A Serra das Cambotas: terminação meridional do supergrupo espinhaço no quadrilátero ferrífero, MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Paula de Campos Daher
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Michele Aparecida Flores Costa, Tiago Amâncio Novo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/52290
https://orcid.org/0000-0002-8209-7592
https://orcid.org/0000-0002-1999-862X
Resumo: O posicionamento estragráfico das rochas agrupadas como Formação Cambotas, (Quadrilátero Ferrífero, sudeste do Cráton São Francisco) tem sido objeto de discussão desde sua caracterização na década de sessenta. Nosso estudo traz dados estruturais e estragráficos da Formação Cambotas, obtidos em sua seção tipo ao longo das serras do Tamanduá e das Cambotas, visando definir as relações estragráfico-temporais que caracterizam o conjunto da Formação Cambotas e seu entorno. Além disso, apresentamos dados isotópicos (UPb em LA-ICP-MS) visando contribuir em especial na correlação temporal da unidade. Os grandes sistemas de cisalhamento já descritos na literatura foram avaliados, bem como as caracteríscas texturais e sedimentológicas. A Formação Cambotas corresponde a uma unidade que agrupa ortoquartzitos e quartzitos arcoseanos, cuja relação estragráfica de base é regida por contatos tectônicos, por meio do Sistema de Cisalhamento Fundão-Cambotas e pela Falha Córrego do Garimpo. Para proveniência via análise isotópica U-Pb em LA-ICPMS de grãos de zircão detríco, foi coletada amostra da seção po da Formação Cambotas na serra homônima, correspondente a ortoquartzito de granulação fina, em que foram coletados e analisados 210 grãos de zircão. Os resultados indicam idade máxima de sedimentação no Estateriano, em torno de 1755 ± 71 Ma, provendo ainda picos de idades entre 1923 e 3010 Ma, indicando significava contribuição de áreas fonte de idade Paleoproterozoica a Neoarqueana. À luz do conhecimento estragráfico atual, o pico de análises concordantes com idade estateriana (~1,7 Ga) descarta a correlação da Formação Cambotas com rochas dos supergrupos Minas ou Rio das Velhas. Com isso, propõe-se que a Formação Cambotas configura a terminação meridional do Supergrupo Espinhaço, correspondente a uma bacia restrita, com mulplicidade de áreas fonte. Essa variedade está relacionada com a complexidade estrutural e estragráfica à qual esteve submeda a região nordeste do atual Quadrilátero Ferrífero durante sua gênese. A comparação da amostra analisada com amostras avaliadas em outros trabalhos apresenta similaridade de idade, corroborando para a proposição atual.
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A Formação Cambotas corresponde a uma unidade que agrupa ortoquartzitos e quartzitos arcoseanos, cuja relação estragráfica de base é regida por contatos tectônicos, por meio do Sistema de Cisalhamento Fundão-Cambotas e pela Falha Córrego do Garimpo. Para proveniência via análise isotópica U-Pb em LA-ICPMS de grãos de zircão detríco, foi coletada amostra da seção po da Formação Cambotas na serra homônima, correspondente a ortoquartzito de granulação fina, em que foram coletados e analisados 210 grãos de zircão. Os resultados indicam idade máxima de sedimentação no Estateriano, em torno de 1755 ± 71 Ma, provendo ainda picos de idades entre 1923 e 3010 Ma, indicando significava contribuição de áreas fonte de idade Paleoproterozoica a Neoarqueana. À luz do conhecimento estragráfico atual, o pico de análises concordantes com idade estateriana (~1,7 Ga) descarta a correlação da Formação Cambotas com rochas dos supergrupos Minas ou Rio das Velhas. Com isso, propõe-se que a Formação Cambotas configura a terminação meridional do Supergrupo Espinhaço, correspondente a uma bacia restrita, com mulplicidade de áreas fonte. Essa variedade está relacionada com a complexidade estrutural e estragráfica à qual esteve submeda a região nordeste do atual Quadrilátero Ferrífero durante sua gênese. A comparação da amostra analisada com amostras avaliadas em outros trabalhos apresenta similaridade de idade, corroborando para a proposição atual.The stragraphic posioning of rocks grouped as Cambotas Formaon (Quadrilátero Ferrífero, southeast of São Francisco Craton) has been the subject of discussion since its characterizaon in the 1960s. Our study provides structural and stragraphic data of the Cambotas Formaon, obtained in its type-secon along with the Tamanduá and Cambotas mountain ranges, with the aim of defining the stragraphic-temporal relaonships that characterize the Cambotas Formaon and its surroundings. Also presents isotopic data (U-Pb in LA-ICP-MS) intended to shed light on the age of the unit, The large shear zone systems already described in the literature were observed, as well as the textural and sedimentological characteriscs. The Cambotas Formaon corresponds to a unit that groups together orthoquartzites and arcosian quartzites, whose basic stragraphic relaonship is controlled by tectonic contacts, through the Fundão-Cambotas Shear Zone System, and by the Córrego do Garimpo Fault. For provenance via U-Pb isotopic analysis in LA-ICPMS of detrital zircon grains, a sample collected from the Cambotas Formaon in its type-secon, in the homonymous mountain range, corresponding to fine-grained orthoquartzite, in which 210-zircon grains collected and analyzed. The results indicate maximum sedimentaon age during the Statherian, around 1755 ± 71 Ma, the peaks of ages between 1923 and 3010 Ma indicates a significant contribuon of Paleoproterozoic to Neoarquean sources. In the light of current stragraphic knowledge, the peak of concordant analyzes with Statherian age (~ 1.7 Ga) discards the correlaon between the Cambotas Formaon and the Minas or Rio das Velhas supergroups. With this, we propose that the Cambotas Formaon configure the southern terminaon of the Espinhaço Supergroup, corresponding to a restricted basin, with a mulplicity of source areas. This variety relates to the structural and stragraphic complexity to which the northeastern region of the current Quadrilátero Ferrífero was subjected during its genesis. The sample provides an age similar to other works in the same area, validang the stragraphic proposals presented.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIAGeonomosCambotas, Serra das (MG)Quadrilátero Ferrífero (MG)GeocronologiaFormação cambotasQuadrilátero FerríferoGeocronologia U-PbA Serra das Cambotas: terminação meridional do supergrupo espinhaço no quadrilátero ferrífero, MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://periodicos.ufmg.br/index.php/revistageonomos/article/view/29651Ana Paula de Campos DaherMichele Aparecida Flores CostaTiago Amâncio Novoapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52290/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALA Serra das Cambotas terminação Meridional do Supergrupo Espinhaço no.pdfA Serra das Cambotas terminação Meridional do Supergrupo Espinhaço no.pdfapplication/pdf2284088https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52290/2/A%20Serra%20das%20Cambotas%20termina%c3%a7%c3%a3o%20Meridional%20do%20Supergrupo%20Espinha%c3%a7o%20no.pdf6cc4affb8fcc15fc8c3d305d2e4d739fMD521843/522902023-04-19 17:53:56.176oai:repositorio.ufmg.br:1843/52290TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-04-19T20:53:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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