Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marco Antonio Gatti Junior
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/63796
Resumo: O trabalho tem por objetivo entender a forma como a população lésbica, gay e bissexual (LGB), principalmente, é compreendida, acolhida e acompanhada pelos profissionais que compõe a equipe multidisciplinar dentro da Rede de Atenção Psicossocial, especificamente nos Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM) em Belo Horizonte, com foco metodológico no CERSAM Pampulha. Parte-se de uma perspectiva de análise histórica de como o controle de corpos tem sido legitimado pela ciência hegemônica ao longo dos anos, com um recorte específico às pessoas LGBTs no que tange a estigmatização e patologização por meio do debate da Saúde Mental. A pesquisa combina a análise do fazer médico-científico hegemônico, do reconhecendo da existência de corpos e condutas sociais marginalizadas, e dos impactos da Reforma Psiquiátrica com as consequentes mudanças de paradigmas referentes à patologização de populações historicamente marginalizas, criminalizadas e encarceradas. Inseridas em seu devir histórico, põe-se em relevo as diversas formas em que patologização e criminalização foram combinadas para produzir a vinculação de padrões sociais estigmatizados às pessoas LGBT, como pederastia, boemia, dentre outros. O estudo busca através do campo compreender qual a permeabilidade e a realidade da execução das legislações e diretrizes referentes ao cuidado à população LGBT na Rede de Atenção Psicossocial e do Sistema Único de Saúde (SUS) no que tange a Saúde Mental, a partir da forma como profissionais de tais serviços trabalham com estas questões no cotidiano do CERSAM. Expende-se acerca das ferramentas de patologização voltadas diretamente às pessoas LGB’s no que tange a sexualidade, avaliando o histórico de disputas institucionais e biomédicas, como por exemplo os projetos e debates entorno da chamada “Cura Gay” que se tornaram situações paradigmáticas, para então confrontá-las com a política de acompanhamento hoje aplicada pelo CERSAM, que pode ser caracterizada como contraposição a tais projetos e debates, no que tange a patologização. Outra dimensão do trabalho busca avaliar a relação entre a política pública e a aplicabilidade da mesma no que tange os limites institucionais, como a generalização, as questões políticas e financeiras para a execução das mesmas, perpassando também valores e questões diretamente ligadas à profissionais na base do atendimento e no cotidiano dos serviços. É possível entender hoje uma forma distinta de se acolher tais pessoas, principalmente no que tange as equipes e legislações regulamentadas a partir do SUS e da forma de compreender a sexualidade como parte importante da formação do ser social, não passível de cura.
id UFMG_747dfd9a2ecfde45fb2fd013eeae632f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/63796
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Érica Renata de Souzahttp://lattes.cnpq.br/2180923030669698http://lattes.cnpq.br/0049082823065892Marco Antonio Gatti Junior2024-02-06T16:05:45Z2024-02-06T16:05:45Z2022-12-21http://hdl.handle.net/1843/63796O trabalho tem por objetivo entender a forma como a população lésbica, gay e bissexual (LGB), principalmente, é compreendida, acolhida e acompanhada pelos profissionais que compõe a equipe multidisciplinar dentro da Rede de Atenção Psicossocial, especificamente nos Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM) em Belo Horizonte, com foco metodológico no CERSAM Pampulha. Parte-se de uma perspectiva de análise histórica de como o controle de corpos tem sido legitimado pela ciência hegemônica ao longo dos anos, com um recorte específico às pessoas LGBTs no que tange a estigmatização e patologização por meio do debate da Saúde Mental. A pesquisa combina a análise do fazer médico-científico hegemônico, do reconhecendo da existência de corpos e condutas sociais marginalizadas, e dos impactos da Reforma Psiquiátrica com as consequentes mudanças de paradigmas referentes à patologização de populações historicamente marginalizas, criminalizadas e encarceradas. Inseridas em seu devir histórico, põe-se em relevo as diversas formas em que patologização e criminalização foram combinadas para produzir a vinculação de padrões sociais estigmatizados às pessoas LGBT, como pederastia, boemia, dentre outros. O estudo busca através do campo compreender qual a permeabilidade e a realidade da execução das legislações e diretrizes referentes ao cuidado à população LGBT na Rede de Atenção Psicossocial e do Sistema Único de Saúde (SUS) no que tange a Saúde Mental, a partir da forma como profissionais de tais serviços trabalham com estas questões no cotidiano do CERSAM. Expende-se acerca das ferramentas