Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vívian Correia Miranda
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/55891
Resumo: A alergia alimentar é desencadeada quando há a ativação exacerbada do sistema imune por alérgenos alimentares. Uma das estratégias que vem sendo estudada para o tratamento da alergia alimentar é o uso de probióticos, tendo em vista seus efeitos imunomoduladores. Desse modo, esse trabalho visa avaliar o efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em um modelo in vivo de alergia alimentar, avaliando parâmetros clínicos, imunológicos, histológicos e microbiológicos. Além disso, avaliou-se os efeitos da bactéria inativa e a sua associação com Bifidobacterium longum 51A na alergia alimentar. Para isso, camundongos BALB/c foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) (dia 0). Depois de 14 dias receberam um reforço. O grupo controle recebeu apenas o adjuvante com salina no dia 0 e apenas salina no dia 14. A partir do dia 18, os camundongos receberam uma dose oral diária de 1x109 UFC de A. muciniphila viável ou inativada ou associado a 1x109 UFC de B. longum 51A até o fim do experimento (dia 28). O grupo controle recebeu apenas salina. A partir do dia 21 os camundongos foram desafiados com uma dieta contendo OVA. No dia 28 os camundongos foram sacrificados. A administração oral de A. muciniphila viável promoveu a atenuação significativa da perda de peso, do grau de lesão tecidual, dos níveis de IgE e IgG1 anti-OVA, eosinófilos, neutrófilos, das quimiocinas eotaxina-1 e CXCL1/KC, além de promover a redução significativa das citocinas pró-inflamatórias (IL4, IL6, IL9, IL13, IL17 e TNF). Entretanto, não alterou os níveis de IL10 (citocina anti-inflamatória). Os camundongos alérgicos apresentaram aumento significativo nos níveis de Staphylococcus e na frequência de leveduras totais. Em contrapartida, o grupo tratado apresentou redução dos níveis de Staphylococcus e na frequência de leveduras totais. O tratamento não promoveu uma atenuação significativa nos níveis aumentados da permeabilidade intestinal. Além disso, a administração oral da bactéria inativada pelo calor (75ºC) foi capaz de atenuar os níveis de IgE anti-OVA e de eosinófilos. Por fim, a associação de A. muciniphila com B. longum 51A não potencializou os efeitos apresentados por A. muciniphila, agravando os sinais de inflamação. Nossos dados demostram que a administração oral de A. muciniphila BAA-835 viável e inativada pelo calor promove um efeito imunomodulador sistêmico no modelo analisado, o que sugere suas propriedades probióticas e pós-bióticas.
id UFMG_65c2b8252b6940ca1485cb47fde45e09
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/55891
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Flaviano dos Santos Martinshttp://lattes.cnpq.br/2549518899194260Denise Carmona Cara MachadoPaula Prazeres MagalhãesJuliana de Assis Silva Gomes EstanislauMarcos de Carvalho BorgesFabiana da Conceição Pereira Tiagohttp://lattes.cnpq.br/9814926561414651Vívian Correia Miranda2023-07-06T17:17:12Z2023-07-06T17:17:12Z2023-02-24http://hdl.handle.net/1843/55891A alergia alimentar é desencadeada quando há a ativação exacerbada do sistema imune por alérgenos alimentares. Uma das estratégias que vem sendo estudada para o tratamento da alergia alimentar é o uso de probióticos, tendo em vista seus efeitos imunomoduladores. Desse modo, esse trabalho visa avaliar o efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em um modelo in vivo de alergia alimentar, avaliando parâmetros clínicos, imunológicos, histológicos e microbiológicos. Além disso, avaliou-se os efeitos da bactéria inativa e a sua associação com Bifidobacterium longum 51A na alergia alimentar. Para isso, camundongos BALB/c foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) (dia 0). Depois de 14 dias receberam um reforço. O grupo controle recebeu apenas o adjuvante com salina no dia 0 e apenas salina no dia 14. A partir do dia 18, os camundongos receberam uma dose oral diária de 1x109 UFC de A. muciniphila viável ou inativada ou associado a 1x109 UFC de B. longum 51A até o fim do experimento (dia 28). O grupo controle recebeu apenas salina. A partir do dia 21 os camundongos foram desafiados com uma dieta contendo OVA. No dia 28 os camundongos foram sacrificados. A administração oral de A. muciniphila viável promoveu a atenuação significativa da perda de peso, do grau de lesão tecidual, dos níveis de IgE e IgG1 anti-OVA, eosinófilos, neutrófilos, das quimiocinas eotaxina-1 e CXCL1/KC, além de promover a redução significativa das citocinas pró-inflamatórias (IL4, IL6, IL9, IL13, IL17 e TNF). Entretanto, não alterou os níveis de IL10 (citocina anti-inflamatória). Os camundongos alérgicos apresentaram aumento significativo nos níveis de Staphylococcus e na frequência de leveduras totais. Em contrapartida, o grupo tratado apresentou redução dos níveis de Staphylococcus e na frequência de leveduras totais. O tratamento não promoveu uma atenuação significativa nos níveis aumentados da permeabilidade intestinal. Além disso, a administração oral da bactéria inativada pelo calor (75ºC) foi capaz de atenuar os níveis de IgE anti-OVA e de eosinófilos. Por fim, a associação de A. muciniphila com B. longum 51A não potencializou os efeitos apresentados por A. muciniphila, agravando os sinais de inflamação. Nossos dados demostram que a administração oral de A. muciniphila BAA-835 viável e inativada pelo calor promove um efeito imunomodulador sistêmico no modelo analisado, o que sugere suas propriedades probióticas e pós-bióticas.Food allergy is triggered when there is an abnormal activation of the immune system by food allergens. One of the strategies that have been studied for the treatment of food allergy is the use of probiotics, considering their immunomodulatory effects. Therefore, the aim of this study is to evaluate the probiotic effect of Akkermansia muciniphila BAA-835 in an in vivo model of food allergy, analyzing clinical, immunological, histological and microbiological parameters. In addition, the effect of the viability and the association with Bifidobacterium longum 51A were also evaluated. For this purpose, mice were sensitized with ovalbumin (OVA) (day 0). After 14 days they received a booster. The control group received only the adjuvant with saline by day 0 and only saline on 14th day. On 18th day, mice received daily the respective treatment of 1x109 UFC of A. muciniphila viable or inactivated or associated with B. longum 51A until the end of the experiment (day 28). The control group received only saline. From 21st day mice were challenged with a diet containing OVA. On 28th day mice were euthanized. Oral administration of viable A. muciniphila led to a significant attenuation of the body weight loss, tissue damage, levels of IgE and IgG1 anti-OVA, eosinophils, neutrophils, eotaxin-1, CXCL1/KC and levels of pro-inflammatory cytokines (IL4, IL6, IL9, IL13, IL17 and TNF). However, it did not change the levels of IL10 (anti-inflammatory cytokine). Allergic mice showed a significant increase in Staphylococcus levels and total yeast frequency. In contrast, the treated group showed a reduction in Staphylococcus levels and in the frequency of total yeast. However, the bacteria did not promote a significant attenuation in the levels of intestinal permeability. In addition, the oral administration of the bacterium inactivated by heat (75ºC) was able to significantly reduce the IgE anti-OVA and eosinophil levels. Lastly, the association of A. muciniphila with B. longum 51A did not improve the effects presented by A. muciniphila in food allergy, aggravating the signs of inflammation. Our data demonstrate that the oral administration of viable and heat-inactivated A. muciniphila BAA-835 promotes a systemic immunomodulatory effect in the analyzed model, which suggests its probiotic and postbiotic properties.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIAMicrobiologiaProbióticosHipersensibilidade alimentarOvalbuminaImunomodulaçãoProbióticoAkkermansia muciniphilaAlergia alimentarOvalbuminaImunomodulaçãoPós-bióticoAvaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55891/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD52ORIGINALTese Final enviar para Repositorio.pdfTese Final enviar para Repositorio.pdfapplication/pdf12130070https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55891/1/Tese%20Final%20enviar%20para%20Repositorio.pdface807a8425ecf5e4184a3b444a3de29MD511843/558912023-07-06 14:17:12.795oai:repositorio.ufmg.br:1843/55891TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-06T17:17:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
title Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
spellingShingle Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
Vívian Correia Miranda
Probiótico
Akkermansia muciniphila
Alergia alimentar
Ovalbumina
Imunomodulação
Pós-biótico
Microbiologia
Probióticos
Hipersensibilidade alimentar
Ovalbumina
Imunomodulação
title_short Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
title_full Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
title_fullStr Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
