Efeitos do estradiol e dos canais TRPV1 sobre a termorregulação em ratas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flávia Magalhães Araújo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/60168
Resumo: A menopausa se caracteriza por um período de transição na vida da mulher em que ocorre a interrupção da menstruação durante 12 meses após o término do período menstrual. Nessa fase, ocorre um comprometimento na secreção de hormônios ovarianos, dentre eles o estradiol (E2). Considerando os distúrbios comumente relatados, estão presentes as alterações vasomotoras, no ciclo sono vigília e na termorregulação. As ondas de calor, também conhecidas como hot flushes, se enquadram como a principal manifestação clínica de desconforto, acometendo aproximadamente 75% das mulheres de meia idade. Sabe-se que esse sintoma pode ser amenizado pela terapia de reposição hormonal por um mecanismo pouco elucidado. Além disso, muitos estudos apontam os canais Receptores Potencial Transiente Vanilóide 1 (TRPV1) como importantes componentes no controle termorregulatório. Diante disso, levantamos a hipótese de que este canal, assim como o E2, podem estar envolvidos no controle circadiano e homeostático de temperatura em ratas. Avaliamos, em ratas adultas ovariectomizadas (OVX), o efeito do E2 sobre as variações circadianas de temperatura interna (Tinterna) e atividade locomotora espontânea (ALE) durante 4 dias. Para verificar a importância dos canais TRPV1 em associação com esse hormônio, ratas OVX tratadas com E2 receberam injeção intraperitoneal (i.p.) do agonista resiniferatoxina (RTX) na dose suficiente para promover a dessensibilização desses canais da cavidade abdominal. Os mesmos parâmetros rítmicos foram novamente analisados. O efeito do estradiol sobre a termorregulação foi avaliado durante a exposição a ambiente aquecido de 34°C por 40 minutos, período onde se mensurou a Tinterna e Tcauda. Com estes valores calculou-se o limiar e a sensibilidade de dissipação de calor. A taxa metabólica também foi medida nas mesmas condições do ambiente aquecido por meio da análise do consumo de oxigênio (VO2). Ratas tratadas com E2 que passaram pelo processo de dessensibilização com RTX também foram expostas ao ambiente aquecido e tiveram os mesmos parâmetros termorregulatórios analisados. A duração do tratamento com E2 em todos os protocolos experimentais foi de 14 dias e os animais tratados com veículo do estradiol (óleo de milho) e do RTX (etanol 20% em salina) compuseram os grupos controles. A temperatura interna (Tinterna) foi obtida através de um sensor de telemetria implantado na cavidade abdominal e atemperatura da cauda (Tcauda), utilizada para avaliar a capacidade de dissipação de calor, foi medida através de um termômetro de precisão. Os implantes de óleo ou de E2 foram colocados no dorso do animal, via subcutânea (s.c.). O peso relativo do útero e o teste de CCK provaram a eficácia dos tratamentos com E2 e RTX, respectivamente. Algumas diferenças de Tinterna foram observadas entre ratas E2 e óleo durante a fase escura, mas não houve alteração na amplitude deste ritmo. Ratas E2 + RTX e E2 + Veículo também apresentaram maiores valores de Tinterna predominantemente na fase escura, de forma que a amplitude desse ritmo foi maior nos animais dessensibilizados. A amplitude da ALE não foi alterada nos grupos tratados em relação aos respectivos grupos controle. Em relação à exposição ao ambiente aquecido, foi observado um aumento crescente na Tinterna em ratas óleo e E2. No entanto, a dissipação de calor pela pele da cauda foi mais efetiva nesse último grupo. Este hormônio reduziu o limiar de dissipação de calor e aumentou a sensibilidade. Nas ratas E2 + RTX, a Tinterna durante a exposição ao calor foi notavelmente maior que no grupo E2 + Veículo, que pode estar relacionado a um prejuízo na dissipação de calor pela pele da cauda. A ausência do canal TRPV1 abdominal também elevou o limiar de dissipação de calor e reduziu a sensibilidade nesses animais em relação ao grupo controle. Em conclusão, tanto o E2 quanto os canais TRPV1 são importantes para o controle circadiano e homeostático de temperatura, visto que a falta de um desses componentes compromete os mecanismos termorregulatórios de ratas. Assim, ambos se classificam como possíveis alvos terapêuticos que ajudam a explicar os mecanismos envolvidos nas ondas de calor presentes na menopausa.
