Relação entre a ocorrência de acidentes de trabalho e a baixa escolaridade dos trabalhadores no setor florestal

• Autor(a) principal: Stanley Schettino
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Nathália Vasconcelos Guimarães, Denise Lopes da Silva, Ciro Luiz Lacerda de Souza, Luciano José Minette, José Dionísio de Paula Junior, Carolina Freitas Schettino
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/47538
• topic: Segurança do Trabalho; Saúde do trabalhador; Ergonomia cognitiva; Trabalho florestal; Ergonomia; Segurança do trabalho; Acidentes de trabalho; Manejo florestal; Alfabetização de adultos; Doenças profissionais

Dados a baixa escolaridade dos trabalhadores e o elevado número de ocorrências de acidentes de trabalho no setor florestal, este estudo propôs apresentar uma revisão de literatura sobre a ocorrência de acidentes e a baixa escolaridade dos trabalhadores deste setor, de forma a estabelecer uma correlação entre essas variáveis. Evidenciou-se que a maioria dos trabalhadores florestais são do gênero masculino, com idade média em torno de 30 anos e, em sua grande maioria, analfabetos (cerca de 15 %) ou semianalfabetos (cerca de 75%). Foi possível constatar que o fato da maior parte dos trabalhadores rurais desconhecerem os riscos a que se expõem, resulta na negligência das normas de saúde e segurança, e que a falta de informação e noção de gravidade por parte dos trabalhadores pode contribuir para o aumento nas ocorrências de acidentes de trabalho e o desenvolvimento de doenças ocupacionais. Conclui-se que o baixo nível de escolaridade dos trabalhadores florestais diminui sua capacidade cognitiva e dificulta a percepção dos problemas ocupacionais e riscos a que os mesmos ficam expostos no ambiente de trabalho; e que o alto índice de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais no setor florestal está diretamente relacionado ao baixo nível de escolaridade dos trabalhadores do campo.