O uso da ocitocina exógena no trabalho de parto: uma revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rafaela Quintana Domingues
Data de Publicação: 2016
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33685
Resumo: O presente estudo teve como objetivo identificar em que momento do trabalho de parto é necessário ou indicado o uso de ocitocina exógena, bem como analisar seus potenciais benefícios e riscos durante esse processo. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura orientada pela seguinte questão: em qual momento do Trabalho de Parto será necessário ou indicado o uso de ocitocina exógena? As buscas foram realizadas nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sistema On-line de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Índice Cumulativo da Enfermagem & Literatura da Saúde (CINAHL), no período de 2005 a 2014. Os descritores utilizados foram: Trabalho de Parto Induzido (Labor, induced), Trabalho de Parto (Labor, Obstetric) e Ocitocina (Oxytocin). A amostra foi formada por 41 artigos, publicados na maioria no ano de 2011 (22%) de origem americana (55%) de um total de 100% de trabalhos estrangeiros. Nos artigos analisados foram identificadas distintas abordagens em relação ao uso de ocitocina durante o trabalho de parto incluindo seus potenciais benefícios e riscos. O uso da ocitocina no trabalho de parto e na indução do trabalho de parto não está regulamentado, possivelmente pela falta de estudos que apresentem evidências. Portanto, não há uma definição do melhor momento para utilizar a ocitocina no trabalho de parto. A associação do uso da ocitocina com o misoprostol para dilatar o colo uterino reduz as horas de trabalho de parto. Na indução do trabalho de parto o uso da ocitocina por um período superior a 12 horas mostra-se pouco efetivo, assim como a sua utilização em mulheres que foram submetidas anteriormente a cesarianas. O uso de ocitocina durante o trabalho de parto tem demonstrado que diminui o tempo do mesmo, porém aumenta o número de analgesias e o risco de ocorrer efeitos adversos. A partir destes resultados será proposto no serviço no qual atuo a implantação da ocitocina como medicamento de alta vigilância, garantindo a segurança na sua dispensação e administração. Além disso, proponho também ações de educação em serviço junto à equipe de enfermagem, para promover e estimular a produção de ocitocina endógena nas pacientes que estão em trabalho de parto, visando diminuir a necessidade de utilização da ocitocina exógena, que como foi demonstrado nesta RI, pode causar muitos efeitos adversos a mãe e ao feto.
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