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Além disso, muitos estudos apontam os canais Receptores Potencial Transiente Vanilóide 1 (TRPV1) como importantes componentes no controle termorregulatório. Diante disso, levantamos a hipótese de que este canal, assim como o E2, podem estar envolvidos no controle circadiano e homeostático de temperatura em ratas. Avaliamos, em ratas adultas ovariectomizadas (OVX), o efeito do E2 sobre as variações circadianas de temperatura interna (Tinterna) e atividade locomotora espontânea (ALE) durante 4 dias. Para verificar a importância dos canais TRPV1 em associação com esse hormônio, ratas OVX tratadas com E2 receberam injeção intraperitoneal (i.p.) do agonista resiniferatoxina (RTX) na dose suficiente para promover a dessensibilização desses canais da cavidade abdominal. Os mesmos parâmetros rítmicos foram novamente analisados. O efeito do estradiol sobre a termorregulação foi avaliado durante a exposição a ambiente aquecido de 34°C por 40 minutos, período onde se mensurou a Tinterna e Tcauda. Com estes valores calculou-se o limiar e a sensibilidade de dissipação de calor. A taxa metabólica também foi medida nas mesmas condições do ambiente aquecido por meio da análise do consumo de oxigênio (VO2). Ratas tratadas com E2 que passaram pelo processo de dessensibilização com RTX também foram expostas ao ambiente aquecido e tiveram os mesmos parâmetros termorregulatórios analisados. A duração do tratamento com E2 em todos os protocolos experimentais foi de 14 dias e os animais tratados com veículo do estradiol (óleo de milho) e do RTX (etanol 20% em salina) compuseram os grupos controles. A temperatura interna (Tinterna) foi obtida através de um sensor de telemetria implantado na cavidade abdominal e atemperatura da cauda (Tcauda), utilizada para avaliar a capacidade de dissipação de calor, foi medida através de um termômetro de precisão. Os implantes de óleo ou de E2 foram colocados no dorso do animal, via subcutânea (s.c.). O peso relativo do útero e o teste de CCK provaram a eficácia dos tratamentos com E2 e RTX, respectivamente. Algumas diferenças de Tinterna foram observadas entre ratas E2 e óleo durante a fase escura, mas não houve alteração na amplitude deste ritmo. Ratas E2 + RTX e E2 + Veículo também apresentaram maiores valores de Tinterna predominantemente na fase escura, de forma que a amplitude desse ritmo foi maior nos animais dessensibilizados. A amplitude da ALE não foi alterada nos grupos tratados em relação aos respectivos grupos controle. Em relação à exposição ao ambiente aquecido, foi observado um aumento crescente na Tinterna em ratas óleo e E2. No entanto, a dissipação de calor pela pele da cauda foi mais efetiva nesse último grupo. Este hormônio reduziu o limiar de dissipação de calor e aumentou a sensibilidade. Nas ratas E2 + RTX, a Tinterna durante a exposição ao calor foi notavelmente maior que no grupo E2 + Veículo, que pode estar relacionado a um prejuízo na dissipação de calor pela pele da cauda. A ausência do canal TRPV1 abdominal também elevou o limiar de dissipação de calor e reduziu a sensibilidade nesses animais em relação ao grupo controle. Em conclusão, tanto o E2 quanto os canais TRPV1 são importantes para o controle circadiano e homeostático de temperatura, visto que a falta de um desses componentes compromete os mecanismos termorregulatórios de ratas. Assim, ambos se classificam como possíveis alvos terapêuticos que ajudam a explicar os mecanismos envolvidos nas ondas de calor presentes na menopausa.Menopause is characterized by a transition period in a woman's life when occurs menses interruption for 12 months after the end of the menstrual period. At this stage, there is a commitment in ovarian hormones secretion, including estradiol’s secretion (E2). Considering the common reported disorders, there are vasomotor, sleep–wake cycle and thermoregulation changes. Heat waves, also known as hot flushes, are considered the main clinical manifestation of discomfort, affecting approximately 75% of middle-aged women. It is known that this symptom can be minimized by hormone replacement therapy although the mechanism for this is not well elucidated. In addition, many studies show Transient Receptor Potential Channel-Vanilloid 1(TRPV1) as