Educadores populares e movimento popular: relação de saber
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1989 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/FAEC-87DGMF |
Resumo: | As diversas experiências realizadas no campo da educação popular não oficial têm demonstrado que a tentativa de intervir no social por parte de instituições e grupos de educadores populares, vêm provocando duplo movimento. O primeiro movimento parte dos grupos de educação popular em direção à realidade social que eles tentam servir e /ou modificar. O segundo movimento, em sentido inverso, parte da realidade social em direção aos grupos e instituições. Enquanto o primeiro movimento gera a intervenção educativa que tenta ser fiel à proposta pedagógica, de caráter sócio-política, formulada anteriormente, o segundo leva os grupos e instituições a rependarem sua prática, a questionar e prolematizar seu métodos, suas concepções político-filosóficas e a reelaborarem as propostas pedagógicas. Júlio Barreiro, teólogo uruguaio ligado a educadores populares brasileiros, descreve um ângulo da mudança do segundo movimento:Durante algum tempo, a maioria desses grupos adotava um modelo de análise dos problemas da sociedade capitalista ao nível de sua "cultura".Mais ainda, em alguns casos, as contradições apontadas a este nível das relações culturais eram os indicadores quase únicos para a interpretação de toda a sociedade. A expressão teórica dessa posição adotada eram os modelos tipo culturalistas de interpretação da realidade social. Tal esquema de análise social não poderia deixar de ser pouco preciso e pouco totalizador e , por certo, não poderia oferecer perspectivas de ação capazes de conduzir a um processo de relações mais essenciais da sociedade capitalista. A expressão prática de tudo isso foi a organização da educação popular que se inclinava para o utopismo pedagógico ou para a subestimação da pedagogia. |
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