Axiotopônimos: um estudo dos logradouros públicos da cidade de Betim (MG)

• Autor(a) principal: Jeander Cristian da Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35876; https://orcid.org/0000-0002-3195-8137
• topic: Léxico; Toponímia; Axiotoponímia; Logradouros; Betim; Língua portuguesa – Lexicografia; Língua portuguesa – Regionalismos – Betim (MG); Toponímia; Língua portuguesa – Variação; Linguagem e história; Linguagem e cultura

Esta pesquisa visa à análise e descrição dos axiotopônimos registrados nos logradouros públicos da cidade de Betim. Embasada sobretudo em Dick (1990a e b), Seabra (2004 e 2006), Gontijo (2017) e Faria (2017), sua relevância tem em vista a ausência de estudos específicos sobre essa taxe, no âmbito do projeto ATEMIG (Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais), bem como a ausência de pesquisas voltadas para a descrição toponímica de cidades que se encontram na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O corpus desta pesquisa está constituído por 133 bases léxicas encontradas na base de dados do setor de Cartografia da Prefeitura Municipal. Planejou-se também a investigação de casos de manutenção e mudança toponímica, a partir da análise das leis de aprovação das denominações oficiais dos logradouros da cidade, e casos de variação toponímica, ao comparar dados oficiais, registrados pela Prefeitura, com dados não-oficiais, registrados pelo Google Maps e pelas placas de logradouro. Os dados referentes a cada um dos axiotopônimos pesquisados estão reunidos em fichas toponímicas, seguindo, principalmente, os modelos de Filgueiras (2011) e Faria (2017). Os principais resultados mostram que 83% das personalidades homenageadas são do gênero masculino e referem-se a pessoas que, de maneira geral, tiveram alguma representatividade histórica para o estado de Minas Gerais ou para o Brasil, tendo, em sua maioria, alguma atuação política ou militar. A distribuição dos axiotopônimos pelas regionais da cidade mostra a predominância dessas denominações na Regional Centro, a faixa mais urbanizada da cidade e atesta um fato já apontado pelos estudos toponímicos de que os topônimos motivados por nomes de pessoas tendem a caracterizar, prototipicamente, a denominação dos espaços públicos urbanos. Além disso, os resultados mostram uma maior frequência de manutenção toponímica e reforçam a tese de Faria (2017) de que os axiotopônimos poderiam ser considerados uma subtaxe dos antropotopônimos e, por isso, poderiam ser chamados de antropo-axiotopônimos.