Taxonomia integrativa de trematódeos da superfamília Paramphistomoidea encontrados em ruminantes abatidos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: André Schultz Lopes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/64787
Resumo: Apesar da importância econômica da pecuária para o Brasil, os helmintos parasitos de gado ainda persistem como agentes infecciosos que podem impactar a produção de carne, lã, leite e derivados. Entre os diferentes trematódeos que infectam ruminantes, destacam-se os representantes da superfamília Paramphistomoidea Fischoeder, 1901, os quais possuem reconhecido potencial patogênico. No Brasil, apesar de registros da ocorrência de diferentes espécies, principalmente na região Sul do país, há ainda muitas lacunas a serem preenchidas no que se refere à taxonomia e biologia desses helmintos. Assim, o presente estudo teve como objetivo identificar, através de uma abordagem integrativa, os trematódeos encontrados em rumens de bovinos e ovinos de produção provenientes da zona rural de Jaguarão, Pelotas e Rio Grande e abatidos para consumo em Pelotas, RS, entre maio e julho de 2022. Os parasitos obtidos foram separados por morfotipos, contados e fixados para estudos morfológicos e moleculares. Para as análises morfológicas, paranfístomos obtidos em cada localidade ou espécie de hospedeiro foram processados através de diferentes técnicas helmintológicas recomendadas para esse grupo zoológico, incluindo a realização de cortes histológicos, coloração e montagem de lâminas permanentes. Estas preparações foram analisadas através de microscopia de luz, sendo realizada a caracterização morfológica, análises morfométricas e o registro fotográfico. A identificação morfológica foi realizada com o auxílio de chaves taxonômicas e descrições disponíveis na literatura. Os estudos moleculares de amostras de parasitos de diferentes morfotipos, localidades e hospedeiros (n= 11), consistiram na extração de DNA, seguida de PCR e sequenciamento de regiões do gene nuclear 28S rDNA, da região ITS-2 e de duas regiões gene mitocondrial cox-1 (barcode e pós-barcode). As sequências obtidas foram comparadas com dados disponíveis no GenBank para representantes da superfamília Paramphistomoidea e utilizadas em análises filogenéticas. No total, 25 amostras de rumens apresentando parasitos foram analisadas, sendo obtido um total de 2969 trematódeos na parede interna dos órgãos. Dois morfotipos de paranfístomos foram identificados. O primeiro, presente em 100% das amostras obtidas, foi identificado como Paramphistomum leydeni Nasmark, 1937. O estudo morfológico possibilitou a visualização de estruturas diagnósticas da espécie, como a presença de papilas tegumentares em fileiras concentradas na extremidade anterior do corpo e genitália terminal do tipo leydeni. As análises moleculares realizadas com o marcador ITS-2 revelaram uma similaridade de 100% em relação a isolados de P. leydeni oriundos da Argentina, China, Turquia e Uruguai. Já com o marcador cox-1, os isolados do Brasil apresentaram divergências genéticas entre 0,19-3,21% em relação a isolados de P. leydeni da Europa, suportando a identificação morfológica. Além disso, nas análises filogenéticas realizadas para esse marcador, foi verificado o agrupamento em um clado bem suportado com P. leydeni da China, mas com valores de divergência genética maiores (5,47-6,23%). O segundo morfotipo, identificado como Balanorchis anastrophus Fischoeder, 1901, foi encontrado em cinco rumens (20%). Sua identificação morfológica se deu pela observação de características diagnósticas dos Balanorchiidae Stunkard, 1925, incluindo papilas longas e ramificadas ao redor da abertura oral, sacos faringeais extramurais, genitália terminal formando uma bolsa do cirro na porção pré-medial do corpo, útero e ovário pré-testiculares e ausência de papilas genitais. As topologias das árvores filogenéticas obtidas e as elevadas divergências genéticas verificadas para os diferentes marcadores avaliados suportaram a separação de Balanorchiidae de outros paranfístomos de ruminantes. O presente estudo confirma molecularmente a ocorrência de P. leydeni no Brasil, além de apresentar as primeiras sequências de exemplares do Brasil. Ademais, são obtidas as primeiras sequências moleculares de B. anastrophus, além de avaliar-se pela primeira vez sua posição filogenética.
