Padrões espaciais, dispersão e fatores associados à febre amarela silvestre no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2019
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/51491 |
Resumo: | A febre amarela é um arbovírus de elevado potencial epidêmico e letalidade, cujo ciclo selvagem tem gerado ondas epidêmicas, que se originam na região amazônica e atingem o restante do Brasil, cujos aspectos ecoepidemiológicos precisam ser mais bem compreendidos. Por isso, este estudo descreveu e analisou os padrões de distribuição e dispersão da febre amarela silvestre (FAS), e determinou o risco espaço-temporal e os fatores associados à ocorrência de casos humanos no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2019. Os dados foram obtidos de diferentes fontes (Ministério da Saúde, IBGE, WorldClim, Copernicus, MapBiomas e literatura), descritos em tabelas, gráficos e mapas, analisados com usando ferramentas de estatística e de análise espacial e temporal (Índice de Moran Global e Local, Densidade Kernel, Distribuição Direcional, Regressão Logística Multivariada, e Risco Relativo Espaço-Temporal). Foram confirmados 2.178 casos humanos de FAS, principalmente em trabalhadores rurais pardos, cujo letalidade foi maior quanto mais remota sua localização. Foram confirmadas 2.911 epizootias, principalmente Alouatta, o principal sentinela. Foram registradas regiões com baixa cobertura vacinal, que formaram agrupamentos epidêmicos sobrepostos espaço-temporalmente às regiões epidêmicas, com lacunas explicadas por fatores ambientais. A razão de chance de ocorrência de casos humanos de FAS nos municípios aumentou com o aumento da riqueza de gênero e abundância de epizootias, com baixa cobertura vacinal, com alta precipitação anual, com baixa elevação e temperatura média anual, uso do solo dominado por formação florestal e baixa urbanização. A FAS dispersou por duas rotas principais, observadas em ciclos anteriores, do Sul de Goiás até Paraná e do Norte de Goiás até Rio de Janeiro, permeando silenciosamente por corredores ecoepidemiológicos favoráveis, provocando epidemias severas em determinados trechos, tendo sua circulação impedida temporária ou definitivamente, contribuindo para a existência do ciclo selvagem independente de fronteiras políticas e administrativas. A alta cobertura vacinal é eficaz contra a urbanização, mas não impede a circulação em ambientes silvestres, mantendo o risco permanente de transmissão urbana. Os resultados reforçam a necessidade de estudar o risco de dispersão da FA e a dinâmica de dispersão na interface humano-animal-ambiente, para subsidiar medidas preventivas e multisetoriais, além do fortalecimento do Sistema Único de Saúde do Brasil. |
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David Soeiro Barbosahttp://lattes.cnpq.br/5813375419375980Mariângela Carneirohttp://lattes.cnpq.br/8013405378006706Aristeu Vieira da SilvaCamila Stefanie Fonseca de OliveiraMarcela Lencine FerrazGrasielle Caldas D'Avila Pessoahttp://lattes.cnpq.br/2942642005664286Fabricio Thomaz de Oliveira Ker2023-04-03T15:26:45Z2023-04-03T15:26:45Z2021-12-13http://hdl.handle.net/1843/514910000-0001-6794-2674A febre amarela é um arbovírus de elevado potencial epidêmico e letalidade, cujo ciclo selvagem tem gerado ondas epidêmicas, que se originam na região amazônica e atingem o restante do Brasil, cujos aspectos ecoepidemiológicos precisam ser mais bem compreendidos. Por isso, este estudo descreveu e analisou os padrões de distribuição e dispersão da febre amarela silvestre (FAS), e determinou o risco espaço-temporal e os fatores associados à ocorrência de casos humanos no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2019. Os dados foram obtidos de diferentes fontes (Ministério da Saúde, IBGE, WorldClim, Copernicus, MapBiomas e literatura), descritos em tabelas, gráficos e mapas, analisados com usando ferramentas de estatística e de análise espacial e temporal (Índice de Moran Global e Local, Densidade Kernel, Distribuição Direcional, Regressão Logística Multivariada, e Risco Relativo Espaço-Temporal). Foram confirmados 2.178 casos humanos de FAS, principalmente em trabalhadores rurais pardos, cujo letalidade foi maior quanto mais remota sua localização. Foram confirmadas 2.911 epizootias, principalmente Alouatta, o principal sentinela. Foram registradas regiões com baixa cobertura vacinal, que formaram agrupamentos epidêmicos sobrepostos espaço-temporalmente às regiões epidêmicas, com lacunas explicadas por fatores ambientais. A razão de chance de ocorrência de casos humanos de FAS nos municípios aumentou com o aumento da riqueza de gênero e abundância de epizootias, com baixa cobertura vacinal, com alta precipitação anual, com baixa elevação e temperatura média anual, uso