Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Genil Mororó Araújo Camelo Júnior
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32028
Resumo: A esquistossomose e a leishmaniose são classificadas como doenças tropicais negligenciadas e afetam principalmente populações de baixa renda em áreas tropicais com difícil acesso a serviços de saúde. Além disso, a patologia de ambas as doenças é diretamente ligada à resposta imune do hospedeiro. Schistosoma mansoni, o agente etiológico da esquistossomose no Brasil, induz três diferentes respostas durante seu ciclo de vida: a fase pré-postural é caracterizada por uma resposta Th-1, enquanto as respostas nas fases aguda e crônica são predominantemente Th-2 e regulatória, respectivamente. Por sua vez, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) corresponde a um espectro de doenças, indo desde úlceras localizadas e autolimitadas, até lesões múltiplas e desfigurantes. Uma forte resposta Th-1 é associada ao controle de Leishmania sp., mas leva a extenso dano tecidual. De outro lado, respostas Th-2 e regulatórias, ao passo que controlam o dano provocado pela resposta Th-1, favorecem o crescimento intracelular do parasito. L. (Leishmania) amazonensis é uma das diversas espécies que causam LTA, e suas regiões endêmicas se sobrepõem às áreas onde há transmissão de S. mansoni. Alguns trabalhos abordaram a coinfecção entre S. mansoni e Leishmania sp., evidenciando aumento na susceptibilidade de células, proeminência de resposta regulatória e pior resposta ao tratamento. No entanto, nenhum estudo até agora investigou as consequências de cada fase da esquistossomose no parasitismo intracelular de L. (L.) amazonensis em macrófagos. Camundongos BALB/c não infectados e com 3, 8 ou 12 semanas de esquistossomose foram eutanasiados para recuperação de células da medula óssea e cultivo na presença de meio condicionado de células L929 para induzir a diferenciação de macrófagos. Macrófagos derivados da medula óssea dos diferentes grupos experimentais foram plaqueados em placas de 24 poços contendo lamínulas de vidro e infectados com promastigotas de fase estacionária de L. (L.) amazonensis, na proporção de 10 promastigotas por célula. Foram, também, mantidas células não infectadas. As lamínulas foram fixadas e coradas com 48 e 72 horas após infecção. Sobrenadante de cultura foram coletados com 24, 48 e 72 horas pós-infecção. Mesmo que a porcentagem de macrófagos infectados não tenha diferido entre os grupos, macrófagos recuperados de animais na fase aguda da esquistossomose tiveram número maior de amastigotas intracelulares, acompanhada de menor produção de óxido nítrico por essas células. Não foram achadas diferenças na atividade de arginase nem nos níveis de IL-10. Durante a fase pré-postural, o sobrenadante de macrófagos teve maiores concentrações de TGF-β e CCL5, enquanto a infecção na fase aguda levou apenas a um aumento de TGF-β. A infecção crônica promoveu aumento de TGF-β e CXCL2, mas níveis menores de CCL5 que no grupo controle. Esses resultados claramente mostram que todas as fases da infecção de S. mansoni são capazes de influenciar a maturação de macrófagos e como essas células respondem à infecção in vitro por L. (L.) amazonensis. Efeitos a longo prazo na LTA também podem acontecer devido a recrutamento e ativação divergentes de células por macrófagos infectados. Juntos, esses resultados mostram a importância de estudos sobre a coinfecção por S. mansoni e L. (L.) amazonensis, já que os mecanismos envolvidos nesse processo ainda têm de ser mais bem explorados.
