Modelagem metamórfica e geocronologia de xistos e anfibolitos do grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas, Quadrilátero Ferrífero.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFOP |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6377 |
Resumo: | Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. |
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Modelagem metamórfica e geocronologia de xistos e anfibolitos do grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas, Quadrilátero Ferrífero.Quadrilátero FerríferoMetamorfismo - geologiaGeocronologiaPrograma de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.Para entender a evolução metamórfica da província domos e quilhas do Quadrilátero Ferrífero foi realizado um modelamento metamórfico em granada xistos e granada anfibolitos, rochas supracrustais do Grupo Nova Lima, que encontram-se em contato tectônico com os domos do Bação e Belo Horizonte. Interpretação de dados obtidos através de descrição petrográfica, química mineral e modelagem metamórfica com o uso de pseudosseções P-T permitiram à determinação das condições P-T, a profundidade de soterramento na crosta, o gradiente geotérmico e as trajetórias P-T-t seguida pelas rochas durante o metamorfismo. Estudos petrográficos apontam que as rochas supracrustais apresentam paragêneses compostas por granada + plagioclásio + hornblenda (granada anfibolitos) e granada + plagioclásio + gedrita + biotita (granada xistos) correspondentes a um metamorfismo de fácies anfibolito. Química mineral em granada, dos granada xistos e granada anfibolitos, mostra que os porfiroblastos são ricos em almandina, com conteúdos menores de piropo, grossularita e espessartita. O anfibólio ferromagnesiano dos granada xistos são majoritariamente cristais de gedrita, enquanto que, nos granada anfibolitos corresponde aos membros cummingtonita ou grunerita. Anfibólios cálcicos presentes nos granada anfibolitos foram classificados como: magnésiohornblenda; hornblenda tschermakita; pargasita e ferro-pargasita. A biotita dos granada anfibolitos foi classificada como membro intermediário da série flogopita – annita, enquanto que, a biotita dos granada xistos é mais magnesiana, sendo mais próxima aos membros flogopita e eastonita. Plagioclásio, dos granada xistos e granada anfibolitos, corresponde, principalmente, aos membros oligoclásio e andesina. Condições P-T para o pico metamórfico dos granada xistos indicam pressões entre 8,9 – 11,4kbar e temperaturas entre 662 – 705°C. Para as assembleias retrometamórficas, os valores estão restritos a 595°C – 639°C e 7,9 – 9,5 kbar. As condições P-T para o pico de metamorfismo dos granada anfibolitos são bastante variáveis e estão entre 5,9 – 11,8 kbar e 577°C –750°C. Zircões extraídos de anfibolito e granada xisto forneceram idades de cristalização de 2.744,6 ± 5,7 Ma e 2.761,4 ± 3,5 Ma, respectivamente, confirmando que estas rochas pertencem ao Grupo Nova Lima e teriam sido formadas durante o Evento Rio das Velhas II. Cristais de titanitas e zircões extraídos de granada xisto e granada anfibolito forneceram idades de 2.042 ± 11 Ma, 2.056 ± 5,6 Ma e 2.072 ± 6,7 Ma para o metamorfismo destas rochas, que estão correlacionadas ao final do Ciclo Transamazônico. A partir do modelamento metamórfico dos granada xistos foram construídas duas trajetórias P-T-t, sendo uma horária e outra anti-horária, que, no entanto, mostram descompressão aliada a diminuição da temperatura. Este alívio de pressão foi associado ao evento distensivo, responsável pela exumação dos domos, provavelmente, durante a extensão pós-orogênica ocorrida em aproximadamente 2.095 Ma. As condições P-T encontradas são indicativas de gradiente geotérmico baixo (~ 23°C/km) e profundidades da ordem de 32 km na crosta. O baixo gradiente geotérmico está associado a um ambiente crustal frio e rígido, com reologia semelhante à moderna crosta continental. Desta forma, conclui-se que a evolução da província de Domos e Quilhas do Quadrilátero Ferrífero deu-se a partir dos mecanismos de tectônica de placas, envolvendo colisão, colapso orogênico associados a uma zona de descolamento