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Assim, o presente estudo teve como objetivo identificar, através de uma abordagem integrativa, os trematódeos encontrados em rumens de bovinos e ovinos de produção provenientes da zona rural de Jaguarão, Pelotas e Rio Grande e abatidos para consumo em Pelotas, RS, entre maio e julho de 2022. Os parasitos obtidos foram separados por morfotipos, contados e fixados para estudos morfológicos e moleculares. Para as análises morfológicas, paranfístomos obtidos em cada localidade ou espécie de hospedeiro foram processados através de diferentes técnicas helmintológicas recomendadas para esse grupo zoológico, incluindo a realização de cortes histológicos, coloração e montagem de lâminas permanentes. Estas preparações foram analisadas através de microscopia de luz, sendo realizada a caracterização morfológica, análises morfométricas e o registro fotográfico. A identificação morfológica foi realizada com o auxílio de chaves taxonômicas e descrições disponíveis na literatura. 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As análises moleculares realizadas com o marcador ITS-2 revelaram uma similaridade de 100% em relação a isolados de P. leydeni oriundos da Argentina, China, Turquia e Uruguai. Já com o marcador cox-1, os isolados do Brasil apresentaram divergências genéticas entre 0,19-3,21% em relação a isolados de P. leydeni da Europa, suportando a identificação morfológica. Além disso, nas análises filogenéticas realizadas para esse marcador, foi verificado o agrupamento em um clado bem suportado com P. leydeni da China, mas com valores de divergência genética maiores (5,47-6,23%). O segundo morfotipo, identificado como Balanorchis anastrophus Fischoeder, 1901, foi encontrado em cinco rumens (20%). Sua identificação morfológica se deu pela observação de características diagnósticas dos Balanorchiidae Stunkard, 1925, incluindo papilas longas e ramificadas ao redor da abertura oral, sacos faringeais extramurais, genitália terminal formando uma bolsa do cirro na porção pré-medial do corpo, útero e ovário pré-testiculares e ausência de papilas genitais. As topologias das árvores filogenéticas obtidas e as elevadas divergências genéticas verificadas para os diferentes marcadores avaliados suportaram a separação de Balanorchiidae de outros paranfístomos de ruminantes. O presente estudo confirma molecularmente a ocorrência de P. leydeni no Brasil, além de apresentar as primeiras sequências de exemplares do Brasil. Ademais, são obtidas as primeiras sequências moleculares de B. anastrophus, além de avaliar-se pela primeira vez sua posição filogenética.Despite the importance of livestock production to Brazil’s economy, cattle flukes are still some of the most harmful infectious agents that may affect meat, wool, milk and dairy production. Among the different trematodes that infect ruminants, the Paramphistomoidea Fischoeder, 1901 stand out for having a recognized pathogenic potential. In Brazil, despite several species being reported throughout the years, especially in the southern region, there are still several gaps when it comes to the taxonomy and biology of these helminths. Having said that, the present study aimed to identify, using an integrative approach, rumen flukes collected from slaughtered cows and sheep from the countryside of Jaguarão, Pelotas and Rio Grande, RS, between May and July of 2022. Recovered parasites were split by morphotypes, counted and fixed for morphological and molecular studies. For morphological analyses, amphistomes obtained from each city or host species were studied through different helminthologic techniques for this taxonomic group, including histological cuts, staining and mounting between glass slides and coverslips. The resulting histological cuts were observed through light microscopy, where morphological and morphometrical analyses were performed, alongside-e photographic records. Morphological identification was achieved through the use of taxonomic keys and descriptions available on previous literature. Molecular characterization evaluated parasite of different morphotypes, locations and hosts (n=11), consisting of DNA extraction, followed by PCR and sequencing of regions of the 28S rDNA nuclear gene, ITS-2 region and two regions of the cox-1 mitochondrial gene (barcode and post-barcode). Resulting sequences were compared to data available on GenBank for members of the superfamily Paramphistomoidea and utilized on phylogenetical analyses. In total, 25 rumen samples containing parasites were collected, with a total of 2969 flukes being found on the internal wall of the organs. Two morphotypes of paramphistomes were identified. The first, which was present in all rumen samples, was identified as Paramphistomum leydeni Nasmark, 1937. Morphological studies allowed the observation of diagnostic characteristics of the species, such as tegumental papillae in rows concentrated on the anterior portion of the body and terminal genitalia of the leydeni type. Molecular studies of the ITS-2 marker revealed a 100% similarity with P. leydeni isolates from Argentina, China, Turkey and Uruguay. When it comes to the cox-1 marker, the samples from Brazil diverged between 0.19-3.21% from European samples of P. leydeni, supporting the morphological identification. Beyond that, the cox-1 phylogeny revealed a well-supported branch including Chinese samples of P. leydeni, but with higher divergence values (5.47- 6.23%). The second morphotype, identified as Balanorchis anastrophus Fischoeder, 1901, was found in five rumens (20%). Morphological identification was based on diagnostic characteristics of the Balanorchiidae Stunkard, 1925, which include long, branched papillae around the oral opening, extramural faringeal sacs, terminal genitalia forming a cirrus pouch in the pre-medial portion of the body, uterus and ovary pre-testicular and genital papillae absent. Topology of the phylogenetic trees obtained and the high genetic divergences observed for different molecular markers support the separation of the Balanorchiidae from other paramphistomids of ruminants. The present study confirms the occurrence of P. leydeni in Brazil through the use of molecular studies, in addition to presenting the first molecular sequences of this species from Brazil. Furthermore, the first molecular sequences of B. anastrophus were obtained and its phylogenetic position was evaluated for the first time.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIAParasitologiaParamphistomatidaeTrematódeosTaxonomiaPecuáriaRuminantesparamphistomidaebalanorchiidaepecuáriaruminantestaxonomiatrematódeosTaxonomia integrativa de trematódeos da superfamília Paramphistomoidea encontrados em ruminantes abatidos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, BrasilIntegrative taxonomy of trematodes of the superfamily Paramphistomoidea found in ruminants slaughtered in the city of Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação André Schultz Lopes.pdfDissertação André Schultz Lopes.pdfapplication/pdf2900301https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/64787/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Andr%c3%a9%20Schultz%20Lopes.pdfab1627e8256defa952cb26698e1f0e7fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/64787/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/647872024-02-27 12:55:18.146oai:repositorio.ufmg.br:1843/64787TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-02-27T15:55:18Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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