Um Bello Horizonte para o projeto educacional batista: o Collegio Baptista Americano Mineiro e a disputa pela oferta da educação privada na cidade (1918-1929)

• Autor(a) principal: Eder Aguiar Mendes de Oliveira
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9HMGTN
• topic: Protestantismo; Educação batista; Belo Horizonte; Laicidade; Educação Historia Minas Gerais ; Educação Historia; Protestantismo; Igreja e educação

Em solo mineiro, a iniciativa educacional batista ocorreu no ano de 1897, antes mesmo da inauguração da Nova Capital de Minas, mas foi somente no início dos anos 1920 que a escola adquiriu certa expressividade após a compra do suntuoso terreno no bairro Floresta, área suburbana da cidade de Belo Horizonte. O presente trabalho tem como objetivo compreender o processo de implementação do Collegio Baptista Americano Mineiro (1920) a partir da atuação dos missionários norte-americanos, analisando as relações pela disputa da oferta da educação privada tendo como foco as tensões na cidade de Belo Horizonte, ocorrido entre o educandário batista e as demais instituições confessionais católicas da cidade. Ao mesmo tempo, pretendeu-se compreender como o educandário batista se relacionou com o plano espacial e urbanístico da Capital de Minas. O recorte temporal delimita-se no ano da fundação da escola anexa batista de Belo Horizonte em 1918 até 1929, ano da mudança da legislação estadual a partir da Lei n. 1.092 (12/10/1929), que transformou a precária autorização para o ensino religioso nos grupos escolares em um instrumento legal. Compreende-se que essa Lei representou o "coroamento das disputas ideológicas e políticas travadas pelos intelectuais católicos nos diferentes canais institucionais ao longo da década de 1920, dentre eles o jornal O Horizonte. Nesse sentido, a nova legislação salientou o desequilíbrio de forças na disputa pelo campo educacional privado entre católicos e protestantes no período da Primeira República em Minas Gerais, marcada paradoxalmente pela jurisprudência do laicismo. Para alcançar tais objetivos foram utilizados os periódicos confessionais batista e católico como um instrumento privilegiado de pesquisa para a construção do conhecimento em história da educação, a partir da análise dos discursos dos posicionamentos dos respectivos editoriais perante os debates sobre política e legislações educacionais foi possível a análise do momento no qual esses protagonistas se impuseram como opinião pública e se posicionaram perante a temática do laicismo republicano e dos seus respectivos projetos educacionais propostos à parcela da população belo-horizontina e mineira.