de patologização voltadas diretamente às pessoas LGB’s no que tange a sexualidade, avaliando o histórico de disputas institucionais e biomédicas, como por exemplo os projetos e debates entorno da chamada “Cura Gay” que se tornaram situações paradigmáticas, para então confrontá-las com a política de acompanhamento hoje aplicada pelo CERSAM, que pode ser caracterizada como contraposição a tais projetos e debates, no que tange a patologização. Outra dimensão do trabalho busca avaliar a relação entre a política pública e a aplicabilidade da mesma no que tange os limites institucionais, como a generalização, as questões políticas e financeiras para a execução das mesmas, perpassando também valores e questões diretamente ligadas à profissionais na base do atendimento e no cotidiano dos serviços. É possível entender hoje uma forma distinta de se acolher tais pessoas, principalmente no que tange as equipes e legislações regulamentadas a partir do SUS e da forma de compreender a sexualidade como parte importante da formação do ser social, não passível de cura.This paper aims to understand how the lesbian, gay and bisexual (LGB) population, especially, is understood, welcomed and accompanied by professionals who make up the multidisciplinary team within the Psychosocial Care Network, specifically in the Reference Centers for Mental Health (CERSAM) in Belo Horizonte, with a methodological focus on CERSAM Pampulha. It starts from a perspective of historical analysis of how the control of bodies has been legitimized by hegemonic science over the years, with a specific focus on LGBT people regarding stigmatization and pathologization through the debate of Mental Health. The research combines the analysis of the hegemonic medical-scientific work, the recognition of the existence of marginalized bodies and social behaviors, and the impacts of the Psychiatric Reform with the consequent changes in paradigms regarding the pathologization of historically marginalized, criminalized and incarcerated populations. Inserted in its historical becoming, it highlights the various ways in which pathologization and criminalization were combined to produce the linking of stigmatized social patterns to LGBT people, such as pederasty, bohemianism, among others. The study seeks through the field to understand which is the permeability and the reality of the execution of the laws and guidelines concerning the care to the LGBT population in the Psychosocial Care Network and the Unified Health System (SUS) regarding Mental Health, from the way professionals of such services work with these issues in the daily routine of CERSAM. It expands on the pathologizing tools aimed directly at LGB people in terms of sexuality, evaluating the history of institutional and biomedical disputes, such as the projects and debates around the so-called "Gay Cure" that became paradigmatic situations, to then confront them with the follow-up policy applied today by CERSAM, which can be characterized as a counterposition to such projects and debates, in terms of pathologization. Another dimension of the work seeks to evaluate the relationship between public policy and its applicability in terms of institutional limits, such as generalization, political and financial issues for its execution, as well as values and issues directly linked to professionals at the base of care and in the daily life of the services. It is possible to understand today a different way of welcoming such people, especially regarding the teams and legislations regulated by the SUS and the way of understanding sexuality as an important part of the formation of the social being, not subject to cure.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em AntropologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIAAntropologia - TesesPessoas LGBT+ - TesesSaúde mental - TesesSexo - TesesSaúde mentalLGBTCERSAMSexualidadePolítica públicaSUSSaúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação - Marco Antonio Gatti Junior - FINAL REVISÃO.pdfDissertação - Marco Antonio Gatti Junior - FINAL REVISÃO.pdfDissertação - Marco Antonio Gatti Junior - FINALapplication/pdf1845709https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63796/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Marco%20Antonio%20Gatti%20Junior%20-%20FINAL%20REVIS%c3%83O.pdf8368d8c674e93d6aedcc42981b6e2390MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63796/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/637962024-02-06 13:05:45.744oai:repositorio.ufmg.br:1843/63796TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-02-06T16:05:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
title Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
spellingShingle Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
