Inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil: o desafio da formação de professoras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberta Flavia Alves Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ARKFY6
Resumo: O presente estudo objetiva analisar qual o tipo de formação que professoras que atuam em uma Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI), no município de Belo Horizonte, receberam na sua formação inicial e ao longo da sua trajetória profissional e como elas avaliam essa formação diante do desafio de assegurar a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista. A UMEI pesquisada localiza-se em um bairro da periferia de Belo Horizonte, na Região Norte da cidade. Como metodologia de pesquisa, elegeu-se uma abordagem qualitativa, empregando-se estudo de caso. Realizou-se um levantamento bibliográfico e documental, na busca de conceitos e documentos legais e normativos em âmbito internacional, nacional e local essenciais para a construção teórica. Como técnica de pesquisa, utilizou-se o questionário, a entrevista e a entrevista coletiva. Entre as análises realizadas, destacou-se o reconhecimento de que cabe à professora da Educação Infantil, promover e/ou facilitar a interação da criança com autismo com seus pares. Foi identificada a necessidade de as professoras aprofundarem a compreensão sobre as necessidades educativas e de aprendizagem, tendo acesso a cursos de atualização e materiais adequados para atividades específicas direcionadas a crianças autistas. Constatou-se que as professoras não se sentem preparadas para atuar junto a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em razão de desconhecerem particularidades da deficiência e de não terem recebido formação específica sobre a inclusão de crianças com TEA. Tento em vista o despreparo e insegurança relatados pelas professoras para atuarem com crianças com autismo e em razão da ausência de cursos de formação continuada que supram estas carências, confeccionou-se uma cartilha para auxiliar as professoras que têm alunos com autismo em suas turmas a compreender mais sobre a deficiência e maneiras de intervir pedagogicamente junto a estas crianças. Ao final do estudo concluiu-se que, para que a inclusão realmente ocorra, não basta meramente assegurar as matrículas de alunos com deficiência no ensino regular. Sem a adequação curricular, planejamento educacional individualizado, recursos pedagógicos específicos e, principalmente, formação contínua de professoras, a inclusão não se efetiva.
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Realizou-se um levantamento bibliográfico e documental, na busca de conceitos e documentos legais e normativos em âmbito internacional, nacional e local essenciais para a construção teórica. Como técnica de pesquisa, utilizou-se o questionário, a entrevista e a entrevista coletiva. Entre as análises realizadas, destacou-se o reconhecimento de que cabe à professora da Educação Infantil, promover e/ou facilitar a interação da criança com autismo com seus pares. Foi identificada a necessidade de as professoras aprofundarem a compreensão sobre as necessidades educativas e de aprendizagem, tendo acesso a cursos de atualização e materiais adequados para atividades específicas direcionadas a crianças autistas. Constatou-se que as professoras não se sentem preparadas para atuar junto a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em razão de desconhecerem particularidades da deficiência e de não terem recebido formação específica sobre a inclusão de crianças com TEA. Tento em vista o despreparo e insegurança relatados pelas professoras para atuarem com crianças com autismo e em razão da ausência de cursos de formação continuada que supram estas carências, confeccionou-se uma cartilha para auxiliar as professoras que têm alunos com autismo em suas turmas a compreender mais sobre a deficiência e maneiras de intervir pedagogicamente junto a estas crianças. Ao final do estudo concluiu-se que, para que a inclusão realmente ocorra, não basta meramente assegurar as matrículas de alunos com deficiência no ensino regular. Sem a adequação curricular, planejamento educacional individualizado, recursos pedagógicos específicos e, principalmente, formação contínua de professoras, a inclusão não se efetiva.This study aims at analyzing the type of training that teachers who work in a Municipal Infant Education Unit (UMEI), in the city of Belo Horizonte, received during their initial training and throughout their professional career and how they evaluate this training before of the challenge of ensuring the inclusion of children with Autism Spectrum Disorder. The UMEI surveyed is located in a suburb of Belo Horizonte, in the North Region of the city. As a research methodology, a qualitative approach was chosen, using a case study. A bibliographical and documentary survey was carried out in the search for legal and normative concepts and documents at the international, national and local levels essential for theoretical construction. As a research technique, the interview and the focus group were used. Among the analyzes carried out, it was highlighted the recognition that it is incumbent upon the Infant Education teacher to promote and / or facilitate the interaction of children with autism with their peers. It was identified the need for teachers to deepen their understanding of educational and learning needs by accessing refresher courses and appropriate materials for specific activities directed at autistic children. It was found that teachers do not feel prepared to work with children with Autism Spectrum Disorder (ASD) because of lack of knowledge about the particularities of the disability and of not receiving specific training on the inclusion of children with ASD. In view of the unpreparedness and insecurity reported by the teachers to work with children with autism and due to the absence of continuing education courses that overcome these shortcomings, a primer was developed to assist the teachers who have students with autism in their classes to understand More about the deficiency and ways of intervening pedagogically with these children. At the end of the study it was concluded that for enrollment to actually take place, it is not enough merely to ensure the enrollment of students with disabilities in regular education. Without the curricular adequacy, individualized educational planning, specific pedagogical resources and, mainly, continuous formation of the teachers, the inclusion is not effective.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGProfessores de educação especial FormaçãoEducaçãoEducação especialEducação inclusivaAutismo em criançasInclusão em educaçãoProfessores FormaçãoProfessores de ensino fundamental FormaçãoCrianças autistas EducaçãoAutismoCrianças de aprendizagem lentaEducação Infantil Transtorno do Espectro AutistaFormação docenteInclusão escolarInclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil: o desafio da formação de professorasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtrabalho_final___com_cartilha.pdfapplication/pdf4105687https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ARKFY6/1/trabalho_final___com_cartilha.pdf91c12db7c81a75cf6abdae67e87a7a07MD51TEXTtrabalho_final___com_cartilha.pdf.txttrabalho_final___com_cartilha.pdf.txtExtracted texttext/plain312418https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ARKFY6/2/trabalho_final___com_cartilha.pdf.txt6f16be4f20be2c7f62385fdfc99664e7MD521843/BUOS-ARKFY62019-11-14 12:03:30.914oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-ARKFY6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:03:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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