A fundamentação dos juízos de gosto sobre a beleza na Crítica da Faculdade de Julgar de Immanuel Kant : uma tentativa de conciliação argumentativa

• Autor(a) principal: Rafael Carlos de Carvalho Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/66430
• topic: Kant; Crítica da faculdade de julgar; Sensus communis; Filosofia - Teses; Kant, Immanuel, 1724-1804. Crítica da faculdade de julgar; Estética - Teses

Esta dissertação se propõe a realizar uma investigação lógico-argumentativa da fundamentação do juízo de gosto sobre o belo apresentada na primeira parte da Crítica da Faculdade de Julgar de Immanuel Kant. De início, introduz-se um estudo conciso acerca do papel exercido pela terceira Crítica no interior do projeto crítico de Kant, relacionando-a também a dois escritos menores. Em seguida, perscruta-se a argumentação kantiana nos parágrafos constituintes da Analítica do Belo, realizando, ao mesmo tempo, uma organização da disposição dos argumentos. Para tanto, dividiu-se a fundamentação dos juízos estéticos a respeito do belo em três linhas mestras: o argumento transcendental, a voz universal e a pressuposição de um sensus communis aestheticus. Depois, identifica-se que, no decorrer da fundamentação oferecida por Kant, manifesta-se um tipo de mistura de planos de incidência dos argumentos: o plano transcendental (a priori) e o plano empírico-social (a posteriori). Detectado o problema, parte-se para uma tentativa de conciliação argumentativa entre esses domínios de argumentação. Ao final, considerando a polissemia e a relevância do conceito de sentido comum usado por Kant, aloca-se um capítulo explorando acepções possíveis para essa expressão no contexto da argumentação do autor. Os resultados da pesquisa apontam que, não obstante haja uma alternância nos planos argumentativos, a teoria dos juízos estéticos elaborada pelo filósofo alemão consegue se sustentar em sua fundamentação transcendental.