Validade e confiabilidade do teste do esfigmomanômetro modificado para a avaliação da força muscular de membros inferiores e tronco de indivíduos na fase crônica do acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucas Araujo Castro e Souza
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97VHBC
Resumo: A fraqueza muscular é comumente observada em indivíduos acometidos pelo Acidente Vascular Encefálico (AVE). Os métodos comumente utilizados para avaliar este desfecho na clínica apresentam importantes desvantagens. Os objetivos deste estudo foram: a) investigar a validade de critério concorrente e confiabilidades teste-reteste e interexaminadores do TEM para avaliar a força muscular de MMII e tronco de indivíduos na fase crônica do AVE;e b) verificar se o uso de diferentes formas de operacionalização das medidas altera os seus valores e suas propriedades. A força dos músculos flexores/extensores de quadril, joelho, tornozelo, tronco, abdutores de quadril, flexores laterais e rotadores do tronco de 59 indivíduos na fase crônica do AVE (57,80±13,79 anos; 90,97±71,34 meses de AVE) foi avaliada com o dinamômetro portátil (padrão ouro) e o TEM bilateralmente no primeiro dia de avaliação, pelo examinador-1. No segundo dia (uma a quatro semanas após o primeiro), o examinador-1 e examinador-2 avaliaram a força desses grupos musculares com o TEM de forma independente e utilizando o mesmo protocolo. Um examinador auxiliar fez a leitura e registro de todas as medidas. Para investigar a validade, teste de correlação de Pearson foi utilizado para avaliar a correlação entre as medidas do dinamômetro portátil (Kgf) e do TEM (mmHg). Análise de regressão simples foi utilizada para identificar o melhor modelo para explicar a relação entre as medidas obtidas com os dois equipamentos e fornecer equações de predição dos valores de força em kgf a partir dos valores em mmHg. Para investigar as confiabilidades teste-reteste e interexaminadores do TEM, utilizou-se o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). One-way ANOVA foi utilizada para comparar os valores de força muscular obtidos com o TEM entre as diferentes formas de operacionalização das medidas (=0,05). Valores significativos e classificados como no mínimo moderados foram encontrados para a validade (0,79r0,90;p0,001), confiabilidades teste-reteste (0,57CCI0,98;p0,001) e interexaminadores (0,53CCI0,97;p0,001) para todos os grupos musculares considerando as diferentes formas de operacionalização, exceto a confiabilidade interexaminadores da primeira repetição dos flexores plantares do lado não parético, classificada como baixa (CCI=0,34;p0,001). ANOVA evidenciou valores similares entre as formas de operacionalização das medidas para todos os grupos musculares (0,003F0,08;0,92p1,00). A análise de regressão linear demonstrou que os valores em mmHg foram bons preditores dos valores em kgf (0,62r20,90;p0,001). Portanto, o TEM apresentou validade de critério concorrente e confiabilidades teste-reteste e interexaminadores adequados para avaliar a força muscular de MMII e tronco de indivíduos na fase crônica do AVE, sendo necessária a realização de apenas uma repetição após familiarização. Recomenda-se a média de duas medidas do TEM para os flexores plantares do lado não parético quando avaliado por dois examinadores.