id UFMG_711557ce3b582c99cb97498110fd46d4
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/32028
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Déborah Aparecida Negrão-Corrêahttp://lattes.cnpq.br/3655645192101507Maria Norma MeloLeda Quércia VieiraRicardo Toshio Fujiwarahttp://lattes.cnpq.br/1104324475604856Genil Mororó Araújo Camelo Júnior2020-01-20T15:53:18Z2020-01-20T15:53:18Z2019-10-24http://hdl.handle.net/1843/32028A esquistossomose e a leishmaniose são classificadas como doenças tropicais negligenciadas e afetam principalmente populações de baixa renda em áreas tropicais com difícil acesso a serviços de saúde. Além disso, a patologia de ambas as doenças é diretamente ligada à resposta imune do hospedeiro. Schistosoma mansoni, o agente etiológico da esquistossomose no Brasil, induz três diferentes respostas durante seu ciclo de vida: a fase pré-postural é caracterizada por uma resposta Th-1, enquanto as respostas nas fases aguda e crônica são predominantemente Th-2 e regulatória, respectivamente. Por sua vez, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) corresponde a um espectro de doenças, indo desde úlceras localizadas e autolimitadas, até lesões múltiplas e desfigurantes. Uma forte resposta Th-1 é associada ao controle de Leishmania sp., mas leva a extenso dano tecidual. De outro lado, respostas Th-2 e regulatórias, ao passo que controlam o dano provocado pela resposta Th-1, favorecem o crescimento intracelular do parasito. L. (Leishmania) amazonensis é uma das diversas espécies que causam LTA, e suas regiões endêmicas se sobrepõem às áreas onde há transmissão de S. mansoni. Alguns trabalhos abordaram a coinfecção entre S. mansoni e Leishmania sp., evidenciando aumento na susceptibilidade de células, proeminência de resposta regulatória e pior resposta ao tratamento. No entanto, nenhum estudo até agora investigou as consequências de cada fase da esquistossomose no parasitismo intracelular de L. (L.) amazonensis em macrófagos. Camundongos BALB/c não infectados e com 3, 8 ou 12 semanas de esquistossomose foram eutanasiados para recuperação de células da medula óssea e cultivo na presença de meio condicionado de células L929 para induzir a diferenciação de macrófagos. Macrófagos derivados da medula óssea dos diferentes grupos experimentais foram plaqueados em placas de 24 poços contendo lamínulas de vidro e infectados com promastigotas de fase estacionária de L. (L.) amazonensis, na proporção de 10 promastigotas por célula. Foram, também, mantidas células não infectadas. As lamínulas foram fixadas e coradas com 48 e 72 horas após infecção. Sobrenadante de cultura foram coletados com 24, 48 e 72 horas pós-infecção. Mesmo que a porcentagem de macrófagos infectados não tenha diferido entre os grupos, macrófagos recuperados de animais na fase aguda da esquistossomose tiveram número maior de amastigotas intracelulares, acompanhada de menor produção de óxido nítrico por essas células. Não foram achadas diferenças na atividade de arginase nem nos níveis de IL-10. Durante a fase pré-postural, o sobrenadante de macrófagos teve maiores concentrações de TGF-β e CCL5, enquanto a infecção na fase aguda levou apenas a um aumento de TGF-β. A infecção crônica promoveu aumento de TGF-β e CXCL2, mas níveis menores de CCL5 que no grupo controle. Esses resultados claramente mostram que todas as fases da infecção de S. mansoni são capazes de influenciar a maturação de macrófagos e como essas células respondem à infecção in vitro por L. (L.) amazonensis. Efeitos a longo prazo na LTA também podem acontecer devido a recrutamento e ativação divergentes de células por macrófagos infectados. Juntos, esses resultados mostram a importância de estudos sobre a coinfecção por S. mansoni e L. (L.) amazonensis, já que os mecanismos envolvidos nesse processo ainda têm de ser mais bem explorados.Schistosomiasis and leishmaniasis are classified as neglected tropical diseases and affect mostly tropical, low-income populations that lack access to proper health care. As a further matter, both diseases have their pathogenesis directly linked to the host’s immune response. Schistosoma mansoni, the etiologic agent of schistosomiasis in Brazil, elicits three different immune response types during its life cycle: the pre-postural phase is characterized by a Th-1 immune response, while acute and chronic phases are predominantly marked by a Th-2 and a regulatory response, respectively. On its turn, American tegumentary leishmaniasis (ATL) corresponds to a spectrum of diseases, ranging from localized, self-healing ulcers to multiple, disfiguring lesions. A strong Th-1 response is associated with Leishmania sp. control, but leads to extensive tissue damage. Au contraire, Th-2 and