an important component in thermoregulatory control. Therefore, we hypothesized that this channel as well as E2 may be involved in the circadian and homeostatic control of temperature in female rats. We evaluated in ovariectomized adult female rats (OVX) E2’s effects on the circadian rhythms in body core temperature variations (Tcore) and spontaneous locomotor activity (ALE) for 4 days. To check the importance of the TRPV1 channel in association with this hormone, OVX rats treated with E2 received resiniferatoxin (RTX) agonist intraperitoneal injection (i.p.) at sufficient dose to cause desensitization of these channels in abdominal cavity. The same rhythmic parameters were analyzed again (body core temperature and ALE). The hormone’s effects on thermoregulation were evaluated during heat challenge at 34 ° C for 40 minutes, when Tcore and Tskin were measured. Based on these values, we calculated the threshold and the sensitivity to heat dissipation response. The metabolic rate was also measured under the same conditions of thermal challenge through oxygen consumption (VO2) rates. E2 treated rats desensitized by RTX were also subjected to thermal challenge and the same thermoregulatory parameters were analyzed. The duration of E2 treatment in all experimental protocol was 14 days and the control groups were represented by animals treated with E2 vehicle (corn oil) and RTX (20% ethanol in saline). The core temperature (Tcore) was obtained by implantation of a telemetric sensor in the abdominal cavity and the tail skin temperature (Tskin), used to evaluate the heat dissipation capacity, was measured by a precision thermometer. The implants containing oil or E2 were inserted subcutaneously (s.c.) in animal’s backs. Relativeuterine weight and CCK test proved the effectiveness of treatments with E2 and RTX, respectively. Some differences were observed between Tcore of E2-treated rats and oil-treated rats during dark phase, but there was no change in the amplitude rhythm. Groups of animals treated with E2 + RTX and E2 + vehicle also showed higher values of Tcore predominantly in the dark phase, so the amplitude of this rhythm was higher in animals desensitized. ALE’s amplitude did not change in the RTX-treated groups compared to respective control groups. In relation to thermal challenge, there was an increase in Tcore of oil and E2 rats. However, the heat dissipation from tail skin was most effective in this last group. Estradiol reduced the threshold of heat dissipation and increased sensitivity. In the E2 + RTX rats, the Tcore during thermal challenge was notably higher than the E2 + vehicle group, which may be related to impaired heat dissipation through tail skin. The absence of abdominal TRPV1 channel also increased the threshold for heat dissipation and reduced sensitivity in these animals compared to the control group. In conclusion, both the E2 as TRPV1 channels are important for homeostatic and circadian temperature control, whereas the lack of these components compromises thermoregulatory rats’ mechanisms. So both are classified as potential therapeutic targets that help to explain the mechanisms involved in heat waves present in menopause.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e FarmacologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessFisiologiaTemperatura CorporalMenopausaTemperatura corporal internaResiniferatoxinaMenopausaEfeitos do estradiol e dos canais TRPV1 sobre a termorregulação em ratasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Flávia Magalhães Araújo_ versão completa.pdfDissertação Flávia Magalhães Araújo_ versão completa.pdfapplication/pdf1724134https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60168/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Fl%c3%a1via%20Magalh%c3%a3es%20Ara%c3%bajo_%20vers%c3%a3o%20completa.pdf6ec66122fe4b934e8b59323af6eff4b1MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60168/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/60168/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/601682023-10-27 14:07:49.674oai:repositorio.ufmg.br:1843/60168TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-10-27T17:07:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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