title_full_unstemmed Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
title_sort Avaliação do efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em modelo murino de alergia alimentar
author Vívian Correia Miranda
author_facet Vívian Correia Miranda
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Flaviano dos Santos Martins
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2549518899194260
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Denise Carmona Cara Machado
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Paula Prazeres Magalhães
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Juliana de Assis Silva Gomes Estanislau
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Marcos de Carvalho Borges
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Fabiana da Conceição Pereira Tiago
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9814926561414651
dc.contributor.author.fl_str_mv Vívian Correia Miranda
contributor_str_mv Flaviano dos Santos Martins
Denise Carmona Cara Machado
Paula Prazeres Magalhães
Juliana de Assis Silva Gomes Estanislau
Marcos de Carvalho Borges
Fabiana da Conceição Pereira Tiago
dc.subject.por.fl_str_mv Probiótico
Akkermansia muciniphila
Alergia alimentar
Ovalbumina
Imunomodulação
Pós-biótico
topic Probiótico
Akkermansia muciniphila
Alergia alimentar
Ovalbumina
Imunomodulação
Pós-biótico
Microbiologia
Probióticos
Hipersensibilidade alimentar
Ovalbumina
Imunomodulação
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
Probióticos
Hipersensibilidade alimentar
Ovalbumina
Imunomodulação
description A alergia alimentar é desencadeada quando há a ativação exacerbada do sistema imune por alérgenos alimentares. Uma das estratégias que vem sendo estudada para o tratamento da alergia alimentar é o uso de probióticos, tendo em vista seus efeitos imunomoduladores. Desse modo, esse trabalho visa avaliar o efeito probiótico de Akkermansia muciniphila BAA-835 em um modelo in vivo de alergia alimentar, avaliando parâmetros clínicos, imunológicos, histológicos e microbiológicos. Além disso, avaliou-se os efeitos da bactéria inativa e a sua associação com Bifidobacterium longum 51A na alergia alimentar. Para isso, camundongos BALB/c foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) (dia 0). Depois de 14 dias receberam um reforço. O grupo controle recebeu apenas o adjuvante com salina no dia 0 e apenas salina no dia 14. A partir do dia 18, os camundongos receberam uma dose oral diária de 1x109 UFC de A. muciniphila viável ou inativada ou associado a 1x109 UFC de B. longum 51A até o fim do experimento (dia 28). O grupo controle recebeu apenas salina. A partir do dia 21 os camundongos foram desafiados com uma dieta contendo OVA. No dia 28 os camundongos foram sacrificados. A administração oral de A. muciniphila viável promoveu a atenuação significativa da perda de peso, do grau de lesão tecidual, dos níveis de IgE e IgG1 anti-OVA, eosinófilos, neutrófilos, das quimiocinas eotaxina-1 e CXCL1/KC, além de promover a redução significativa das citocinas pró-inflamatórias (IL4, IL6, IL9, IL13, IL17 e TNF). Entretanto, não alterou os níveis de IL10 (citocina anti-inflamatória). Os camundongos alérgicos apresentaram aumento significativo nos níveis de Staphylococcus e na frequência de leveduras totais. Em contrapartida, o grupo tratado apresentou redução dos níveis de Staphylococcus e na frequência de leveduras totais. O tratamento não promoveu uma atenuação significativa nos níveis aumentados da permeabilidade intestinal. Além disso, a administração oral da bactéria inativada pelo calor (75ºC) foi capaz de atenuar os níveis de IgE anti-OVA e de eosinófilos. Por fim, a associação de A. muciniphila com B. longum 51A não potencializou os efeitos apresentados por A. muciniphila, agravando os sinais de inflamação. Nossos dados demostram que a administração oral de A. muciniphila BAA-835 viável e inativada pelo calor promove um efeito imunomodulador sistêmico no modelo analisado, o que sugere suas propriedades probióticas e pós-bióticas.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-07-06T17:17:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-07-06T17:17:12Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-02-24
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/55891
url http://hdl.handle.net/1843/55891
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55891/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55891/1/Tese%20Final%20enviar%20para%20Repositorio.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
ace807a8425ecf5e4184a3b444a3de29
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676920480333824