Marco Antonio Gatti Junior
Saúde mental
LGBT
CERSAM
Sexualidade
Política pública
SUS
Antropologia - Teses
Pessoas LGBT+ - Teses
Saúde mental - Teses
Sexo - Teses
title_short Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
title_full Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
title_fullStr Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
title_full_unstemmed Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
title_sort Saúde mental da população LGBT no SUS : problematizações a partir da experiência do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) - Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
author Marco Antonio Gatti Junior
author_facet Marco Antonio Gatti Junior
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Érica Renata de Souza
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2180923030669698
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0049082823065892
dc.contributor.author.fl_str_mv Marco Antonio Gatti Junior
contributor_str_mv Érica Renata de Souza
dc.subject.por.fl_str_mv Saúde mental
LGBT
CERSAM
Sexualidade
Política pública
SUS
topic Saúde mental
LGBT
CERSAM
Sexualidade
Política pública
SUS
Antropologia - Teses
Pessoas LGBT+ - Teses
Saúde mental - Teses
Sexo - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Antropologia - Teses
Pessoas LGBT+ - Teses
Saúde mental - Teses
Sexo - Teses
description O trabalho tem por objetivo entender a forma como a população lésbica, gay e bissexual (LGB), principalmente, é compreendida, acolhida e acompanhada pelos profissionais que compõe a equipe multidisciplinar dentro da Rede de Atenção Psicossocial, especificamente nos Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM) em Belo Horizonte, com foco metodológico no CERSAM Pampulha. Parte-se de uma perspectiva de análise histórica de como o controle de corpos tem sido legitimado pela ciência hegemônica ao longo dos anos, com um recorte específico às pessoas LGBTs no que tange a estigmatização e patologização por meio do debate da Saúde Mental. A pesquisa combina a análise do fazer médico-científico hegemônico, do reconhecendo da existência de corpos e condutas sociais marginalizadas, e dos impactos da Reforma Psiquiátrica com as consequentes mudanças de paradigmas referentes à patologização de populações historicamente marginalizas, criminalizadas e encarceradas. Inseridas em seu devir histórico, põe-se em relevo as diversas formas em que patologização e criminalização foram combinadas para produzir a vinculação de padrões sociais estigmatizados às pessoas LGBT, como pederastia, boemia, dentre outros. O estudo busca através do campo compreender qual a permeabilidade e a realidade da execução das legislações e diretrizes referentes ao cuidado à população LGBT na Rede de Atenção Psicossocial e do Sistema Único de Saúde (SUS) no que tange a Saúde Mental, a partir da forma como profissionais de tais serviços trabalham com estas questões no cotidiano do CERSAM. Expende-se acerca das ferramentas de patologização voltadas diretamente às pessoas LGB’s no que tange a sexualidade, avaliando o histórico de disputas institucionais e biomédicas, como por exemplo os projetos e debates entorno da chamada “Cura Gay” que se tornaram situações paradigmáticas, para então confrontá-las com a política de acompanhamento hoje aplicada pelo CERSAM, que pode ser caracterizada como contraposição a tais projetos e debates, no que tange a patologização. Outra dimensão do trabalho busca avaliar a relação entre a política pública e a aplicabilidade da mesma no que tange os limites institucionais, como a generalização, as questões políticas e financeiras para a execução das mesmas, perpassando também valores e questões diretamente ligadas à profissionais na base do atendimento e no cotidiano dos serviços. É possível entender hoje uma forma distinta de se acolher tais pessoas, principalmente no que tange as equipes e legislações regulamentadas a partir do SUS e da forma de compreender a sexualidade como parte importante da formação do ser social, não passível de cura.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-12-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-02-06T16:05:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-02-06T16:05:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/63796
url http://hdl.handle.net/1843/63796
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Antropologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63796/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Marco%20Antonio%20Gatti%20Junior%20-%20FINAL%20REVIS%c3%83O.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/63796/4/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8368d8c674e93d6aedcc42981b6e2390
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589428790165504