regulatory responses, while limiting Th-1-driven damage, favour the parasite’s intracellular growth. L. (Leishmania) amazonensis is one of several Leishmania species that cause ATL, and its endemic regions overlap with S. mansoni transmission areas. Some works have addressed S. mansoni and Leishmania sp. coinfection and have shown enhanced cell susceptibility, preeminence of a regulatory immune response and worse response to treatment. However, no study up until now has investigated the consequences of each phase of schistosomiasis in the intracellular parasitism of L. (L.) amazonensis in macrophages. BALB/c mice uninfected or after 3, 8 and 12 weeks of S. mansoni infection were euthanized in order to recover bone marrow cells, which were cultured in the presence of L929 conditioned medium to induce macrophage differentiation. Macrophages were then plated on round coverslips in 24-well plates and infected with L. (L.) amazonensis stationary phase promastigotes, 10 promastigotes per cell. Replicas from each experimental group were kept uninfected. Coverslips were fixed and stained at 48 and 72 hours post-infection. Culture supernatants were collected with 24, 48 and 72 hours post-infection. Although the percentage of infected macrophages showed no difference between groups, macrophages recovered form animals with acute schistosomiasis had an increased number of intracellular amastigotes, accompanied by lower nitric oxide production. No differences were found in arginase activity and IL-10 levels. During pre-postural infection, macrophages showed higher concentrations of TGF-β and CCL5 in culture supernatant, while acute infection lead only to higher TGF-β levels. Chronic infection had increased TGF-β and CXCL2 concentrations, while its CCL5 levels were lower than the control group. These results clearly show that all S. mansoni infection phases differently influence macrophage maturation and how these cells respond to L. (L.) amazonensis infection in vitro. Long-term effects on ATL may also happen due to divergent cell recruitment and activation by infected macrophages. Together, these results further show the importance of studies revolving around S. mansoni and L. (L.) amazonensis coinfection, for the mechanisms involved in this process are yet to be better understood.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorOutra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIAParasitologiaEsquistossomoseLeishmanioseCoinfecçãoResposta imuneEsquistossomoseLeishmanioseCoinfecçãoResposta ImuneDiferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Genil Completa.pdfDissertação Genil Completa.pdfapplication/pdf31984085https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32028/3/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Genil%20Completa.pdff3b54e2cdab84515926b57625a809c91MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32028/4/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD54TEXTDissertação Genil Completa.pdf.txtDissertação Genil Completa.pdf.txtExtracted texttext/plain219526https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32028/5/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Genil%20Completa.pdf.txt92846ead7e8d2b8e7f4cdf9dd2666436MD551843/320282020-01-21 03:23:43.213oai:repositorio.ufmg.br:1843/32028TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-21T06:23:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
title Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
spellingShingle Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
Genil Mororó Araújo Camelo Júnior
Esquistossomose
Leishmaniose
Coinfecção
Resposta Imune
Parasitologia
Esquistossomose
Leishmaniose
Coinfecção
Resposta imune
title_short Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
title_full Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
title_fullStr Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
title_full_unstemmed Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
title_sort Diferentes fases da infecção por Schistosoma mansoni afetam a susceptibilidade de macrófagos derivados de medula óssea a Leishmania (Leishmania) amazonensis in vitro
author Genil Mororó Araújo Camelo Júnior
author_facet Genil Mororó Araújo Camelo Júnior
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Déborah Aparecida Negrão-Corrêa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3655645192101507
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Maria Norma Melo
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Leda Quércia Vieira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ricardo Toshio Fujiwara
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1104324475604856
dc.contributor.author.fl_str_mv Genil Mororó Araújo Camelo Júnior
