Estrutura populacional e diversidade de variações em número de cópias (CNVs) de genes do sistema imune em populações nativas da América do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-94NH77 |
Resumo: | Regiões variáveis em número de cópias (CNVRS) são formalmente definidas como segmentos de DNA que variam de um kilobase a vários megabases de tamanho e apresentam variações em número de cópias em relação a uma sequência referência, cujo valor usual de cópias é 2. Essas regiões representam uma parte significativa da variação genética humana, onde os graus de diversidade global e os padrões de estrutura genética se assemelham ao observ/ado em análises de polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphisms, SNPS). Podem estar presentes em regiões genômicas que envolvem genes sensíveis a dosagem, cujos impactos funcionais são responsáveis pelas associações entre variantes de número de cópias (CNVS) raras e comuns e uma variedade de doenças genéticas complexas. No presente trabalho nos propusemos a estimar a diversidade de genes que apresentam variação de número de cópias no genoma de populações nativas, cuja amostragem e sempre sub-representada nos grandes estudos genéticos e imitada às populações disponíveis no painel comercia HGDP-CEPH. Analisamos a distribuição de frequência de CNVS muticópias do cluster de beta defensinas, genes CCL3L1/CCL4L1, FCGR3A, FCGR3B e FCGR2C e as variantes alélicas FCGR3B-HNA1a/1b, FCGR2C-Q57X e Clado I e II do gene DEFB103, em um grande conjunto de amostras autóctones de nativos americanos peruanos das populações de Ashaninka, Monte Carmelo, Shimaa e Quéchua, utilizando o técnica de Paralogue Ratio Test. Os resultados foram comparados com dados disponíveis na literatura para se investigar a existência de distribuições diferenciais de diplótipos em nativos sul-americanos, e acrescentar novas informações sobre a diversidade genética de CNVS do continente. Os resultados mostraram que os ameríndios tendem a apresentar uma maior frequência de eventos de deleções no gene FCGR3B, um aumento da frequência do alótipo FCGR3B-HNA1a, assim como de duplicações do número de cópias da região CCL3L1/CCL4L1. Especialmente, a população Shimaa mostra uma maior frequência do diplótipo 7 cópias na região de beta-defensinas. Estes resultados representam possíveis impactos funcionais dos genes envolvidos na resposta imunológica destas populações apresentadas no contexto evolutivo da diversidade genômica gobal, com futuras implicações para estudos epidemiológicos de suscetibilidade a doenças autoimunes e infecciosas. |
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Eduardo Martin Tarazona SantosLavinia Schüler FacciniAlessandra PontilloTiago R MagalhãesClaudia Teixeira GuimaraesLuciana Werneck Zuccherato2019-08-11T07:56:10Z2019-08-11T07:56:10Z2012-11-28http://hdl.handle.net/1843/BUOS-94NH77Regiões variáveis em número de cópias (CNVRS) são formalmente definidas como segmentos de DNA que variam de um kilobase a vários megabases de tamanho e apresentam variações em número de cópias em relação a uma sequência referência, cujo valor usual de cópias é 2. Essas regiões representam uma parte significativa da variação genética humana, onde os graus de diversidade global e os padrões de estrutura genética se assemelham ao observ/ado em análises de polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphisms, SNPS). 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Estes resultados representam possíveis impactos funcionais dos genes envolvidos na resposta imunológica destas populações apresentadas no contexto evolutivo da diversidade genômica gobal, com futuras implicações para estudos epidemiológicos de suscetibilidade a doenças autoimunes e infecciosas.Copy number variablle regions (CNVRs) are formally defined as a segment of DNA ranging from one kilobase to several megabases in size and with variable copy number in comparison to the usual copy number of two of a reference genome. These regions represent a significant part of human genetic variation and reveal degrees of diversity and overall patterns of genetic structure comparable to single nucleotide polymorphism (SNP) diversity. Their presence in genomic regions harboring dosage-sensitive genes may have functional impacts that account for associations between rare and common copy numbervariation (CNV) and a variety of comp ex genetic diseases. In the present study we aimed to estimate the diversity of genes that show CNV inNative American populations whose sampling is aways underrepresented in genetic studies and limited to populations from