Instabilidade financeira no espaço: uma abordagem monetária da dinâmica econômica regional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teofilo Henrique Pereira de Paula
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/AMSA-7Q3PP7
Resumo: Este trabalho considera a moeda um elemento ativo no processo de alocação regional dos recursos produtivos. Não obstante, propõe uma abordagem alternativa para o problema da determinação da preferência pela liquidez no espaço. Para isso, sugere inicialmente a introdução de uma dimensão temporal na definição de centro e de periferia, sob o argumento de que a forma como a preferência pela liquidez regional se comporta frente às instabilidades intrínsecas ao sistema econômico é uma característica do grau de centralidade da referida região. Uma implicação fundamental desta perspectiva é de que a relação entre preferência pela liquidez e grau de centralidade pode ser descrita como uma parábola côncava em relação ao eixo horizontal, ao invés de uma reta negativamente inclinada como atesta a literatura pós-keynesiana sobre o tema. Este seria o resultado de um equilíbrio estável sub-ótimo, característica de regiões periféricas situadas no extremo do gradiente centro-periferia. Num segundo momento a relação entre moeda e espaço é estudada a partir da implementação computacional de um modelo de simulação baseado em agentes (agent-based model). Inicialmente é simulada a emergência de uma crise financeira tipicamente minskyana, para então serem analisados os seus desdobramentos no espaço. Os resultados obtidos podem ser sumarizados em dois pontos, a saber: i) o spread bancário se revelou um fator locacional relevante ao ser capaz de, por si só, gerar padrões de concentração espacial condizentes com fatos estilizados e; ii) crises financeiras têm impactos diferenciados no espaço, contribuindo, particularmente, para a perpetuação do desenvolvimento desigual. Em termos normativos, tais resultados sugerem a necessidade de introdução de elementos regionalmente diferenciados na política monetária.
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