e que se mostraram inadequadas, apresentando desvios que foram sistematizados e comentados. O tipo de inadequação que recebeu tratamento especial foi a concernente à manifestação da prosódia semântica. Foi detectado que no corpus dos nativos houve um considerável número de ocorrências da colocação very few para expressar prosódia semântica negativa, fato não verificado no Br-ICLE, atestando subuso dessa colocação pelos aprendizes. Quantitativamente, os resultados obtidos nesse trabalho foram descritos em porcentagens e o subuso identificado recebeu validação por meio de teste estatístico. A fim de averiguar a extensão da influência da língua materna no uso que os aprendizes fizeram dos quantificadores, especialmente mediante a interface com a prosódia semântica, foi compilado o Corpus de Redações Acadêmicas em Português (Co-RAP), de tamanho semelhante ao Br- ICLE e ao LOCNESS, e também foi utilizado o Corpus do Português (online) para demais consultas. A conclusão foi a de que os falantes brasileiros, em suas produções escritas, não fazem um vasto uso de muito poucos(as), que seria a colocação correspondente a very few, e isso pode interferir em suas escolhas lexicais na língua-alvo. Por fim, foi sugerida, aos moldes dos princípios da Aprendizagem Movida por Dados (JOHNS, 1994), uma atividade que estimula a identificação de padrões léxico-gramaticais para os quantificadores investigados, e também foram sugeridos caminhos para próximas pesquisas. |
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Deise Prina DutraHeliana Ribeiro de MelloTania Maria Granja ShepherdRejane Wagner Protzner Silero2019-08-14T21:38:40Z2019-08-14T21:38:40Z2014-06-06http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9MQQ4BA pesquisa aqui descrita foi conduzida à luz do que já foi realizado por pesquisadores (GRANGER; TRIBBLE, 1998) que se interessam pela produção escrita de aprendizes de inglês. O objetivo geral foi o de verificar e descrever a interlíngua dos aprendizes brasileiros de inglês em nível intermediário-avançado, especificamente quanto ao uso que eles fazem das expressões quantificadoras a few e few em suas produções escritas. Utilizando os dados do Br-ICLE, subcorpus brasileiro do International Corpus of Learner English (ICLE), foram feitas análises que permitiram vislumbrar esse uso não somente em nível gramatical como também em nível de prosódia semântica. Similarmente, foram analisados dados provenientes do corpus de nativos equivalente ao ICLE, o Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS) para fins comparativos. Recorreu-se, também, ao COCA acadêmico como outro corpus de referência para a descrição do uso que os nativos fazem dos quantificadores em estudo. Os dados do Br-ICLE e do LOCNESS foram tratados qualitativamente por meio de análises manuais do contexto expandido das linhas de concordância com o nódulo few. Foram identificadas e comparadas colocações que se mostraram adequadas, em consonância com o uso dos nativos, e que se mostraram inadequadas, apresentando desvios que foram sistematizados e comentados. O tipo de inadequação que recebeu tratamento especial foi a concernente à manifestação da prosódia semântica. Foi detectado que no corpus dos nativos houve um considerável número de ocorrências da colocação very few para expressar prosódia semântica negativa, fato não verificado no Br-ICLE, atestando subuso dessa colocação pelos aprendizes. Quantitativamente, os resultados obtidos nesse trabalho foram descritos em porcentagens e o subuso identificado recebeu validação por meio de teste estatístico. A fim de averiguar a extensão da influência da língua materna no uso que os aprendizes fizeram dos quantificadores, especialmente mediante a interface com a prosódia semântica, foi compilado o Corpus de Redações Acadêmicas em Português (Co-RAP), de tamanho semelhante ao Br- ICLE e ao LOCNESS, e também foi utilizado o Corpus do Português (online) para demais consultas. A conclusão foi a de que os falantes brasileiros, em suas produções escritas, não fazem um vasto uso de muito poucos(as), que seria a colocação correspondente a very few, e isso pode interferir em suas escolhas lexicais na língua-alvo. Por fim, foi sugerida, aos moldes dos princípios da Aprendizagem Movida por Dados (JOHNS, 1994), uma atividade que estimula a identificação de padrões léxico-gramaticais para os quantificadores investigados, e também foram sugeridos caminhos para próximas pesquisas.The investigation described here was carried out under the light of what has been done by researchers (GRANGER; TRIBBLE, 1998) who are interested in learner English writing. The main goal was to verify and describe the upper-intermediate Brazilian learners interlanguage, specifically concerning the use of the quantifying expressions a few and few. Data from Br- ICLE, the Brazilian subcorpus of the International Corpus of Learner English (ICLE) was analyzed so as to enable description both on the grammatical level and on the level of semantic prosody. Similarly, data from the Louvain Corpus of Native English Essays (LOCNESS), which was built to be the native equivalent for ICLE, was analyzed and used for comparisons. It was also necessary to resort to the academic section of COCA as another reference corpus in order to describe the way native speakers use the quantifiers being studied. The data from both Br-ICLE and LOCNESS were treated qualitatively, through manual analyses of the expanded context of concordance lines whose node word was few. The following sorts of collocations were identified and compared: the collocations that appeared adequate, that is, compatible with native speakers use; and the ones that appeared inadequate, that is, showing deviations that were further systematized and discussed. The type of inadequacy that received special treatment was the one related to the surfacing of semantic prosody. In the native speakers corpus, the collocation very few was often used to express negative semantic prosody; however, this was not attested in the Br-ICLE, which leads to the understanding that such collocation was underused by the learners in similar contexts. Quantitatively, the results of this research were described in percentages, and the diagnosed underuse was validated through statistical testing. In order to gauge the extent to which the mother tongue influences the expression of semantic prosody in the target language, another corpus, whose size is on a par with Br-ICLE and LOCNESS, was compiled: the Co-RAP, which stands for Corpus of Academic Essays in Portuguese (Brazilian Portuguese). Also, the online platform of Corpus do Português was used for further necessary searches. The conclusion drawn was that, in their writing, Brazilians do not seem to widely use muito poucos(as), which is the correspondent collocation in Portuguese to very few, and this may influence their lexical choices when writing in English. Lastly, following the tenets of Data- Driven Learning (JOHNS, 1994), a classroom activity that encourages the recognition of lexico-grammatical patterns was suggested, and promising pathways to future research were mentioned as well.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLíngua inglesa SemânticaAquisição de segunda linguagemInterlíngua (Aprendizagem de línguas)Língua inglesa Estudo e ensino (Superior) Falantes estrangeirosProsódia semânticaCorpus de aprendizesLéxico-gramáticaInterlínguaOs quantificadores a few e few: questões de interlíngua e prosódia semântica em corpus de aprendizesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALos_quantificadores_a_few_e_few.pdfapplication/pdf15097417https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9MQQ4B/1/os_quantificadores_a_few_e_few.pdf40a4a4886c8a3a1b1c55979ce4b13638MD51TEXTos_quantificadores_a_few_e_few.pdf.txtos_quantificadores_a_few_e_few.pdf.txtExtracted texttext/plain209898https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9MQQ4B/2/os_quantificadores_a_few_e_few.pdf.txt520c23e4c67acd70cddadfd88a758e78MD521843/MGSS-9MQQ4B2019-11-14 16:20:26.045oai:repositorio.ufmg.br:1843/MGSS-9MQQ4BRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:20:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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