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A força dos músculos flexores/extensores de quadril, joelho, tornozelo, tronco, abdutores de quadril, flexores laterais e rotadores do tronco de 59 indivíduos na fase crônica do AVE (57,80±13,79 anos; 90,97±71,34 meses de AVE) foi avaliada com o dinamômetro portátil (padrão ouro) e o TEM bilateralmente no primeiro dia de avaliação, pelo examinador-1. No segundo dia (uma a quatro semanas após o primeiro), o examinador-1 e examinador-2 avaliaram a força desses grupos musculares com o TEM de forma independente e utilizando o mesmo protocolo. Um examinador auxiliar fez a leitura e registro de todas as medidas. Para investigar a validade, teste de correlação de Pearson foi utilizado para avaliar a correlação entre as medidas do dinamômetro portátil (Kgf) e do TEM (mmHg). Análise de regressão simples foi utilizada para identificar o melhor modelo para explicar a relação entre as medidas obtidas com os dois equipamentos e fornecer equações de predição dos valores de força em kgf a partir dos valores em mmHg. Para investigar as confiabilidades teste-reteste e interexaminadores do TEM, utilizou-se o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). One-way ANOVA foi utilizada para comparar os valores de força muscular obtidos com o TEM entre as diferentes formas de operacionalização das medidas (=0,05). Valores significativos e classificados como no mínimo moderados foram encontrados para a validade (0,79r0,90;p0,001), confiabilidades teste-reteste (0,57CCI0,98;p0,001) e interexaminadores (0,53CCI0,97;p0,001) para todos os grupos musculares considerando as diferentes formas de operacionalização, exceto a confiabilidade interexaminadores da primeira repetição dos flexores plantares do lado não parético, classificada como baixa (CCI=0,34;p0,001). ANOVA evidenciou valores similares entre as formas de operacionalização das medidas para todos os grupos musculares (0,003F0,08;0,92p1,00). A análise de regressão linear demonstrou que os valores em mmHg foram bons preditores dos valores em kgf (0,62r20,90;p0,001). Portanto, o TEM apresentou validade de critério concorrente e confiabilidades teste-reteste e interexaminadores adequados para avaliar a força muscular de MMII e tronco de indivíduos na fase crônica do AVE, sendo necessária a realização de apenas uma repetição após familiarização. Recomenda-se a média de duas medidas do TEM para os flexores plantares do lado não parético quando avaliado por dois examinadores.Muscular weakness is often observed in subjects with stroke. The methods commonly used to assess this outcome in clinical settings have significant disadvantages. The objectives of this study were: a) to investigate the concurrent criterion-related validity and the test-retest and inter-rater reliabilities of the MST for the assessment of LL and trunk muscular strength of subjects with chronic stroke; and b) to verify whether the use of different outcome measures affected the measures and their properties. The strength of the hip flexors/extensors/abductors, knee flexors/extensors, ankle dorsiflexors/plantar flexors, trunk flexors/lateral flexors/extensors/rotators of 59 subjects with chronic stroke (57.80±13.79 y;90.97±71.34 months since the onset of stroke) was assessed with a hand-held dynamometer (HHD) and the MST bilaterally on the first day of assessment by Examiner 1. On the second day (one to four weeks apart), Examiners 1 and 2 assessed the strength of these muscular groups with the MST independently, following the same protocol. An assistant examiner read and recorded all of the measures. One-way ANOVA was used to compare the strength values obtained with the MST. To investigate the validity, the Pearson correlation test was used to assess the correlation between the measures of the HHD (Kgf) and the MST (mmHg). Simple regression analyses were used to identify the best model that could explain the relationships between the measures obtained with both devices and provide the estimated equations to predict the force values in Kgf, based on the values, in mmHg. Intraclass correlation coefficient (ICC) was used to investigate test-retest and inter-rater reliabilities (=0.05). ANOVA showed similar values among the outcome measures for all muscular groups (0.003F0.08;0.92p1.00). Significant values classified as moderate to very high were found for validity (0.79r0.90;p0.001), test-retest reliability (0.57CCI0.98;p0.001), and inter-rater reliability (0.53CCI0.97;p0.001) for all muscular groups considering the different outcome measures, except the inter-rater reliability of the first trial of the plantar flexors of the nonparetic side, for which reliability was very low (CCI=0.34;p0.001). Linear regression analyses demonstrated that the values in mmHg were good predictors of the values in Kgf (0.62r20.90;p0.001). Therefore, the MST showed adequate concurrent criterion-related validity and test-retest and inter-rater reliabilities for the assessment of LL and trunk muscular strength of subjects with chronic stroke, with only one measure required, after familiarization. The mean of two MST trials are recommended for the plantar flexors of the nonparetic side, when assessed by two examiners. Estimated regression equations for the prediction of the values in kgf from the values in mmHg were provided.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAcidentes vasculares cerebraisInstrumentos de mediçãoMembros inferioresForça muscularValidade dos testesAvaliaçãoValidadeAcidente Vascular CerebralForça muscularConfiabilidadeValidade e confiabilidade do teste do esfigmomanômetro modificado para a avaliação da força muscular de membros inferiores e tronco de indivíduos na fase crônica do acidente vascular encefálicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_versao_final_lucas.pdfapplication/pdf1622838https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97VHBC/1/dissertacao_versao_final_lucas.pdf6a25c1805031eee03f8986fb200522adMD51TEXTdissertacao_versao_final_lucas.pdf.txtdissertacao_versao_final_lucas.pdf.txtExtracted texttext/plain156976https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97VHBC/2/dissertacao_versao_final_lucas.pdf.txt56a333ff361a6a447377ceeb97655c23MD521843/BUOS-97VHBC2019-11-14 08:06:14.086oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-97VHBCRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:06:14Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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