Caracterização da proteína rap1 como biomarcador da neoplasia intraepitelial cervical associada à infecção por papilomavírus humano (HPV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelo Antonio Pascoal Xavier
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ABZGXA
Resumo: RAP1 (RAS proximate 1), uma pequena proteína GTPase da superfamília RAS, é um presumido oncogene altamente expresso em várias linhagens de células malignas e tipos de câncer, incluindo alguns tipos de carcinoma de células escamosas (CCE). No entanto, a participação de RAP1 na carcinogênese cervical iniciada pelo Papilomavírus humano (HPV) é desconhecida. Realizamos um estudo transversal de biópsias do colo uterino armazenadas em parafina para determinar a associação de RAP1 com a neoplasia intraepitelial cervical (NIC). A detecção e a genotipagem do HPV foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) nested e a carga viral por PCR em tempo real dos mRNAs das oncoproteínas E6 e E7. Avaliações qualitativa e quantitativa das expressões imuno-histoquímicas de RAP1, RAP1 GAP, p16INK4A (p16) e Ki67 em tecido fixo foram realizadas em 319 biópsias cervicais armazenadas em parafina e classificadas como mucosa normal ou não-displásicas (MND) (n = 65); NIC grau 1 (n = 102), NIC de grau 2/3 (n = 85) e CCE (n = 67). Quantificação da expressão gênica de RAP1A, RAP1B e p16 foi feita por PCR em tempo real. O DNA do HPV foi detectado em 56,73% das amostras de todos os grupos, principalmente NIC 2/3 (68,42%) e CCE (75,00%). Foi observado um aumento gradual nas expressões de RAP1, RAP1 GAP, p16 e Ki67 nos grupos MND <NIC 1 <NIC 2/3 (p <0,001). Especificamente, um aumento progressivo dos níveis de expressão RAP1 aumentou em 3,5 vezes o risco de NIC 1 [odds ratio (OR) = 3,50; intervalo de confiança (IC) de 95%: 1,30-10,64] e em quase 20 vezes o risco de CIN 2/3 (OR = 19,86, IC de 95%: 6,40-70,79), quando comparados com MND. Além disso, a análise de regressão logística ordinal estereótipa mostrou que este aumento progressivo na expressão RAP1 impacta mais fortemente em NIC 2/3 do que em NIC 1. Comparada aos grupos NIC 1 e NIC 2/3, também foi observada menor expressão gênica relativa de RAP1A no grupo CCE (p <0,05). Não foram encontradas diferenças na RAP1B expressão gênica relativa e p16. Assim, os nossos resultados sugerem que RAP1 pode ser um biomarcador útil para o diagnóstico de CIN.
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A detecção e a genotipagem do HPV foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) nested e a carga viral por PCR em tempo real dos mRNAs das oncoproteínas E6 e E7. Avaliações qualitativa e quantitativa das expressões imuno-histoquímicas de RAP1, RAP1 GAP, p16INK4A (p16) e Ki67 em tecido fixo foram realizadas em 319 biópsias cervicais armazenadas em parafina e classificadas como mucosa normal ou não-displásicas (MND) (n = 65); NIC grau 1 (n = 102), NIC de grau 2/3 (n = 85) e CCE (n = 67). Quantificação da expressão gênica de RAP1A, RAP1B e p16 foi feita por PCR em tempo real. O DNA do HPV foi detectado em 56,73% das amostras de todos os grupos, principalmente NIC 2/3 (68,42%) e CCE (75,00%). Foi observado um aumento gradual nas expressões de RAP1, RAP1 GAP, p16 e Ki67 nos grupos MND <NIC 1 <NIC 2/3 (p <0,001). Especificamente, um aumento progressivo dos níveis de expressão RAP1 aumentou em 3,5 vezes o risco de NIC 1 [odds ratio (OR) = 3,50; intervalo de confiança (IC) de 95%: 1,30-10,64] e em quase 20 vezes o risco de CIN 2/3 (OR = 19,86, IC de 95%: 6,40-70,79), quando comparados com MND. Além disso, a análise de regressão logística ordinal estereótipa mostrou que este aumento progressivo na expressão RAP1 impacta mais fortemente em NIC 2/3 do que em NIC 1. Comparada aos grupos NIC 1 e NIC 2/3, também foi observada menor expressão gênica relativa de RAP1A no grupo CCE (p <0,05). Não foram encontradas diferenças na RAP1B expressão gênica relativa e p16. Assim, os nossos resultados sugerem que RAP1 pode ser um biomarcador útil para o diagnóstico de CIN.RAP1 (RAS proximate 1), a small GTP-binding protein of the RAS superfamily, is a putative oncogene that is highly expressed in several malignant cell lines and types of cancers, including some types of squamous cell carcinoma (SCC). However, the participation of RAP1 in cervical carcinogenesis initiated by Human papillomavirus (HPV) is unknown. We conducted a cross-sectional study of paraffin embedded cervical biopsies to determine the association of RAP1 with cervical intraepithelial neoplasia (CIN). HPV detection and genotyping were performed by nested polymerase chain reaction (PCR) and viral load by real-time PCR of E6 and E7 oncoproteins mRNAs. Standard and quantitative immunohistochemistry assessment of RAP1, RAP1 GAP, p16INK4A (p16) and Ki67 expressions in fixed tissue were performed on 319 paraffin-embedded cervical biopsies that were classified as normal or non-dysplastic mucosa (NDM) (n = 65); CIN grade 1 (n = 102), CIN grade 2/3 (n = 85), and SCC (n=67). RAP1A, RAP1B and p16 gene expression quantification was performed by real-time PCR. HPV DNA was detected in 56.73% of the samples in all groups, mainly CIN 2/3 (68.42%) and SCC (75.00%). A gradual increase in RAP1, RAP1 GAP, p16 and Ki67 expressions in NDM < CIN 1 < CIN 2/3 (p<0.001) specimens was observed. Specifically, a progressive increase in the RAP1 expression levels increased the risk of CIN 1 [odds ratio (OR) = 3.50; 95% confidence interval (CI) 1.30-10.64] 3.5 fold and the risk of CIN 2/3 (OR=19.86, 95% CI 6.40-70.79) nearly 20 fold when compared to NDM. In addition, stereotype ordinal logistic regression analysis showed that this progressive increase in RAP1 expression more strongly affected CIN 2/3 than CIN 1. Compared to CIN 1 and CIN 2/3 groups, it also observed lower relative gene expression RAP1A in the SCC group (p <0.05). We found no differences in the relative gene expression RAP1B and p16. Thus, our findings suggest that RAP1 may be a useful biomarker for the diagnosis of CIN.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMicrobiologiaNeoplasia intraepitelial cervicalBiomarcadoresVirus do papilomaMicrobiologiaCaracterização da proteína rap1 como biomarcador da neoplasia intraepitelial cervical associada à infecção por papilomavírus humano (HPV)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_marcelo_antonio_pascoal_xavier.pdfapplication/pdf6952095https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ABZGXA/1/tese_marcelo_antonio_pascoal_xavier.pdf512aa0f7566f74768cbbbab13ecedbd6MD51TEXTtese_marcelo_antonio_pascoal_xavier.pdf.txttese_marcelo_antonio_pascoal_xavier.pdf.txtExtracted texttext/plain249199https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ABZGXA/2/tese_marcelo_antonio_pascoal_xavier.pdf.txtab8b4a0652a07eb179c850e7e0d0f8a7MD521843/BUBD-ABZGXA2019-11-14 05:51:27.309oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-ABZGXARepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:51:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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