extensional.In order to understand the metamorphic evolution of the dome-and- keel province of the Iron Quadrangle it was made a metamorphic modelling in garnet-bearing schists and garnet amphibolites, supracrustal rocks of the Nova Lima Group, which are in tectonic contact with the Bação and Belo Horizonte domes. Interpretation of data obtained by petrographic description, mineral chemistry e metamorphic modelling using P-T pseudosections allowed the determination of P-T conditions, the depth of burial in the crust, the geothermal gradient and the PT- t paths followed by rocks during metamorphism. Petrographic studies indicate that the mineral association of these rocks is mainly formed by garnet + plagioclase + hornblende (garnet amphibolites) and garnet + plagioclase + gedrite + biotite (garnet-bearing schists) related to the amphibolite facies metamorphism. Mineral chemistry in garnet, the garnet-bearing schists and garnet amphibolites, shows that porphyroblasts are rich in almandine, with lower content of pyrope, grossular and spessartine. The Fe-Mg amphibole in the garnet-bearing schists is gedrite, while the amphibole in the garnet amphibolite corresponds to cummingtonita and grunerite members. Calcic amphiboles in garnet amphibolites were classified as magnesiohornblende; tschermakite hornblende; pargasite and ferro-pargasite. Biotite in the garnet amphibolites was classified as intermediate member of phlogopite-annite series, whereas biotite of the garnet-bearing schists is richer in Mg, being closest to phlogopite and eastonite members. Plagioclase, the garnet-bearing schists and garnet amphibolites, corresponds, mostly, to oligoclase and andesine members. P-T conditions for peak metamorphism in the garnet-bearing schist indicate pressures between 8.9 –11.4 kbar e temperatures between 662 – 705°C. For the retrograde assemblage the values are between 595 – 639 ° C and 7.9 to 9.5 kbar. The P-T conditions for peak metamorphism of the garnet amphibolites are quite variable and are between 5.4 – 11.8 kbar e 602 –750°C. Zircons extracted from amphibolite and garnet-bearing schist yielded crystallization ages of 2744.6 ± 5.7 Ma e 2761.4 ± 3.5 Ma, respectively, confirming that these rocks belong to the Nova Lima Group and were formed during the Rio das Velhas II Event. Titanites and zircons crystals extracted from garnet-bearing schist and garnet amphibolite yielded ages of 2042 ± 11 Ma, 2056 ± 5.6 Ma and 2072 ± 6.7 Ma for the metamorphism of these rocks, which are correlated to the end of the Transamazonian Cycle. From the metamorphic modelling of garnet-bearing schists were built two P-T-t paths, one clockwise and the other anticlockwise, which, however, show a decompression coupled with at decreasing temperature. This pressure relief was associated with extensional event, responsible for the exhumation of domes, probably during post-orogenic extension occurred at about 2095 Ma. The P-T conditions indicate low geothermal gradient (~ 23°C/km) and depths on the order of 32 km in the crust. The low geothermal gradient is associated with cold and rigid crustal environment, with rheology similar to modern continental crust. Thus, it is concluded that the evolution of the dome-and-keel provinces of Iron Quadrangle occurred like the mechanisms of plate tectonics, involving collision, orogenic collapse associated with an extensional detachment zone.Lana, Cristiano de CarvalhoQueiroga, Gláucia NascimentoCoelho, Viviane Viana2016-04-12T19:41:59Z2016-04-12T19:41:59Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCOELHO, Viviane Viana. Modelagem metamórfica e geocronologia de xistos e anfibolitos do grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas, Quadrilátero Ferrífero. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6377Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 08/03/2016 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOP2019-08-30T13:02:11Zoai:repositorio.ufop.br:123456789/6377Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-08-30T13:02:11Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
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