do solo dominado por formação florestal e baixa urbanização. A FAS dispersou por duas rotas principais, observadas em ciclos anteriores, do Sul de Goiás até Paraná e do Norte de Goiás até Rio de Janeiro, permeando silenciosamente por corredores ecoepidemiológicos favoráveis, provocando epidemias severas em determinados trechos, tendo sua circulação impedida temporária ou definitivamente, contribuindo para a existência do ciclo selvagem independente de fronteiras políticas e administrativas. A alta cobertura vacinal é eficaz contra a urbanização, mas não impede a circulação em ambientes silvestres, mantendo o risco permanente de transmissão urbana. Os resultados reforçam a necessidade de estudar o risco de dispersão da FA e a dinâmica de dispersão na interface humano-animal-ambiente, para subsidiar medidas preventivas e multisetoriais, além do fortalecimento do Sistema Único de Saúde do Brasil.Yellow fever is an arbovirus with high epidemic potential and lethality, where the wild cycle has generated epidemic waves that originate in the Amazon region and reach the rest of Brazil, demanding eco-epidemiological aspects need to be better understood. Therefore, this study theorized and analyzed the distribution and dispersion patterns of sylvatic yellow fever (SYF), and determined the spatiotemporal risk and factors associated with the occurrence of human cases in Southeastern Brazil between 2016 and 2019. Search from various sources (Ministry of Health, IBGE, WorldClim, Copernicus, MapBiomas and literature), comparable in tables, graphs and maps, need for statistical tools and spatial and temporal analysis (Global and Local Moran Index, Kernel Density , Directional Distribution, Multivariate Logistic Regression, and Spatiotemporal Relative Risk). A total of 2,178 human cases of SYF were confirmed, mainly in rural worker male brown, whose lethality was greater when its location was remote. 2,911 epizootics were confirmed, mainly Alouatta, the main sentinel. Regions with low vaccination coverage were located, which formed epidemic clusters superimposed space-time over the epidemic regions, with gaps explained by environmental factors. The odds ratio of occurrence of human cases of YFW in the municipalities increased with the increase in gender richness and abundance of epizootics, with low vaccination coverage, with high annual precipitation, with low elevation and average annual temperature, land use dominated by forest formation and low urbanization. The SYF dispersed along two main routes, observed in previous cycles, from the south of Goiás to Paraná and from the north of Goiás to Rio de Janeiro, silently permeating through favorable eco-epidemiological corridors, causing severe epidemics in certain stretches, having its circulation impeded temporarily or definitely, contributing to the existence of the wild cycle regardless of political and administrative boundaries. High vaccination coverage is effective against urbanization, but it does not impede circulation in wild environments, maintaining the permanent risk of urban transmission. The results reinforce the need to study the risk of SYF overflow and dispersion dynamics in the human-animal-environment interface, to support preventive and multisectoral measures, in addition to strengthening the Brazilian Unified Health System.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIAParasitologiaFebre amarelaAnálise espaço-temporalMediação de riscoDispersãoFebre amarelaAnálise espacialRisco espaço-temporalFatores determinantesPadrões espaciais, dispersão e fatores associados à febre amarela silvestre no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2019Spatial patterns, dispersion and factors associated with sylvatic yellow fever in Southeast Brazil between 2016 and 2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPadrões espaciais, dispersão e fatores associados à febre amarela silvestre no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2019.pdfPadrões espaciais, dispersão e fatores associados à febre amarela silvestre no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2019.pdfTeseapplication/pdf16864406https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51491/1/Padr%c3%b5es%20espaciais%2c%20dispers%c3%a3o%20e%20fatores%20associados%20%c3%a0%20febre%20amarela%20silvestre%20no%20Sudeste%20do%20Brasil%20entre%202016%20e%202019.pdf5286adefbf42240ec839159ea287cc97MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51491/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/514912023-04-03 12:26:46.191oai:repositorio.ufmg.br:1843/51491TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-04-03T15:26:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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