Ocular vestibular evoked myogenic potential (VEMP) reveals mesencephalic HTLV-1- associated neurological disease

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tatiana Rochasilva
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Ludimila Labanca, Júlia Fonseca de Morais Caporali, Luciana Macedo de Resende, Denise Utsch Gonçalves, Marco Aurélio Rocha Santos, Rafael Teixeira Scoralick Dias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/40445
Resumo: Objetivo O Potencial Evocado Miogênico Vestibular (VEMP) avalia os reflexos vestíbulo-oculares e vestíbulo-cólico envolvidos na função dos órgãos otolíticos e suas vias aferentes. Comparamos os resultados do VEMP cervical e ocular na mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM) e na infecção assintomática pelo HTLV-1. Participantes e métodos Este estudo transversal incluiu 52 indivíduos infectados pelo HTLV-1 (26 HAM e 26 portadores assintomáticos) e 26 controles soronegativos. Os grupos foram semelhantes quanto à idade e sexo. Os participantes foram submetidos ao VEMP ocular e cervical simultâneo. O estímulo para gerar o VEMP foi um tone burst de som de baixa frequência, com intensidade de 120 decibéis de nível de audição normalizado, filtro passa-banda de 10 a 1.500 Hertz (Hz), com 100 estímulos a 500 Hz e tempo de gravação de 50 milissegundos. As latências das ondas eletrofisiológicas P13 e N23 para VEMP cervical e ondas N10 e P15 para VEMP ocular foram comparadas entre os grupos. A ausência ou atraso das ondas eletrofisiológicas foram considerados resultados anormais. Resultados O VEMP ocular foi semelhante entre os grupos para N10 (p = 0,375) e diferente para P15 (p≤0,001). O VEMP cervical foi diferente para P13 (p = 0,001) e N23 (p = 0,003). Sobre o VEMP ocular, no grupo HTLV-1 assintomático, foram encontradas ondas normais em 23(88,5%) indivíduos; no grupo HAM, ondas normais foram encontradas em 7(26,9%). Sobre o VEMP cervical, 18(69,2%) portadores assintomáticos apresentaram ondas normais e apenas 3(11,5%) pacientes com HAM apresentaram ondas normais. Anormalidades em ambos os VEMPs foram encontradas em 1(3,8%) portador assintomático e em 16(61,5%) pacientes com HAM. Conclusão O comprometimento neurológico na HAM não se restringiu à medula espinhal. As conexões mesencefálicas, testadas pelo VEMP ocular, também foram alteradas. A lesão do sistema oculomotor, responsável pela estabilização ocular durante os movimentos da cabeça e do corpo, pode explicar por que a tontura é uma queixa tão frequente na HAM.
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O estímulo para gerar o VEMP foi um tone burst de som de baixa frequência, com intensidade de 120 decibéis de nível de audição normalizado, filtro passa-banda de 10 a 1.500 Hertz (Hz), com 100 estímulos a 500 Hz e tempo de gravação de 50 milissegundos. As latências das ondas eletrofisiológicas P13 e N23 para VEMP cervical e ondas N10 e P15 para VEMP ocular foram comparadas entre os grupos. A ausência ou atraso das ondas eletrofisiológicas foram considerados resultados anormais. Resultados O VEMP ocular foi semelhante entre os grupos para N10 (p = 0,375) e diferente para P15 (p≤0,001). O VEMP cervical foi diferente para P13 (p = 0,001) e N23 (p = 0,003). Sobre o VEMP ocular, no grupo HTLV-1 assintomático, foram encontradas ondas normais em 23(88,5%) indivíduos; no grupo HAM, ondas normais foram encontradas em 7(26,9%). Sobre o VEMP cervical, 18(69,2%) portadores assintomáticos apresentaram ondas normais e apenas 3(11,5%) pacientes com HAM apresentaram ondas normais. Anormalidades em ambos os VEMPs foram encontradas em 1(3,8%) portador assintomático e em 16(61,5%) pacientes com HAM. Conclusão O comprometimento neurológico na HAM não se restringiu à medula espinhal. As conexões mesencefálicas, testadas pelo VEMP ocular, também foram alteradas. A lesão do sistema oculomotor, responsável pela estabilização ocular durante os movimentos da cabeça e do corpo, pode explicar por que a tontura é uma queixa tão frequente na HAM.Purpose Vestibular Myogenic Evoked Potential (VEMP) evaluates vestibulo-ocular and vestibulo-collic reflexes involved in the function of the otolithic organs and their afferent pathways. We compared the results of cervical and ocular VEMP in HTLV-1 associated myelopathy (HAM) and HTLV-1-asymptomatic infection. Participants and methods This cross-sectional study included 52 HTLV-1-infected individuals (26 HAM and 26 asymptomatic carriers) and 26 seronegative controls. The groups were similar regarding age and gender. Participants underwent simultaneous ocular and cervical VEMP. The stimulus to generate VEMP was a low-frequency tone burst sound tone burst, with an intensity of 120 decibels normalized hearing level, bandpass filter from 10 to 1,500 Hertz (Hz), with 100 stimuli at 500 Hz and 50 milliseconds recording time. The latencies of the electrophysiological waves P13 and N23 for cervical VEMP and N10 and P15 waves for ocular VEMP were compared among the groups. The absence or delay of the electrophysiological waves were considered abnormal results. Results Ocular VEMP was similar among the groups for N10 (p = 0.375) and different for P15 (p≤0.001). Cervical VEMP was different for P13 (p = 0.001) and N23 (p = 0.003). About ocular VEMP, in the HTLV-1-asymptomatic group, normal waves were found in 23(88.5%) individuals; in HAM group, normal waves were found in 7(26.9%). About cervical VEMP, 18(69.2%) asymptomatic carriers presented normal waves and only 3(11.5%) patients with HAM presented normal waves. Abnormalities in both VEMPs were found in 1(3.8%) asymptomatic carrier and in 16(61.5%) patients with HAM. Conclusion Neurological impairment in HAM was not restricted to the spinal cord. The mesencephalic connections, tested by ocular VEMP, have been also altered. Damage of the oculomotor system, responsible for eye stabilization during head and body movements, may explain why dizziness is such a frequent complaint in HAM.Universidade Federal de Minas GeraisBrasilMED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICAMED - DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIAMED - DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIAUFMG2022-03-24T20:33:41Z2022-03-24T20:33:41Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlepdfapplication/pdf10.1371/journal.pone.02173271932-6203http://hdl.handle.net/1843/40445engPlos oneTatiana RochasilvaLudimila LabancaJúlia Fonseca de Morais CaporaliLuciana Macedo de ResendeDenise Utsch GonçalvesMarco Aurélio Rocha SantosRafael Teixeira Scoralick Diasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2022-03-24T20:33:41Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/40445Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2022-03-24T20:33:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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