the HGDP CEPH commercial panel. We analyzed the frequency distribution of the muticopy immune system beta-defensin region, CCL3L1/CCL4L1, FCGR3A, FCGR3B and FCGR2C genes, and the allelic variants FCGR3B-HNA1a/1b, FCGR2C-Q57X and DEFB103-CladeI/II in a large sample set of autochthonous Peruvian Native Americans Ashaninka, Monte Carmelo and Shimaa populations using the Paralogue Ratio Test (PRT) technique. The results were compared to published data to investigate the existence of differentiall diplotype distributions in NativeAmericans from South Americans and brought up to date information concerning their CNV diversity. Amerindians tend to display an increased frequency of deletion events in the FCGR3B gene and of the FCGR3B HNA1a alotype, and duplication of CCL3L1/CCL4L1 copy number. Especially, the Shimaa population shows a higher frequency of the sevencopies diplotype at the beta-defensin region. These results posit possible impacts to expression profiles of the involved immunegenes in the presented population in the context of evolutionary global genomic diversity, with implications for future epidemiological studies on susceptibility to autoimmune and infectious diseases.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSistema ImuneNativosAmérica do Sul NativosGenéticaGenética de populaçõesGenéticaEstrutura populacional e diversidade de variações em número de cópias (CNVs) de genes do sistema imune em populações nativas da América do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALluciana_zuccherato_tese2012.pdfapplication/pdf235021https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-94NH77/1/luciana_zuccherato_tese2012.pdf8ec3485461a831d5f2fa67500f3d8141MD51TEXTluciana_zuccherato_tese2012.pdf.txtluciana_zuccherato_tese2012.pdf.txtExtracted texttext/plain16125https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-94NH77/2/luciana_zuccherato_tese2012.pdf.txt38e9c6105e0bcaf18c530d9f321d2ee3MD521843/BUOS-94NH772020-01-29 15:07:19.887oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-94NH77Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-29T18:07:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Regiões variáveis em número de cópias (CNVRS) são formalmente definidas como segmentos de DNA que variam de um kilobase a vários megabases de tamanho e apresentam variações em número de cópias em relação a uma sequência referência, cujo valor usual de cópias é 2. Essas regiões representam uma parte significativa da variação genética humana, onde os graus de diversidade global e os padrões de estrutura genética se assemelham ao observ/ado em análises de polimorfismos de nucleotídeo único (Single Nucleotide Polymorphisms, SNPS). Podem estar presentes em regiões genômicas que envolvem genes sensíveis a dosagem, cujos impactos funcionais são responsáveis pelas associações entre variantes de número de cópias (CNVS) raras e comuns e uma variedade de doenças genéticas complexas. No presente trabalho nos propusemos a estimar a diversidade de genes que apresentam variação de número de cópias no genoma de populações nativas, cuja amostragem e sempre sub-representada nos grandes estudos genéticos e imitada às populações disponíveis no painel comercia HGDP-CEPH. Analisamos a distribuição de frequência de CNVS muticópias do cluster de beta defensinas, genes CCL3L1/CCL4L1, FCGR3A, FCGR3B e FCGR2C e as variantes alélicas FCGR3B-HNA1a/1b, FCGR2C-Q57X e Clado I e II do gene DEFB103, em um grande conjunto de amostras autóctones de nativos americanos peruanos das populações de Ashaninka, Monte Carmelo, Shimaa e Quéchua, utilizando o técnica de Paralogue Ratio Test. Os resultados foram comparados com dados disponíveis na literatura para se investigar a existência de distribuições diferenciais de diplótipos em nativos sul-americanos, e acrescentar novas informações sobre a diversidade genética de CNVS do continente. Os resultados mostraram que os ameríndios tendem a apresentar uma maior frequência de eventos de deleções no gene FCGR3B, um aumento da frequência do alótipo FCGR3B-HNA1a, assim como de duplicações do número de cópias da região CCL3L1/CCL4L1. Especialmente, a população Shimaa mostra uma maior frequência do diplótipo 7 cópias na região de beta-defensinas. Estes resultados representam possíveis impactos funcionais dos genes envolvidos na resposta imunológica destas populações apresentadas no contexto evolutivo da diversidade genômica gobal, com futuras implicações para estudos epidemiológicos de suscetibilidade a doenças autoimunes e infecciosas. |
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