Biologia reprodutiva de Petunia mantiqueirensis (Solanaceae) e comportamento de coleta de pólen de abelhas polinizadoras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Figueiredo de Araujo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AAZGRF
Resumo: O gênero Petunia (Solanaceae) ocorre no sul da América do Sul e compreende espécies com síndromes de polinização distintas. Petunia mantiqueirensis, espécie ameaçada de extinção, apresenta distribuição mais setentrionais do gênero e é endêmica de regiões elevadas da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais, Brasil. Exibe flores roxas não convencionais, característica de petúnias melitófilas. Foi estudada a biologia floral, determinado o sistema reprodutivo, visitantes florais e uma possível associação especializada entre P. mantiqueirensis e suas abelhas polinizadoras efetivas, que são relatados para outras espécies de Petunia. O estudo foi realizado entre 2014 e 2016. Petunia mantiqueirensis é autoincompatível. A frutificação após polinização cruzada e polinização pelas abelhas não diferiram, revelando a ausência de limitação de polinizadores desta espécie. As flores fornecem especialmente pólen para as abelhas (cerca de 127.000 grãos/flor), uma vez que a quantidade de néctar produzida foi ínfima. Novas flores abrem ao longo do dia, fazendo que a apresentação de pólen seja imprevisível. O espectro de abelhas visitantes foi de 11 espécies, mas apenas fêmeas de Pseudagapostemon fluminensis (Halictidae) foram os visitantes relevantes (90% das visitas de flores) e polinizadores efetivos durante os anos de estudo. Independentemente do tempo de abertura das flores, fêmeas de P. fluminensis fez todas as primeiras três visitas à flores monitoradas de P. mantiqueirensis (N = 115). Estas abelhas, portanto, mostram um comportamento de forrageamento de pólen especializado programado para o momento imprevisível da antese. Apesar do forrageamento de pólen altamente especializado, P. fluminensis não é oligolética em flores de Petunia. A analise da carga polínica das escopas de fêmeas coletadas em flores de P. mantiqueirensis continha grãos de pólen de outras famílias de plantas, muitas vezes em altas porcentagens.
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