contributor_str_mv Déborah Aparecida Negrão-Corrêa
Maria Norma Melo
Leda Quércia Vieira
Ricardo Toshio Fujiwara
dc.subject.por.fl_str_mv Esquistossomose
Leishmaniose
Coinfecção
Resposta Imune
topic Esquistossomose
Leishmaniose
Coinfecção
Resposta Imune
Parasitologia
Esquistossomose
Leishmaniose
Coinfecção
Resposta imune
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Parasitologia
Esquistossomose
Leishmaniose
Coinfecção
Resposta imune
description A esquistossomose e a leishmaniose são classificadas como doenças tropicais negligenciadas e afetam principalmente populações de baixa renda em áreas tropicais com difícil acesso a serviços de saúde. Além disso, a patologia de ambas as doenças é diretamente ligada à resposta imune do hospedeiro. Schistosoma mansoni, o agente etiológico da esquistossomose no Brasil, induz três diferentes respostas durante seu ciclo de vida: a fase pré-postural é caracterizada por uma resposta Th-1, enquanto as respostas nas fases aguda e crônica são predominantemente Th-2 e regulatória, respectivamente. Por sua vez, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) corresponde a um espectro de doenças, indo desde úlceras localizadas e autolimitadas, até lesões múltiplas e desfigurantes. Uma forte resposta Th-1 é associada ao controle de Leishmania sp., mas leva a extenso dano tecidual. De outro lado, respostas Th-2 e regulatórias, ao passo que controlam o dano provocado pela resposta Th-1, favorecem o crescimento intracelular do parasito. L. (Leishmania) amazonensis é uma das diversas espécies que causam LTA, e suas regiões endêmicas se sobrepõem às áreas onde há transmissão de S. mansoni. Alguns trabalhos abordaram a coinfecção entre S. mansoni e Leishmania sp., evidenciando aumento na susceptibilidade de células, proeminência de resposta regulatória e pior resposta ao tratamento. No entanto, nenhum estudo até agora investigou as consequências de cada fase da esquistossomose no parasitismo intracelular de L. (L.) amazonensis em macrófagos. Camundongos BALB/c não infectados e com 3, 8 ou 12 semanas de esquistossomose foram eutanasiados para recuperação de células da medula óssea e cultivo na presença de meio condicionado de células L929 para induzir a diferenciação de macrófagos. Macrófagos derivados da medula óssea dos diferentes grupos experimentais foram plaqueados em placas de 24 poços contendo lamínulas de vidro e infectados com promastigotas de fase estacionária de L. (L.) amazonensis, na proporção de 10 promastigotas por célula. Foram, também, mantidas células não infectadas. As lamínulas foram fixadas e coradas com 48 e 72 horas após infecção. Sobrenadante de cultura foram coletados com 24, 48 e 72 horas pós-infecção. Mesmo que a porcentagem de macrófagos infectados não tenha diferido entre os grupos, macrófagos recuperados de animais na fase aguda da esquistossomose tiveram número maior de amastigotas intracelulares, acompanhada de menor produção de óxido nítrico por essas células. Não foram achadas diferenças na atividade de arginase nem nos níveis de IL-10. Durante a fase pré-postural, o sobrenadante de macrófagos teve maiores concentrações de TGF-β e CCL5, enquanto a infecção na fase aguda levou apenas a um aumento de TGF-β. A infecção crônica promoveu aumento de TGF-β e CXCL2, mas níveis menores de CCL5 que no grupo controle. Esses resultados claramente mostram que todas as fases da infecção de S. mansoni são capazes de influenciar a maturação de macrófagos e como essas células respondem à infecção in vitro por L. (L.) amazonensis. Efeitos a longo prazo na LTA também podem acontecer devido a recrutamento e ativação divergentes de células por macrófagos infectados. Juntos, esses resultados mostram a importância de estudos sobre a coinfecção por S. mansoni e L. (L.) amazonensis, já que os mecanismos envolvidos nesse processo ainda têm de ser mais bem explorados.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-10-24
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-01-20T15:53:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-01-20T15:53:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/32028
url http://hdl.handle.net/1843/32028
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32028/3/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Genil%20Completa.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32028/4/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32028/5/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Genil%20Completa.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f3b54e2cdab84515926b57625a809c91
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
92846ead7e8d2b8e7f4cdf9dd2666436
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589189661360128